UFSJ 2004

“Há uma inteligente tendência em nossos dias, no sentido de se eliminar a idéia de que necessariamente tem-se que falar ou escrever complexamente quando se pretende comunicar ciência. Depois que Descartes afirmou que o que é pensado com clareza é dito com simplicidade, muitos ainda continuaram a urdir uma linguagem de iniciados, zelosos de sua ‘intocável’ posição de especialistas. Outros, no entanto, têm buscado encontrar maior exatidão exatamente na linguagem simples.

Ora, muitas vezes, toda a equipe que colabora em uma pesquisa precisa compreender bem o conteúdo da hipótese de trabalho. Não necessariamente todos os membros de uma equipe de pesquisa são cientistas. Dentre eles podem estar técnicos de áreas diversificadas. Daí que, se a linguagem for simples, todos terão possibilidade de entender a colocação hipotética. Contudo, é mister que se localize o exato termo médio entre a complexidade e o simplismo. Aliás, o segundo pode prejudicar mais a exposição científica do que o primeiro. Simplismo é estreiteza de visão, às vezes desleixo, quando não um modo de subestimar a inteligência do leitor. Simplismo implica sempre em incompletude, unilateralismo – coisas péssimas para as colocações científicas. Simplicidade exige, ao mesmo tempo, inteligibilidade e completude, transparência e exatidão (na medida do possível)”.

(MORAIS, Regis. Filosofia da Ciência e da Tecnologia.Campinas: Papirus, 1997. p. 67-68)

De acordo com o texto, todas as alternativas são verdadeiras, EXCETO

Escolha uma das alternativas.