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  1. 121

    UPF 2014

    Leia as seguintes afirmações sobre a obra Incidente em Antares de Érico Veríssimo e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas: (___) Em uma pequena comunidade do interior do Rio Grande do Sul, verifica-se a presença de preconceitos e arbitrariedades decorrentes de uma ordem social injusta e conservadora. (___) Visando condenar as posições conservadoras ou as atitudes hipócritas, a voz escolhida é a dos rebeldes e dos liberais. (___) A opção do autor pela denúncia das contradições da sociedade está mais presente no relato do narrador onisciente do que na expressão das personagens. (___) Na obra, a personagem Coronel Tibério Vacariano demonstra desprezo pela atividade letrada.   A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

  2. 122

    ENEM 2011

    Lépida e leve   Língua do meu Amor velosa e doce, que me convences de que sou frase, que me contornas, que me vestes quase, como se o corpo meu de ti vindo me fosse. Língua que me cativas, que me enleias os surtos de ave estranha, em linhas longas de invisíveis teias, de que és, há tanto, habilidosa aranha... [...] Amo-te as sugestões gloriosas e funestas, amo-te como todas as mulheres te amam, ó língua-lama, ó língua-resplendor, pela carne de som que à ideia emprestas e pelas frases mudas que proferes nos silêncios de Amor!... MACHADO, G. in: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento). A poesia de Gilka Machado identifica-se com as concepções artísticas simbolistas. Entretanto, o texto selecionado incorpora referências temáticas e formais modernistas, já que, nele, a poeta

  3. 123

    UFMG 2010

    O poema Cobra Norato, de Raul Bopp, representa o Primitivismo, uma corrente estética e ideológica do Modernismo brasileiro.   Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma proposta dessa corrente.

  4. 124

    PUC-CAMPINAS

    Leia com atenção o seguinte excerto de Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade:   "Vejam por exemplo a Alemanha, que-dê raça mais forte? Nenhuma. E justamente porque mais forte e indestrutível neles o conceito de família. Os filhos nascem robustos. As mulheres são grandes e claras. São fecundas. O nobre destino do homem é se conservar sadio e procurar esposa prodigiosamente sadia. De raça superior, como ela, Fräulein. Os negros são de raça inferior. Os índios também. Os portugueses também."   No trecho acima,

  5. 125

    PUC-CAMPINAS 2016

    Considere o texto abaixo.   Contraditoriamente, foi o patrocínio da fração mais europeizada da aristocracia rural de São Paulo, aberta às influências internacionais, que permitiu o florescimento das inovações estéticas. O café pesou mais do que as indústrias. Os velhos troncos paulistas, ameaçados em face da burguesia e da imigração, se juntaram aos artistas numa grande “orgia intelectual”, conforme a definição de Mário de Andrade. Segundo ele, “foi da proteção desses salões literários [promovidos pela aristocracia rural] que se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista.” (MARQUES, Ivan. Cenas de um modernismo de província. São Paulo: Editora 34, 2011, p. 11)   O Modernismo de 22 caracterizou-se, de fato, por algumas contradições, entre as quais a que o texto aponta:

  6. 126

    UPE 2012

    O projeto literário do Modernismo, inaugurado em 1922, com a Semana de Arte Moderna, tinha como objetivo criar uma arte libertária, representativa da identidade nacional e da espontaneidade criativa. Os primeiros títulos, inspirados nos princípios defendidos no Teatro Municipal de São Paulo, em a Semana, foram Paulicéia Desvairada (1922), de Mário de Andrade; Memórias Sentimentais de João Miramar (1923), de Oswald de Andrade, e Ritmo Dissoluto (1924), de Manuel Bandeira, os quais mostravam a conciliação da arte erudita com a popular. Assinale a alternativa abaixo que apresenta um texto modernista, porém NÃO produzido pelos três autores citados.

  7. 127

    UPE 2016

    Há textos literários que se aproximam pelos conteúdos tratados, tal como ocorre com o tema da distância da pátria, cujo início remonta Canção do Exílio, do poeta Gonçalves Dias. Contudo, nem sempre um ratifica, de modo claro, a ideia do outro. Muitas vezes, a retomada se realiza de maneira irônica, em que o texto mais recente assume uma dimensão crítica inovadora, em relação ao texto anterior. Outras vezes, dá-se a retomada por uma paráfrase, pois se mantém o sentido do texto original.   Considerando o exposto, analise os poemas a seguir:   Poema 1 Canção do Exílio   Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.   Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.   Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.     Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.   Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. (Gonçalves Dias)     Poema 2 Canto de regresso à pátria   Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá   Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra   Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá   Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo (Oswald de Andrade)     Poema 3 Canção do Exílio   Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia.   Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! (Murilo Mendes)   Poema 4 Minha terra   Minha terra não tem terremotos... nem ciclones... nem vulcões... As suas aragens são mansas e as suas chuvas esperadas: chuvas de janeiro... chuvas de caju... chuvas-de-santa-luzia...   Que viço mulato na luz do seu dia! Que amena poesia, de noite, no céu:   – Lá vai São Jorge esquipando em seu cavalo na lua! – Olha o Carreiro-de-São-Tiago! – Eu vou cortar a minha língua na Papa-Ceia!   O homem de minha terra, para viver, basta pescar! e se estiver enfarado de peixe, arma o mondé e vai dormir e sonhar... que pela manhã tem paca louçã, tatu-verdadeiro ou jurupará... pra assá-lo no espeto e depois comê-lo com farinha de mandioca ou com fubá.   [...]   O homem de minha terra tem um deus de carne e osso! – Um deus verdadeiro, que tudo pode, tudo manda e tudo quer... E pode mesmo de verdade. Sabe disso o mundo inteiro:   – Meu Padinho Pade Ciço do Joazero!   [...]   Os guerreiros de minha terra já nascem feitos. Não aprenderam esgrima nem tiveram instrução... Brigar é do seu destino: – Cabeleira! – Conselheiro – Tempestade! – Lampião!   Os guerreiros de minha terra já nascem feitos: – Cabeleira! – Conselheiro – Tempestade! – Lampião! (Ascenso Ferreira)   Analise as afirmativas a seguir e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.   (     ) A Canção do Exílio, escrita por Gonçalves Dias, poema do período romântico, exalta a natureza brasileira. Possui versos em que o eu poético, ausente da pátria, traça as diferenças existentes entre o lugar onde se encontra, denominando-o de cá, e a pátria, da qual está distante, de lá, criando assim uma relação antitética e metonímica. (     ) Os três outros poemas pertencem à primeira e à segunda fase do Modernismo. Caracterizam-se por um discurso irônico, que se contrapõe ao tom de exaltação presente no poema 1, contrariando uma máxima da geração de 1922, cuja retomada do passado ocorre sempre de modo ratificador. (     ) O poema 4, ao contrário do 1, pertence à geração de 1922 e resgata temas que integram a cultura brasileira quando traz à tona aspectos do folclore do Nordeste. Além disso, por meio de expressões negativas, tais como: “Não tem terremotos... nem ciclones... nem vulcões..”./ exalta a pátria, mas o faz respeitando a linguagem oral nordestina, aspecto comum na primeira fase do Modernismo Brasileiro. (     ) Os poemas 2 e 3 apresentam pontos em comum quanto à linguagem, pois, em ambos, predomina a crítica ao derramamento sentimental do Romantismo. Isso se justifica porque eles trazem uma imagem crítica da sociedade brasileira bem diferente daquela contida no poema 1. Desse modo, eles se relacionam como retomada intertextual e parodística. (     ) Os quatro poemas integram a literatura da terceira fase do Modernismo Brasileiro, pois obedecem à métrica rígida e apresentam uma secura de linguagem que se aproxima daquela utilizada por Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Ambos, em sua produção poética, se aproximam do antilirismo.   Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

  8. 128

    UEFS 2015

    Paisagem noturna A sombra imensa, a noite infinita enche o vale ... E lá do fundo vem a voz Humilde e lamentosa Dos pássaros da treva. Em nós, 5 — Em noss’alma criminosa, O pavor se insinua ... Um carneiro bale. Ouvem-se pios funerais. Um como grande e doloroso arquejo 10 Corta a amplidão que a amplidão continua . . . E cadentes, metálicos, pontuais, Os tanoeiros do brejo, Os vigias da noite silenciosa, Malham nos aguaçais. 15 Pouco a pouco, porém, a muralha de treva Vai perdendo a espessura, e em breve se adelgaça Como um diáfano crepe, atrás do qual se eleva A sombria massa Das serranias. [...] BANDEIRA, Manuel. Paisagem noturna. Disponível em: . Acesso em: 9 nov.2014. Embora Manuel Bandeira seja o autor da primeira geração modernista, propondo uma poética libertadora e transgressora, muitas vezes, retoma perfis poéticos de outras tradições literárias, como ocorre em relação ao  

  9. 129

    Espcex (Aman) 2015

    É correto afirmar, em relação à poesia do segundo momento modernista brasileiro, que

  10. 130

    FGV-SP 2011

    Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas… – O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada. (Manuel Bandeira. Libertinagem e Estrela da manhã.) Em consonância com a primeira fase do período modernista, Manuel Bandeira procura aproximar-se da fala do povo, com sua gramática “errada”, do ponto de vista da norma-padrão, o que pode ser percebido em:

  11. 131

    UPF 2016

    Primeiro grande poeta a se afirmar após as estreias  modernistas,  Carlos  Drummond  de  Andrade  publica,  na década de 1930, os livros Alguma poesia e Brejo das almas, marcados pelo individualismo e pelo humor do poeta gauche. Entretanto, desde Sentimento do mundo, publicado no início da década de 1940, nota- se  a  emergência de um(a)         na  produção do poeta mineiro, e o livro A rosa do povo, de 1945, assinala, justamente, o momento culminante e derradeiro da                     de Drummond, composta sob os anos trágicos e sombrios da Segunda Guerra Mundial. Assinale a alternativa cujas informações preenchem corretamente as lacunas do enunciado.

  12. 132

    UNEMAT 2009

    Os contos de Mário de Andrade ligam-se ao tom coloquial da primeira fase do Modernismo brasileiro.   Nesse aspecto, assinale a alternativa correta quanto à composição narrativa.

  13. 133

    UFRGS 2016

    Leia o trecho do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, abaixo.   Essas coisas todas se passaram tempos depois. Talhei de avanço, em minha história. O senhor tolere minhas más devassas no contar. É ignorância. Eu não converso com ninguém de fora, quase. Não sei contar direito. Aprendi um pouco foi com o compadre meu Quelemém; mas ele quer saber tudo diverso: quer não é o caso inteirado em si, mas a sobre-coisa, a outra-coisa. Agora, neste dia nosso, com o senhor mesmo – me escutando com devoção assim – é que aos poucos vou indo aprendendo a contar corrigido. E para o dito volto. Como eu estava, com o senhor, no meio dos hermógenes.   Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o trecho.   ( ) Riobaldo, narrador da história, tem consciência de que sua narrativa obedece ao fluxo da memória e não à cronologia dos fatos. ( ) A ignorância de Riobaldo é expressa pelos erros gramaticais e pela inabilidade em contar sua história, que carece de ordenação. ( ) “A sobre-coisa, a outra-coisa”, que o compadre Quelemém quer, é a interpretação da própria vivência e não o simples relato dos acontecimentos. ( ) O ouvinte exerce um papel importante, pois obriga Riobaldo a organizar a narrativa e a dar significado ao narrado.

  14. 134

    UNEMAT 2009

    Sobre Contos Novos, de Mário de Andrade, assinale a alternativa incorreta.

  15. 135

    PUC-CAMPINAS 2015

    O termo vanguarda designava originalmente a posição dos guerreiros que iam à frente, nas batalhas. Mais tarde, já no campo da arte, passou a identificar a posição de criadores que, preocupados com uma completa inovação estética, buscavam adiantar-se ao seu tempo e propunham, quando não impunham, novos paradigmas para a linguagem artística. No Brasil do século XX há que se destacar o papel de vanguarda cultural e artística do movimento modernista de 22, por sua vez inspirado por vanguardas europeias, e a radical atuação vanguardista dos poetas concretos, cujos manifestos datam da década de 50 − década em que a economia e a política nacional também buscaram modernizar-se. (Alcebíades Valongo, inédito)     A prosa de Guimarães Rosa, não obstante esteja profundamente marcada pelo universo rústico do sertão e de suas personagens, apresenta um forte componente de vanguarda quando

  16. 136

    UPF 2016

    Em Um certo Capitão Rodrigo, de Érico Veríssimo, quando Rodrigo Cambará avista pela primeira vez Bibiana, ela se encontra no cemitério, junto a seus pais, visitando o túmulo da avó, Ana Terra. Ao final da narrativa, o leitor encontra Bibiana, outra vez, no cemitério, agora junto aos seus filhos pequenos, visitando o túmulo do Capitão Rodrigo. A circularidade dessas cenas no cemitério, dispostas no início e no final da história, reforçam, em relação à figura de Bibiana, os traços simbólicos do(a) _____________ e da _____________, que a crítica destaca nas grandes personagens femininas de O tempo e o vento. É por meio desses traços que Bibiana, assim como sua avó, Ana Terra, se contrapõem a um mundo dominado pelos homens e que se encontra continuamente transfigurado pela violência.    Assinale a alternativa cujas informações preenchem corretamente as lacunas do enunciado.

  17. 137

    UESC 2010

    Leia o texto retirado da obra Amar, verbo intransitivo: — Desista de partir, Fräulein. — É que... Agora Sousa Costa se calou duma vez, cumprira com o dever. Assim ela não se dobrasse às razões que ele dera!... Fräulein não percebeu isso, mas ficou com medo de hesitar mais, ele podia aceitar aquilo como recusa. E devemos ser francos nesta vida, sempre fora simples e franca. Se aceitava, devia falar que aceitava e deixar-se de candongas. Sempre fora como a Joana de Schiller que não podia aparecer sem a bandeira dela. Emendou logo: — Bom, senhor Sousa Costa. Como o senhor e sua esposa insistem, eu fico. [...] Susto.  Os  temores entram saem pelas portasfechadas. Chiuiiii... ventinho apreensivo. Grandes olhosespantados de Aldinha e Laurita. Porta bate. Mau agouro? ... Não... Pláa... Brancos mantos... E ilusão. Não deixe essa porta bater! Que sombras grandes no hol... Por ques? tocaiando  nos espelhos, nas janelas. Janelas com vidros fechados... que vazias! Chiuiii... Olhe o silêncio. Grave. Ninguém o escuta. Existe. Maria Luísa procura, toda ouvidos ao zunzum dos criados. Porque falam tão baixo os criados? Não sabem. Espreitam. Que que espreitam? Esperam. Que que esperam?... Carlos soturno. Esta dorzinha no estômago... O inverno vai chegar... ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo: idílio. 16. ed. Belo Horizonte: Villa Rica, 1995. p. 87-88.   O fragmento no todo da obra permite afirmar:

  18. 138

    UFES 2009

    Texto VII Brasil O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem – Sois cristão? – Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu – Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval (ANDRADE, Oswald de. Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 1991, p. 41.)    O poema de Oswald de Andrade, Texto VII, encena a base da formação social brasileira, referindo-se ao carnaval como símbolo da miscigenação e marca da nacionalidade. Com base em tal proposição e no poema, é CORRETO afirmar que

  19. 139

    UEMS 2006

    Leia as afirmações a seguir:   I. O modernismo foi um momento de grande agitação intelectual. A constante valorização da tradição clássica, sobretudo nos primeiros autores, caso específico de Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, fez do movimento um dos mais diversificados dentro da tradição literária nacional, o que marca a importância do modernismo no contexto literário brasileiro. II. A antropofagia oswaldiana, o verde amarelismo, assim como a rebeldia de autores como Mário de Andrade e Manuel Bandeira servem de exemplo para a compreensão da diversidade de temas e estilos inerentes à postura modernista. Poemas como “Os sapos”, “Ode ao burguês” e “Cacto”, nesse sentido, são exemplos de que o movimento modernista no Brasil soube filtrar as influências européias sendo, por isso, um dos prolongamentos mais felizes do parnasianismo nas Letras brasileiras. III. Poemas como “Cacto”, “Noturno da rua da Lapa”, “Poética”, “Cunhantã”, entre outros, compreendem uma nova postura não só temática, mas também estilística imposta pelo modernismo às Letras brasileiras. O tom discursivo muito prosaico, as mudanças de ritmo e as constantes referências à tradição, presentes nos quatro textos, são redimensionadas por uma nova forma de expressão, em muito rebelde e inovadora.   Assinale a alternativa correta:  

  20. 140

    ITA 2003

    Canção Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; — depois, abri o mar com as mãos para o meu sonho naufragar Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas  Cecília Meireles, poeta da segunda fase do Modernismo Brasileiro, faz parte da chamada "Poesia de 30". Sobre esta autora e seu estilo, é CORRETO afirmar que ela

  21. 141

    UNIFESP 2002

    Uma linha de coerência se esboça através dos zigue-zagues de sua vida. Ora espiritualista, ora marxista, criando um dia o Pau-Brasil, e logo buscando universalizá-lo em antropofagia, primitivo e civilizado a um tempo, como observou Manuel Bandeira, solapando o edifício burguês sem renunciar à habitação em seus andares mais altos, Oswald manteve sempre intata sua personalidade, de sorte a provocar, ainda em seus últimos dias, a irritação ou a mágoa que inspirava quando fauve modernista de 1922. (Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa.)   Carlos Drummond de Andrade identifica, no texto transcrito, uma linha de coerência na vida de Oswald de Andrade. Esta coerência se verifica, segundo o texto

  22. 142

    UEMA 2015

    A obra Alguma poesia, publicada em 1930, marca a estreia de um dos mais emblemáticos escritores da literatura brasileira, Carlos Drummond de Andrade. O poema que segue integra a referida obra e serve como base para a questão proposta.   Também já fui brasileiro   Eu também já fui brasileiro Moreno como vocês. Ponteei viola, guiei forde E aprendi nas mesas dos bares Que o nacionalismo é uma virtude. Mas há uma hora em que os bares se fecham E todas as virtudes se negam.   Eu também já fui poeta. Bastava olhar para uma mulher, pensava logo nas estrelas e outros substantivos celestes. Mas eram tantas, o céu tamanho, Minha poesia perturbou-se.   Eu também já tive meu ritmo. Fazia isto, dizia aquilo. E meus amigos me queriam, meus inimigos me odiavam. Eu irônico deslizava Satisfeito de ter meu ritmo. Mas acabei confundindo tudo. Hoje não deslizo mais não, Não sou irônico mais não, Não tenho mais ritmo mais não. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.   A construção poética de "Também já fui brasileiro"reflete o(a)

  23. 143

    PUC-RS

    "O fazendeiro criara filhos Escravos escravas Nos terreiros de pitangas e jabuticabas Mas um dia trocou O ouro da carne preta e musculosa As gabirobas e os coqueiros Os monjolos e os bois Por terras imaginárias Onde nasceria a lavoura verde do café." Este poema de Oswald de Andrade exemplifica o movimento nativista... . O poeta, através de uma poesia reduzida ao ...., buscou uma interpretação de seu país.

  24. 144

    UNIR 2011

    Vila Rica O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre; Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição Na torturada entranha abriu da terra nobre: E cada cicatriz brilha como um brasão. O ângelus plange ao longe em doloroso dobre, O último ouro de sol morre na cerração. E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, O crepúsculo cai como uma extrema-unção. Agora, para além do cerro, o céu parece Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu... A neblina, roçando o chão, cicia, em prece, Como uma procissão espectral que se move... Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu... Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove. (BILAC, O. Poesias. São Paulo: Ed. Martim Claret, 2002.)   Cancioneiro da Inconfidência (Excerto Canto XXXI)   Por aqui passava um homem – e como o povo se ria! – que reformava este mundo de cima da montaria.   Tinha um machinho rosilho. Tinha um machinho castanho. Dizia: "Não se conhece país tamanho!‟    'Do Caeté a Vila Rica, tudo ouro e cobre! O que é nosso, vão levando... E o povo aqui sempre pobre!'    Por aqui passava um homem – e como o povo se ria! – que não passava de Alferes de cavalaria!    'Quando eu voltar – afirmava – outro haverá que comande. Tudo isto vai levar volta, e eu serei grande!'    'Faremos a mesma coisa que fez a América Inglesa!'  E bradava: "Há de ser nossa tanta riqueza!"   Por aqui passava um homem – e como o povo se ria! – 'Liberdade ainda que tarde' nos prometia. (MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1987.)   Sobre o poema "Cancioneiro da Inconfidência", analise as afirmativas a seguir. I - O poema mescla dois tempos: o dos eventos relatados e o do presente do sujeito lírico, conforme comprovam os tempos verbais em "Por aqui passava um homem / - e como o povo se ria! -". II - O sujeito poético se identifica aos recebedores da promessa da personagem, "Liberdade ainda que tarde / nos prometia." III - "Cancioneiro da Inconfidência" é fruto da veia simbolista de Cecília Meireles, marcada pelo vago e impreciso, pela busca de transcendência. IV - A descrição de Tiradentes é interrompida pelo comentário: "- e como o povo se ria! - que mostra a ambiguidade no processo de torná-lo herói." Estão corretas as afirmativas  

  25. 145

    UNESPAR 2011

    Leia atentamente o texto que segue e responda ao que se pede.   Casamento   Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como “este foi difícil” “prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: Somos noivo e noiva.   Pode-se afirmar que o poema de Adélia Prado é:   I) da primeira fase modernista. II) da poesia contemporânea (dos anos 80 aos nossos dias). III) da segunda fase modernista. IV) emoção pura, refletindo a vida cotidiana, os medos, as tristezas, a presença do amor e do sonho. V) combativo, preocupado com os problemas da sociedade capitalista, com o desconcerto do mundo, em virtude dos conflitos da época. VI) irreverente, em busca da liberdade formal e temática, da linguagem coloquial, negando o passado e redescobrindo a realidade brasileira.   Está(ão) correta(s):

  26. 146

    UEL 2007

    ROMANCE XXXIV OU DE JOAQUIM SILVÉRIO   Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes. Recebeu trinta dinheiros. . . - e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço. honras, glórias, privilégios. E andas tão bem na cobrança que quase tudo recebes!   Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério! Pois ele encontra remorso, coisa que não te acomete. Ele topa uma figueira, tu calmamente envelheces, orgulhoso e impenitente, com teus sombrios mistérios. (Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: Há os grandes sonhos dos homens, e a surda força dos vermes.) MEIRELES, C. Romanceiro da Inconfidência. Obra Poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972. p. 466.   Sobre o poema acima, verifica-se que:   

  27. 147

    PUC-CAMPINAS 2015

    O termo vanguarda designava originalmente a posição dos guerreiros que iam à frente, nas batalhas. Mais tarde, já no campo da arte, passou a identificar a posição de criadores que, preocupados com uma completa inovação estética, buscavam adiantar-se ao seu tempo e propunham, quando não impunham, novos paradigmas para a linguagem artística. No Brasil do século XX há que se destacar o papel de vanguarda cultural e artística do movimento modernista de 22, por sua vez inspirado por vanguardas europeias, e a radical atuação vanguardista dos poetas concretos, cujos manifestos datam da década de 50 − década em que a economia e a política nacional também buscaram modernizar-se. (Alcebíades Valongo, inédito)     A denominação vanguarda, tal como definida no texto, aplica-se a movimentos artísticos tão distintos quanto separados no tempo histórico. É o que se pode comprovar examinando as obras representativas

  28. 148

    UFLA

    CARTA DE PERO VAZ A terra é mui graciosa, Tão fértil eu nunca vi. A gente vai passear, No chão espeta um caniço, No dia seguinte nasce Bengala de castão de oiro. Tem goiabas, melancias. Banana que nem chuchu. Quanto aos bichos, tem-nos muitos. De plumagens mui vistosas. Tem macaco até demais. Diamantes tem à vontade, Esmeralda é para os trouxas. Reforçai, Senhor, a arca. Cruzados não faltarão, Vossa perna encanareis, Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso Se for embora d'aqui. (Murilo Mendes) castão - remate superior de uma bengala; cruzado - antiga moeda portuguesa; vossa perna encanareis - a expressão quer dizer que o rei "estava mal das pernas", isto é, sem dinheiro, "quebrado". As riquezas do Brasil poderão tirá-lo dessa situação. Há nesse texto uma sátira à expressão "dar-se-á nela tudo", contida na Carta de Caminha. Essa tendência se confirma em:

  29. 149

    UNB 2013

    E as histórias corriam como os fatos mais reais deste mundo. Agora era o encontro do padre Ramalho com o lobisomem na mata. O padre ia para dar a extrema-unção a um doente nos Caldeiros, quando viu uma coisa puxando pelo rabo do cavalo. Deu de rebenque, meteu as esporas, e nada. O cavalo parecia estar com os pés enterrados no chão. Olhou para trás, viu o bicho já querendo partir para cima dele. Tirou do bolso a caixinha com a hóstia consagrada, e apontou. Ouviu o baque de um corpo todo, e um gemido comprido de moribundo. O cavalo tomou as rédeas, disparando. No outro dia, encontraram José Cutia desfalecido na estrada.    E o lobisomem bebia sangue também dos animais, chupava os cavalos no pescoço. O poldro coringa do meu avô amanheceu um dia com um talho minando sangue. O lobisomem andara de noite pelas estrebarias.   Eu acreditava em tudo isto, e muitas vezes fui dormir com o susto destes bichos infernais. Na minha sensibilidade, ia crescendo este terror pelo desconhecido, pelas matas escuras, pelos homens amarelos que comiam fígado de menino. E até grande, rapaz de colégio, quando passava pelos sombrios recantos dos lobisomens, era assoviando ou cantando alto para afugentar o medo que ia por mim. Os zumbis também existiam no engenho. Os bois que morriam não se enterravam. Arrastava-se para o cemitério dos animais, à beira do rio, debaixo dos marizeiros, onde eles ficavam para o repasto dos urubus. De longe sentia-se o hálito podre da carniça, e a gente via os comensais disputando os pedaços de carne e as tripas do defunto. O zumbi, que era a alma dos animais, ficava por ali rondando. Não tinha o poder maligno dos lobisomens. Não bebia sangue nem dava surras como as caiporas. Encarnava-se em porcos e bois, que corriam pela frente da gente. E quando se procurava pegá-los, desapareciam por encanto.   Eles me contavam estas histórias dando detalhe por detalhe, que ninguém podia suspeitar da mentira. E a verdade é que para mim tudo isto criava uma vida real. O lobisomem existia, era de carne e osso, bebia sangue de gente. Eu acreditava nele com mais convicção do que acreditava em Deus. Ele ficava tão perto da gente, ali na Mata do Rolo, com as suas unhas de espetos e os seus pés de cabra! (...) Pintavam o lobisomem com uma realidade tão da terra que era o mesmo que eu ter visto. De Deus, tinha-se uma ideia vaga de sua pessoa. Um homem bom, com um céu para os justos e um inferno para a gente ruim como a velha Sinhazinha, com caldeiras e espetos quentes. Mas tudo isso depois que o sujeito morresse. O lobisomem lutava corpo a corpo com a gente viva. Era sair antes da meia-noite para a Mata do Rolo, e encontrá-lo. José Lins do Rêgo. Menino de engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007, p. 76-7.     Considerando os aspectos estéticos envolvidos na produção da narrativa no Brasil, verifica-se, no Romance de 30, que

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    MACKENZIE 2015

    Sete anos de pastor Jacob servia Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, E a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora assim negada a sua pastora, Como se a não tivera merecida; Começa de servir outros sete anos, Dizendo – Mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida. Luís de Camões Sunetto Crassico ette anno di pastore, Giacó servia Labó, Padre da Raffaela, serrana bella, Ma non servia o pai, che illo non era trouxa nó! Servia a Raffaela p’ra si gazá c’oella. I os dia, na speranza di un dia só, Apassava spiano na gianella; Ma o páio, fugino da gombinaçó, Deu a Lia inveiz da Raffaela. Quano o Giacó adiscobri o ingano, E che tigna gaido na sparella, Ficô c’um brutto d’um garó di arara, I incominciô di servi otros sette anno Dizeno: Si o Labó non fossi o pai d’ella Io pigava elli i li quibrava a gara. Juó Bananere Tendo como base o poema modernista brasileiro de Juó Bananere, é correto afirmar que o autor:

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