UFABC 2007

Folhetim de hoje

Pela fazenda ia um movimento fora do comum. Os trabalhadores partiam todas as manhãs para as roças, a colher cacau, outros pisavam cacau mole nos cochos ou dançavam sobre o cacau seco nas barcaças, cantando suas tristes canções.


“Vida de negro é difícil
É difícil como quê...”

 

Lamentos que o vento levava, gemidos sob o sol nas roças de cacau, no trabalho da manhã à noite:

 


“Eu quero morrer de noite
Bem longe, numa tocaia ...
Eu quero morrer de açoite
Dos bordados da sua saia ...”

 

Os trabalhadores gemiam seus cantos nos dias de trabalho, seus cantos de servidão e de amor impossível, mas, ao mesmo tempo, se reunia na fazenda uma outra população. Parecidos com os trabalhadores no físico e na rudeza da voz, na maneira de falar e no modo de se vestir, esses homens que chegavam diariamente à fazenda (...) eram os jagunços que vinham (...).

 


É correto afirmar que a obra de Jorge Amado é de cunho
essencialmente

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