UNICENTRO 2015

Leia o texto a seguir.

 

Sabe-se que o tempo estatístico médio de permanência de um espectador diante de cada quadro de uma exposição se mede mais em segundos do que em minutos. Tal circunstância magoa profundamente qualquer artista. Ser artista significa aspirar ao juízo estético competente que liberta dessa humilhação e permite que se faça justiça à sua própria obra: não apenas em termos de “eu gosto”, mas em termos de “sim, a obra é grandiosa”. É certo que o relativismo genérico do gosto é condição de existência da arte moderna, mas é certo que os artistas não o suportam, por mais que o defendam. Se não quisessem mais do que encarnar qualquer gosto, nem precisariam manifestar-se.

(Adaptado de: TÚRCKE, C. O Belo Irresolvido: Kant e a tirania do relativismo na arte. In: CERÓN, I.; REIS, P. (orgs.) Kant – Crítica e Estética na Modernidade. São Paulo: SENAC, 1999. p.80.)

 

Sobre essa situação, considere as afirmativas a seguir.

 

I. O gosto estético transita entre a subjetividade e a intersubjetividade.

II. O texto reflete a antinomia do gosto: é um contrassenso brigar pelo gosto, pois cada um tem o seu; é necessário defender um gosto, pois ele é passível de anuência universal.

III. O texto compreende o caráter social da obra de arte, que faz do artista uma figura central na vida política.

IV. Tal como na ciência, é possível estabelecer métodos para que a verdade da obra – a beleza – seja atingida.

 

Assinale a alternativa correta

Escolha uma das alternativas.