UNB 2015

Peneira molecular

 

Em um artigo publicado na revista científica Carbohydrate Polymers, os pesquisadores avaliaram o desempenho de membranas de acetato de celulose feitas com jornais e com caroços de manga em processos de tratamento e purificação de água chamados de osmose reversa. Nesses processos, a água é separada de seus contaminantes ― como sólidos dissolvidos, sólidos suspensos, bactérias e matéria orgânica ― por meio de uma membrana semipermeável. Essa membrana se comporta como uma peneira molecular, rejeitando seletivamente quase todas as moléculas dissolvidas e permitindo somente a passagem da água pura. Como são muitas as aplicações para esse material filtrante, antes de produzir as películas, é preciso levar em conta em que tipo de aplicação elas serão usadas. “A porosidade depende do fluxo maior ou menor de líquidos que irão receber”, diz o coordenador do projeto. O controle dos poros é feito com a adição na mistura de alguns sais, como o perclorato de magnésio (Mg(ClO4)2). Essa substância funciona como um agente indutor na formação de poros na pele da membrana, auxiliando nos processos de filtração. Na avaliação estrutural realizada com o microscópio eletrônico de varredura, tanto a membrana feita a partir do caroço da manga quanto a de jornal apresentaram basicamente o mesmo padrão. No entanto, a subestrutura porosa é mais densa nas películas de acetato de celulose obtidas do caroço da fruta, em função da maior massa molecular do material.

Dinorah Ereno. Plástico vegetal. In: Revista Pesquisa FAPESP, ed. 174, ago./2010, p. 81 (com adaptações)

 

 

A maior densidade da subestrutura porosa das películas de acetato obtidas do caroço da manga permite um processo de purificação de água mais

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