UNIFESP 2014

Leia o soneto de Cláudio Manuel da Costa para responder à questão.

 

 

Onde estou? Este sítio desconheço:

Quem fez tão diferente aquele prado?

Tudo outra natureza tem tomado;

E em contemplá-lo tímido esmoreço.

 

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço

De estar a ela um dia reclinado;

Ali em vale um monte está mudado:

Quanto pode dos anos o progresso!

 

Árvores aqui vi tão florescentes,

Que faziam perpétua a primavera:

Nem troncos vejo agora decadentes.

 

Eu me engano: a região esta não era;

Mas que venho a estranhar, se estão presentes

Meus males, com que tudo degenera!

(Obras, 1996.)

 

 

Nesse soneto, são comuns as inversões, como se vê no verso – Quanto pode dos anos o progresso! – que, em ordem direta, assume a seguinte redação:

Escolha uma das alternativas.