UFMS 2009

Nos elencos apresentados no site da Uefa, constam mais de cem jogadores nascidos no Brasil aptos a jogar a competição. Nenhum outro país forneceu tantos atletas para a disputa. Essa invasão nacional na elite da bola não tem precedentes. Na temporada 2004/2005, o Brasil festejava 65 jogadores na fase de grupos. No ano seguinte, esse número deu salto curto para 70. Porém, havia mais jogadores nascidos na Espanha na ocasião do que no Brasil. Agora, mesmo com quatro times espanhóis, mesmo número de ingleses e italianos, os brasileiros reinam absolutos. A Folha contou 102, incluindo os que defendem outras seleções, como o luso Deco, o alemão Kuranyi, o croata Eduardo da Silva e o turco Marco Aurélio. [...] O cenário atual mostra bem como o futebol brasileiro vive seu auge em termos de exportação de "pé-de-obra", com os clubes brasileiros perdendo craques, bons jogadores, atletas medianos e até mesmo garotos que mal jogaram no país. Objetivo maior de praticamente todos os jogadores profissionais da atualidade, a Copa dos Campeões atrai pelo dinheiro — o Real Madrid espera ganhar seu décimo título para faturar mais de 40 milhões em prêmio — e pela visibilidade — quase 200 países acompanham pela TV a disputa, que concorre cada vez mais com a Copa do Mundo de seleções. [...] São 32 times na disputa e só cinco não têm brasileiros inscritos — cerca de 13% dos atletas, todos no torneio, nasceram no Brasil. Até técnico agora o país tem na competição: Zico, do Fenerbahce. Nunca a Europa esteve tão perto no esporte.

BUENO, Rodrigo. Brasil põe mais de 100 atletas na elite da bola. Folha de São Paulo, 18 set. 2007.

 

Com base no texto, pode-se inferir que:

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