UTFPR 2015

A MORTE DO LÁPIS E DA CANETA

Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em julho.

O argumento é que ninguém precisamais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais.

Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado.

A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado termine com a letra de mão. A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com quem estou travando contato - e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook.

COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/ 2011

Em relação ao texto, considere as seguintes afirmativas:

I) A palavra "mais" é uma conjunção adversativa que exprime ideia contrária ao termo anterior.

II) A forma verbal "ter" poderia ser substituída pela forma"haver" sem prejuízo para o sentido.

III) A conjunção "mas" exprime uma ideia de oposição à oração anterior.

Está(ão) correta(s) apenas: 

Escolha uma das alternativas.