UNIFESP 2006

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,
Um garbo senhoril, nevada alvura,
Metal de voz que enleva de doçura,
Dentes de aljôfar, em rubi cravados.
Fios de ouro, que enredam meus cuidados,
Alvo peito, que cega de candura,
Mil prendas; e (o que é mais que formosura)
Uma graça, que rouba mil agrados.
Mil extremos de preço mais subido
Encerra a linda Márcia, a quem of’reço
Um culto, que nem dela inda é sabido.
Tão pouco de mim julgo que a mereço,
Que enojá-la não quero de atrevido
Co’as penas que por ela em vão padeço
(Flinto Elisio)


Os termos "enleva", "rouba" e "penas" assumem no poema, respectivamente, os seguintes significados:

Escolha uma das alternativas.