UNICENTRO 2011

- Paixões da Rita! exclamou o Bruno com uma risada. Uma por ano! Não contando as miúdas!

 

- Não! isso é que não! Quando estou com um homem não olho pra outro!


Leocádia, que era perdida pela mulata, saltara-lhe ao pescoço ao primeiro encontro, e agora, defronte dela, com as mãos nas cadeiras, os olhos úmidos de comoção, rindo, sem se fartar de vê-la, fazia-lhe perguntas sobre perguntas:

 

- Mas por que não te metes tu logo por uma vez com o Firmo? Por que não te casas com ele?

 

- Casar? protestou a Rita. Nessa não cai a filha de meu pai! Casar? Livra! Para quê? Para arranjar cativeiro? Um marido é pior que o diabo; pensa logo que a gente é escrava! Nada! Qual! Deus te livre! Não há como viver cada um senhor e dono do que é seu!

 

E sacudiu todo o corpo num movimento de desdém que lhe era peculiar.

 

- Olha só que peste! considerou Augusta, rindo, muito mole, na sua honestidade preguiçosa.

 

Esta também achava infinita graça na Rita Baiana e seria capaz de levar um dia inteiro a vê-la dançar o chorado.
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Scipione, 1985, p. 36.

 

O fragmento, retirado da obra “O Cortiço”, apresenta diálogos que vão caracterizando a personagem Rita Baiana.

 

Comparando o texto em análise, contextualizado na obra, e o conto “Carolina” de Machado de Assis, é correto afirmar:

Escolha uma das alternativas.