UNIOESTE 2010

Com relação ao bem próprio do homem, ou seja, de seu bem supremo, há, segundo Aristóteles, uma concordância “quase geral” em sua época, pois “[...] tanto a maioria dos homens quanto as pessoas mais qualificadas dizem que este bem supremo é a felicidade, e consideram que viver bem e agir bem equivale a ser feliz; quanto ao que é realmente a felicidade, há divergências, e a maioria das pessoas não sustenta opinião idêntica a dos sábios. [...] Se formos julgar pela vida dos homens, estes, em sua maioria, e os mais vulgares entre eles, parecem (não sem algum fundamento) identificar o bem, ou a felicidade, com o prazer. É por isto que eles apreciam a vida agradável. Podemos dizer, com efeito, que existem três tipos principais de vida: o que acabamos de mencionar, o tipo de vida política, e o terceiro é a vida contemplativa. [...] Então, se a função do homem é uma atividade da alma por via da razão e conforme a ela […], afirmamos que a função própria do homem é um certo modo de vida, e este é constituído de uma atividade ou ações da alma que pressupõem o uso da razão […]. O bem para o homem vem a ser o exercício ativo das faculdades da alma de conformidade com a excelência, e, se há mais de uma excelência, de conformidade com a melhor e mais completa entre elas. Mas devemos acrescentar que tal exercício ativo deve estender-se por toda vida.”

(Aristóteles)

A partir do texto citado, seguem as seguintes afirmações:

I – Para Aristóteles, bem viver e bem agir é o mesmo que ser feliz, do que se conclui que o ser humano, numa vida completa, usufrui, apenas, de momentos felizes, para a realização de seu bem próprio e do melhor modo que lhe convier.

II – A função que melhor especifica o ser humano é o exercício ativo da razão, sendo que a felicidade, como seu bem próprio e supremo, se realiza, exclusivamente, na satisfação maximizada de prazeres.

III – O modo de vida que realiza o bem próprio e supremo do homem é o da vida contemplativa, pois é nela e no exercício ativo das atividades da alma em conformidade com a razão e com a melhor e mais completa das excelências (virtudes) que o homem realiza seu bem próprio.

IV – A felicidade é uma atividade da alma em conformidade com a razão e em conformidade com a excelência (virtude), e, em havendo mais de uma excelência (virtude), “em conformidade com a melhor e a mais completa entre elas”.

V – Sendo, segundo Aristóteles, as honrarias o objetivo da vida política e sendo que as honrarias dependem “mais daqueles que as concedem que daqueles que as recebem”, é na vida política que o homem realiza, de modo perfeito e completo, o bem supremo que melhor lhe convém.

Das proposições feitas acima

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