UNICENTRO 2010

Relacione os fragmentos e argumentos abaixo identificando-os com o pensamento político de seu respectivo autor.

 

1. Na obra Filosofia do Direito, em que são desenvolvidas as teorias sobre o Estado, encontramos uma crítica à tradição jurisnaturalista típica dos filósofos contratualistas. Ao contrário destas teorias, a obra em questão nega a anterioridade dos indivíduos na formação da sociedade, pois é o Estado que fundamenta a sociedade, ou seja, não existe o homem em estado de natureza, pois o homem é sempre um indivíduo social.

(Cf. ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à filosofia. 2ª. Ed., São Paulo, Moderna: 1993 – p. 234.).

 

2. “É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política não consiste nisso. Num Estado, isto é, numa sociedade em que há leis, a liberdade não pode consistir senão em poder fazer o que se deve querer e não ser constrangido a fazer o que não se deve desejar. / Deve-se ter sempre em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.”

(Fragmento retirado da obraDo Espírito das Leis. São Paulo, Difel: 1962 - p. 179).

 

3. A idéia central da obra Segundo Tratado Sobre o Governo gira em torno do conceito de propriedade privada. Inicialmente, este conceito é usado num sentido muito amplo, indicando tudo o que pertence a cada indivíduo, isto é, seu corpo, suas capacidades, seu trabalho, seus bens, sua vida e liberdade. Segundo essa concepção, todos são proprietários, mesmo quem não possui bens, pois todos são proprietários de sua vida, de seu corpo, de seu trabalho. Nessa obra, aparece a distinção entre o público e o privado, que devem ser regidos por leis diferentes, de tal modo que o Estado não deve intervir, mas sim garantir e tutelar o livre exercício da propriedade.

(Cf. ARANHA/ MARTINS. Filosofando: Introdução à filosofia. 2ª. Ed., São Paulo, Moderna: 1993 – p. 219).

 

4. “Nas minhas pesquisas cheguei à conclusão de que as relações jurídicas – assim como as formas de Estado – não podem ser compreendidas por si mesmas, nem pela dita evolução geral do espírito humano (...) A conclusão geral a que cheguei (...) pode formular-se resumidamente assim: na produção social de sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais. (...) O modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina sua consciência”

(Fragmento retirado da obra intitulada Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1977- p. 23).

 

Os fragmentos e argumentos acima correspondem ao pensamento político de quais filósofos? (Preencha os parênteses com o número do argumento ou fragmento que lhe é correspondente).

 

( ) Karl Marx

( ) Friedrich Hegel

( ) John Locke

( ) Montesquieu

 

Assinale a alternativa correta.

Escolha uma das alternativas.