UNCISAL 2016

Chegança

 

 

Sou Pataxó

sou Xavante e Cariri

Ianonami, sou Tupi

Guarani, sou Carajá

Sou Pancaruru

Carijó, Tupinajé

Potiguar, sou Caeté

Ful-ni-o, Tupinambá

 

Depois que os mares dividiram os continentes

quis ver terras diferentes

Eu pensei: “vou procurar

um mundo novo

lá depois do horizonte

levo a rede balançante

pra no sol me espreguiçar”

 

Eu atraquei

Num porto muito seguro

Céu azul, paz e ar puro

Botei as pernas pro ar

Logo sonhei

Que estava no paraíso

Onde nem era preciso

Dormir para se sonhar

 

Mas de repente

Me acordei com a surpresa:

Uma esquadra portuguesa

Veio na praia atracar

Da grande-nau

Um branco de barba escura

Vestindo uma armadura

Me apontou pra me pegar

 

E assustado

Dei um pulo da rede

Pressenti a fome, a sede

Eu pensei: “vão me acabar”

Me levantei de borduna já na mão

Ai, senti no coração

O Brasil vai começar

NÓBREGA, Antônio. Chegança. Disponível em:. Acesso em: 30 out. 2015.

 

O texto acima, letra de uma canção de Antônio Nóbrega, recupera um determinado período da história do Brasil ao qual corresponde, na historiografia da Literatura Brasileira, um período literário específico. São autores desse período:

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