UFPR 2009

Um olhar sobre o passado

(...) Sessenta e oito foi o ápice da geração baby boomer, nascida depois da Segunda Guerra Mundial. Ao contrário de seus pais, esses jovens eram urbanos, desfrutavam do conforto trazido pela tecnologia, ouviam sons estridentes de rock’n roll, usavam cabelos e barbas compridos, minissaias, experimentavam drogas e, de posse da pílula anticoncepcional, forçaram a porta da revolução sexual. Mas eles queriam mais e, em 1968, se insurgiram em todos os cantos do planeta. Como um rastilho de pólvora, reivindicações estudantis se transformaram, da noite para o dia, em rebeliões contra governos, instituições, a Guerra do Vietnã e, por fim, toda a ordem vigente. “Sejamos realistas, exijamos o impossível”; “É proibido proibir”, diziam os slogans dos estudantes em Paris.

 

No final, o establishment careta balançou, mas não caiu. Nos principais pontos da revolta, a velha ordem venceu “e o sinal ficou fechado para os jovens”: os conservadores ganharam as eleições na França, os tanques soviéticos acabaram com a Primavera de Praga e Richard Nixon foi eleito presidente dos EUA. 

CAMARGO, Cláudio; LOBATO, Eliane. ISTOÉ, ed. 1987, 28 nov. 2007.

 

Nos versos abaixo, o compositor Antônio Carlos Belchior refere-se às manifestações que tiveram seu clímax em 1968:


Hoje eu sei que quem me deu a ideia
De uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus
Contando o vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito
Tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais

“Como nossos pais”, gravado em 1976.


Uma ideia que pode ser encontrada tanto nos versos de Belchior quanto no artigo “Um olhar sobre o passado” é:

Escolha uma das alternativas.