UFU 2002

Michel Husson, economista francês, em recente entrevista concedida a uma publicação brasileira, assim se pronunciou sobre o desemprego:

Confrontando a evolução da taxa de desemprego na Europa com a taxa dos lucros das empresas no PIB, essas curvas evoluíram de maneira muito parecida. A idéia é a seguinte: se não há redistribuição aos trabalhadores, sob a forma de redução da jornada [de trabalho], há um aumento de desemprego, porque as pessoas trabalham ao mesmo tempo com mais produtividade. E o fato de não diminuir a jornada resulta em uma fonte de lucros financeiros. A conclusão é que não se pode realmente lutar contra o desemprego sem mudar a distribuição dos lucros que se formou dessa maneira.

Carta Capital, número 194, 19/junho/2002, p. 42.

A política econômica implementada no Brasil, desde 1995, estimulou várias práticas inovadoras no mundo do trabalho tais como: contrato temporário, flexibilização da legislação trabalhista, trabalho parcial e banco de horas. Nenhuma delas, entretanto, apontou para a redução da jornada de trabalho semredução salarial.

Isto posto, à luz da análise de Michel Husson, é correto afirmar que

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