UNICENTRO 2009

Uma charge publicada na edição online do Jornal Estado do Paraná, causou revolta e indignação de todos aqueles que sonham com a construção de um país democrático e livre de qualquer forma de preconceito.

A charge em questão fez uma menção à visita do Presidente Obama ao Brasil. O que na visão do chargista poderia ser percebido com humor, não passou de uma demonstração forte do racismo ainda presente na sociedade brasileira.

Com toda razão, a referida charge foi duramente criticada por diversas lideranças do movimento social negro do Paraná e do país, que historicamente têm atuado para superar toda uma simbologia ideológica de inferiorização da população negra.

É de lamentar que a mídia, em um sentido inverso, dissemine e contribua com a manutenção e divulgação de valores e construções ideológicas sustentadoras do racismo estrutural ainda presentes por aqui.

Precisamos debater a mídia! Precisamos discutir os conselhos de comunicação social. E isso não tem nada a ver com censura, como insistem alguns. A mídia precisa espelhar o conjunto de lutas pela democratização do país. Precisa espelhar as demandas e o acúmulo político dos movimentos sociais.

Já é de muito tempo que o movimento social negro tem denunciado que a mídia em geral contribui para a manutenção do racismo brasileiro. Precisamos alterar esse quadro.

O racismo, o quadro de desigualdade racial presentes em nosso país, não é só problema do negro. É um problema do conjunto da sociedade brasileira.

(Jornal Estado do Paraná publica charge racista. Disponível em:. Acesso em: 22 ago. 2011.).

A questão da liberdade de imprensa tem sido discutida, em relação aos limites dessa liberdade e de um padrão de comportamento ético dos meios de comunicação. Uma das preocupações é buscar o equilíbrio entre evitar a censura e se buscar uma responsabilidade social, visto que o controle da imprensa, com um certo viés racial, ocorreu no país durante

 

Escolha uma das alternativas.