UNIOESTE 2011

“Só pelo fato de que tenho consciência dos motivos que solicitam minha ação, esses motivos já são objetos transcendentes para minha consciência, estão fora; em vão buscaria agarrar-me a eles, escapo disto por minha existência mesma. Estou condenado a existir para sempre além de minha essência, além dos móveis e dos motivos de meu ato: estou condenado a ser livre. Isto significa que não se poderia encontrar para a minha liberdade outros limites senão ela mesma, ou, se se prefere, não somos livres de cessar de ser livres. (...) O sentido profundo do determinismo é o de estabelecer em nós uma continuidade sem falha da existência em si. (...) Mas em vez de ver transcendências postas e mantidas no seu ser por minha própria transcendência, supor-se-á que as encontro surgindo no mundo: elas vêm de Deus, da natureza, da ‘minha’ natureza, da sociedade. (...) Essas tentativas abortadas para sufocar a liberdade – elas desmoronam quando surge, de repente, a angústia diante da liberdade – mostram bastante que a liberdade coincide no fundo com o nada que está no coração do homem”.

Sartre.

Com base no texto e no pensamento de Jean-Paul Sartre, seguem as seguintes afirmativas:

I. No homem, a existência precede a essência.

II. Em sua essência, o homem é um ser determinado quer seja, ou por Deus, ou pela natureza, ou pela sociedade.

III. Os limites da minha liberdade são estabelecidos pelos valores religiosos, estéticos, políticos e sociais.

IV. “O homem não está livre de ser livre”, pois não é possível “cessar de ser livre”.

V. A liberdade humana, em suas escolhas, se orienta por valores objetivos e pré-determinados.

Assinale a alternativa correta.

Escolha uma das alternativas.