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  1. 91

    UNICENTRO 2014

    Pessoa crítica é a que tem posições independentes e refletidas, é capaz de pensar por si própria e não aceita como verdadeiro o simples estabelecimento por outros como tal, mas só após o seu exame livre e fundamentado. Uma época esclarecida é aquela em que os homens atingem a sua maioridade pela capacidade não só de pensarem autonomamente, mas também de não se deixarem manipular e dominar. Em vista disso, ela é um estágio alcançável com dificuldade, o que levou Kant a dizer que sua época não era ainda uma época esclarecida, mas em via de esclarecimento. Os homens atingem essa etapa por si sós, lentamente, desde que não cedam à covardia e à preguiça, não se deixem torturar, nem sejam impelidos a atingi-la mediante artifícios e pelo emprego da força. A liberdade é o espaço adequado ao esclarecimento. Por ter sido fundado no ímpeto do homem à liberdade, o Esclarecimento foi o principal movimento do pensamento moderno, que ainda hoje nos situa num horizonte comum ao de Kant. (REZENDE, 2002, p. 127) Segundo o texto, I. O exercício da liberdade é uma constante na formação da pessoa crítica. II. O comportamento humano é o reflexo da relação estabelecida entre a liberdade e a norma. III. Tanto a norma quanto a liberdade figuram como constructos ideológicos de dominação social. A alternativa que se refere apenas às proposições corretas sobre o pensamento de Kant é:  

  2. 92

    ENEM 2003

    Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão: A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz. Montesquieu. O espírito das leis. Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu,

  3. 93

    UEL 2005

    “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.)   Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar:

  4. 94

    UEL 2003

    “A liberdade natural do homem deve estar livre de qualquer poder superior na terra e não depender da vontade ou da autoridade legislativa do homem, desconhecendo outra regra além da lei da natureza. A liberdade do homem na sociedade não deve estar edificada sob qualquer poder legislativo exceto aquele estabelecido por consentimento na comunidade civil...” (LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. p. 95.)   Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema da liberdade em Locke, considere as seguintes afirmativas:   I. No estado civil as pessoas são livres porque inexiste qualquer regra que limite sua ação. II. No estado pré-civil a liberdade das pessoas está limitada pela lei da natureza. III. No estado civil a liberdade das pessoas edifica-se nas leis estabelecidas pelo conjunto dos membros dessa sociedade. IV. No estado pré-civil a liberdade das pessoas submete-se às leis estabelecidas pelos cidadãos.   Quais das afirmativas representam o pensamento de Locke sobre liberdade?

  5. 95

    UEL 2005

    “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, JeanJacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar:

  6. 96

    UFU 2000

    Leia com atenção o fragmento que se segue, extraído de um dos maiores clássicos do pensamento político moderno: "A diminuição do amor à pátria, a ação do interesse particular, a imensidão dos Estados, as conquistas, os abusos do Governo fizeram com que se imaginasse o recurso dos deputados ou representantes do povo nas assembleias da nação. É o que em certos países ousam chamar de Terceiro Estado. Desse modo, o interesse particular das duas ordens é colocado em primeiro e segundo lugares, ficando o interesse público em terceiro." O autor dessas palavras foi

  7. 97

    UFU 2007

    Partindo do modelo de comunidade originária, John Locke descreve os pressupostos de sua teoria da propriedade. É um dever do homem se conservar e, portanto, preservar a sua vida. Esta tese pressupõe que todos os indivíduos racionais são proprietários de sua própria pessoa e, em conseqüência disso, do trabalho de suas mãos, da energia gasta no processo de apropriação e transformação dos recursos naturais. Mais exatamente, o fundamento irredutível da propriedade é a propriedade de si mesmo, de sua própria pessoa, e do trabalho que essa pessoa realiza. Em conformidade com o pensamento de Locke, assinale a alternativa correta.  

  8. 98

    UFU 2002

    Segundo Hobbes (1588-1679), podemos definir estado de natureza como sendo o lugar ou momento em que

  9. 99

    UFU 2010

    Segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza é caracterizado pela “guerra de todos contra todos”, porque, não havendo nenhuma regra ou limite, todos têm direito a tudo o que significa que ninguém terá segurança de seus bens e de sua vida. A saída desta situação é o pacto ou contrato social, “uma transferência mútua de direitos”. HOBBES, T. Leviatã. Coleção Os Pensadores. Trad. João P. Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 78-80. Com base nestas informações e nos seus conhecimentos sobre a obra de Hobbes, assinale a alternativa que caracteriza o pacto social.  

  10. 100

    UFU 1998

    Para Locke, os homens em estado de natureza são, cada um, juiz em causa própria; assim é necessário constituir a sociedade civil mediante contrato social para organizar a vida em sociedade. Isto se daria através do pacto, tornando legítimo o poder do Estado. Para ele, o poder

  11. 101

    UNIOESTE 2010

    “Um governante virtuoso procurará criar instituições que ‘facilitem’ o domínio. Consequentemente, sem virtù, sem boas leis, geradoras de boas instituições, e sem boas armas um poder rival poderá impor-se. [...] A força explica o fundamento do poder, porém é a posse da virtù a chave por excelência do sucesso do príncipe. Sucesso este que tem uma medida política: a manutenção do poder. O governante tem que se mostrar capaz de resistir aos inimigos e aos golpes da sorte, ‘construindo diques para que o rio não inunde a planície, arrasando tudo o que encontra no caminho’. O homem de virtù deve atrair os favores da cornucópia, conseguindo, assim, a fama, a honra e a glória para si e a segurança para seus governados. [...] Um príncipe sábio deve guiar-se pela necessidade – 'aprender os meios de não ser bom e de fazer uso ou não deles, conforme as necessidades’. Assim, a qualidade exigida do príncipe que deseja se manter no poder é, sobretudo, a sabedoria de agir conforme as circunstâncias. Devendo, contudo, aparentar possuir as qualidades valorizadas pelos governados […]. A virtù política exige também os vícios, assim como exige o reenquadramento da força. O agir virtuoso é um agir como homem e como animal. Resulta de uma astuciosa combinação da virilidade e da natureza animal. Quer como homem, quer como leão (para amedrontar os lobos), quer como raposa (para conhecer os lobos), o que conta é 'o triunfo das dificuldades e a manutenção do Estado. Os meios para isso nunca deixarão de ser julgados honrosos, e todos os aplaudirão'” (Weffort). A partir deste texto, seguem as seguintes proposições a respeito da filosofia política de Maquiavel: I – Um governante virtuoso mantém o seu domínio, com boas leis e boas instituições, sem necessidade de recorrer ao uso da força armada e sem se guiar pela necessidade, mas, com sabedoria, agir em conformidade com as circunstâncias. II – Um príncipe sábio, na manutenção do Estado e do poder, deve, para garantir sua honra, fama e glória, bem como para garantir a segurança de seus governados, ser sempre honesto e virtuoso, não levando em consideração as circunstâncias. III – O príncipe que quer triunfar na manutenção do Estado e manter-se no poder deve possuir a sabedoria astuciosa de combinar sua virtù, que exige também vícios, com o uso da força, agindo, assim, quer como leão, quer como raposa, em conformidade com as circunstâncias. IV – Tendo por fim a manutenção do Estado, um príncipe sábio, com astúcia, aparenta possuir as qualidades que seus governados valorizam, obtendo, assim, a fama, honra e glória para si e a segurança de seus governados. V - A força explica o fundamento do poder, e é no seu uso permanente e de modo astucioso, sem nenhuma necessidade de considerar as circunstâncias nas quais ocorre a ação política, que reside a virtù, por excelência, do sucesso do príncipe para a sua manutenção no poder.   Das afirmações feitas acima

  12. 102

    ENEM - 3 APLICACAO 2014

    Outro remédio eficiente é organizar colônias, em alguns  lugares, as quais virão a ser como grilhões impostos à província, porque isto é necessário que se faça ou deve-se lá ter muita força de armas. Não é muito que se gasta com as colônias, e, sem despesa excessiva, podem ser organizadas e mantidas. Os únicos que terão prejuízos com elas serão os de quem se tomam os campos e as moradias para se darem  aos novos habitantes. Entretanto, os prejudicados serão a minoria da população do Estado, e dispersos e reduzidos à penúria, nenhum dano trarão ao príncipe, e os que não foram prejudicados terão, por isso, que se aquietarem, temerosos de que o mesmo lhes suceda. MAQUIAVEL, N.  O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2010.   Em O  príncipe, Maquiavel apresenta conselhos para a  manutenção do poder político, como o deste trecho, que tem como objeto a 

  13. 103

    UEL 2011

    Leia o texto a seguir. [...] é manifestamente contra a lei da natureza, seja qual for a maneira por que a definamos, uma criança mandar num velho, um imbecil conduzir um sábio, ou um punhado de pessoas regurgitar superfluidades enquanto à multidão faminta falta o necessário. (ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. L. S. Machado. São Paulo: Abril Cultural, 1991. p. 282.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a distinção entre homem natural e homem social em Rousseau, é correto afirmar: I. A necessidade de autopreservação do homem primitivo é contrabalanceada pelo sentimento de piedade, o que o demove de praticar o mal sem necessidade. II. O homem natural sente medo de tudo o que é desconhecido, mantendo-se, desse modo, ávido para o ataque. III. O homem social é ambicioso e deseja elevar sua fortuna e posses, menos por necessidade e mais para colocar-se acima dos outros numa expressão de poder e superioridade. IV. O homem social vive em paz e igualdade, de forma tranquila e harmoniosa com todos os cidadãos. Assinale a alternativa correta.

  14. 104

    UNIOESTE 2011

    “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça dando às suas ações a moralidade que antes lhes faltava. É só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir baseado em outros princípios e a consultar e ouvir a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas ideias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda sua alma se eleva a tal ponto que (...) deveria sem cessar bendizer o instante feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem”. Rousseau. Com base no texto, seguem as seguintes afirmativas: I. A mudança significativa que ocorre para o homem, na passagem do estado natural para o estado civil, é a de que o homem passa a conduzir-se pelos instintos, como um “animal estúpido e limitado”. II. A conduta do homem, no estado natural, é baseada na justiça e na moralidade e em conformidade com princípios fundados na razão. III. Ao ingressar no estado civil, na sua conduta, o homem substitui a justiça pelo instinto e apetite, orientando-se, apenas, pelas suas inclinações e não pela “voz do dever” e sem “ouvir a razão”. IV. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o homem passa a agir baseado em princípios da justiça e da moralidade, orientando-se antes pela razão do que pelas inclinações. V. Com a passagem do estado de natureza para o estado civil, o homem obtém vantagens que o faz um “ser inteligente e um homem”, obtendo, assim a “liberdade civil”, submetendo-se, apenas, “à lei que prescrevemos a nós mesmos”. Assinale a alternativa correta.

  15. 105

    UEL 2008

     Para Hobbes, [...] o poder soberano, quer resida num homem, como numa monarquia, quer numa assembléia, como nos estados populares e aristocráticos, é o maior que é possível imaginar que os homens possam criar. E, embora seja possível imaginar muitas más conseqüências de um poder tão ilimitado, apesar disso as conseqüências da falta dele, isto é, a guerra perpétua de todos homens com os seus vizinhos, são muito piores.  (HOBBES, T. Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988. capítulo XX, p. 127.) Com base na citação e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Hobbes, assinale a alternativa correta.

  16. 106

    UEL 2004

    “Não sendo o Estado ou a Cidade mais que uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, torna-se-lhe necessária uma força universal e compulsiva para mover e dispor cada parte da maneira mais conveniente a todos. Assim como a natureza dá a cada homem poder absoluto sobre todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, e é esse mesmo poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse, o nome de soberania.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1994. p. 48.)   De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os conceitos de Estado e soberania em Rousseau, é correto afirmar.

  17. 107

    UFF 2011

    O período do Renascimento foi muito fértil em reflexões políticas. Em contraste com o pragmatismo de Maquiavel, alguns pensadores, inconformados com os males de seu tempo, escreveram sobre sociedades imaginárias. As obras desses pensadores expunham análises realistas que denunciavam as imperfeições das sociedades,  e continham propostas de sociedades ideais, baseadas na Razão e capazes de promover a paz, o conhecimento, a justiça e a igualdade em benefício de todos os seres humanos. A obra  mais representativa dessas novas propostas é  

  18. 108

    UFU 2002

    A relação homem-natureza consome a maior parte das obras de Rousseau, que seguiu uma direção peculiar assentada na crítica ao progresso das ciências e das artes. A este respeito, pode-se afirmar que I - prevalece, nos escritos de Rousseau, a moral fundada na liberdade, a primazia do sentimento sobre a razão e, principalmente, a teoria da bondade natural do homem. II - o bom selvagem ou o homem natural é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, sentimentos esses corrompidos com o surgimento da propriedade privada. III - o bom selvagem, descrito por Rousseau, possui uma sabedoria mais refinada que o conhecimento científico, o que confirma a completa ignorância da cultura letrada. IV - Rousseau não defende o retorno do homem à animalidade, ao contrário, é preciso conservar a pureza da consciência natural, isto é, alcançar a verdadeira liberdade. Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.

  19. 109

    UEL 2008

    Leia a citação a seguir. Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. (ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. Os Pensadores.) Com base na citação acima e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, considere as seguintes afirmativas. I. O contrato social só se torna possível havendo concordância entre obediência e liberdade. II. A liberdade conquistada através do contrato social é uma liberdade convencional. III. Por meio do contrato social, os indivíduos perdem mais do que ganham. IV. A liberdade conquistada através do contrato social é a liberdade natural. Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas, mencionadas anteriormente.

  20. 110

    UFSM 2013

    Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz.   Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.   Considere as afirmações:   I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime político monarquista. II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo. III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade.   Está(ão) correta(s) 

  21. 111

    UEL 2006

      “O direito natural se embasa [...] em princípios a priori da razão e é, portanto, cognoscível a priori pela razão de todo o homem, enquanto que o direito positivo é estatutário e procede da vontade do legislador. O primeiro há de servir como critério racional do segundo, já que é mister buscar na razão o critério do justo e do injusto, enquanto que o direito positivo diz o que é direito.” (KANT, Immanuel. La metafísica de las Costumbres. 2. ed. Trad. Adela Cortina Orts e Jesús Conill Sancho. Madri: Tecnos, 1994. p. XLIII.)   “Para Estados, em relação uns com os outros, não pode haver, segundo a razão, outro meio de sair do estado sem leis, que contém pura guerra, a não ser que eles, exatamente como homens individuais, desistam de sua liberdade selvagem (sem lei), consintam com leis públicas de coerção e assim formem um (certamente sempre crescente) Estado dos Povos (civitas gentium), que por fim viria a compreender todos os povos da terra.” (KANT, Immanuel. A paz perpétua. Trad. Marco Antônio Zingano. Porto Alegre: L&PM, 1989. p. 42.)   Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o Direito Natural em Kant, é correto afirmar:

  22. 112

    UEL 2007

    Na segunda seção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant nos oferece quatro exemplos de deveres. Em relação ao segundo exemplo, que diz respeito à falsa promessa, Kant afirma que uma “pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: Não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: Quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá”. Fonte: KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 130.   De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a moral kantiana, considere as afirmativas a seguir: I. Para Kant, o princípio de ação da falsa promessa não pode valer como lei universal. II. Kant considera a falsa promessa moralmente permissível porque ela será praticada apenas para sair de uma situação momentânea de apuros. III. A falsa promessa é moralmente reprovável porque a universalização de sua máxima torna impossível a própria promessa. IV. A falsa promessa é moralmente reprovável porque vai de encontro às inclinações sociais do ser humano.   A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

  23. 113

    UFU 2014

    Antes de escrever Discursos sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens e o Do contrato social, Rousseau já havia manifestado seu pessimismo em relação ao progresso social. Na dissertação escrita em 1750, para o concurso literário promovido pela Academia de Dijon, está escrito: “Antes que a arte polisse nossas maneiras e ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem apurada, nossos costumes eram rústicos, mas naturais e a diferença dos procedimentos denunciava, à primeira vista, a dos caracteres. No fundo, a natureza humana não era melhor, mas os homens encontravam sua segurança na facilidade para se penetrarem reciprocamente, e essa vantagem, de cujo valor não temos mais a noção, poupava-lhes muitos vícios.” ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 336. Coleção “Os Pensadores”. Analise as assertivas abaixo. I. A palavra natural significa sabedoria, portanto, o primitivo era dotado de um saber comparável ao estágio do conhecimento do século das luzes. II. As ciências e as artes serviram não só para o progresso material, mas também levaram os homens a criarem vícios, antes inexistentes. III. O homem em estado de natureza era ignorante, porém, a ignorância preservava a pureza de coração e fazia, do primitivo, um ser livre. IV. A ignorância é um vício adquirido da natureza, portanto, as ciências e artes são necessárias para promover a liberdade humana. Assinale a alternativa correta.

  24. 114

    UEL 2006

    “O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e conseqüentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.” (HOBBES, Thomas. Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 82.)   Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes, considere as afirmativas a seguir. I. Todos os homens são igualmente vulneráveis à violência diante da ausência de uma autoridade soberana que detenha o uso da força. II. Em cada ser humano há um egoísmo na busca de seus interesses pessoais a fim de manter a própria sobrevivência. III. A competição e o desejo de fama passam a existir nos homens quando abandonam o Estado de natureza e ingressam no Estado social. IV. O homem é naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harmônica entre seus pares.   Estão corretas apenas as afirmativas:

  25. 115

    UEL 2004

    TEXTO I A ideia ilusória da vontade livre deriva de percepções inadequadas e confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto, não é o estar livre da necessidade, mas sim a consciência da necessidade. SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. de Angélica Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, 2000. p. 41.   TEXTO II Liberdade significa, em sentido próprio, ausência de oposição (entendendo por oposição os impedimentos externos ao movimento); e não se aplica menos a criaturas irracionais e inanimadas do que às racionais. HOBBES, Thomas. Leviathan, or The Matter, Forme and Power of a Commonwealth Ecclesiasticall and Civil. Ed. C. B. Macpherson. Harmondsworth: Penguin Books, 1968. p.168. O questionamento acerca da liberdade esteve presente por toda a história da filosofia. Thomas Hobbes (1588 - 1679) e Baruch de Espinosa (1633 - 1677) foram dois filósofos que chegaram a um posicionamento similar acerca desta questão em diversos aspectos. De acordo com os trechos citados, podemos concluir que para ambos os autores, a liberdade

  26. 116

    UFLA 2012

    O texto a seguir reproduz os parágrafos iniciais da Declaração da Independência dos EUA oficialmente denominada “Declaração Unânime dos Treze Estados Unidos da América”, datada de 4 de julho de 1776. Quando, no curso dos acontecimentos humanos, torna-se necessário a um povo dissolver os laços políticos que o ligam a outro e assumir, entre os poderes da terra, situação independente e igual a que lhe dão direito as Leis da Natureza e de Deus, o correto respeito às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o levam a essa separação. (...) Que para garantir esses direitos são instituídos entre os homens Governos que derivam os seus justos poderes do consentimento dos governados; [...] Fonte: DRIVER, S. S.. A Declaração de Independência dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p. 53.   O texto cita a existência do “Estado de Natureza” e “Estado de Governo” prefigurados no pensamento pré-iluminista de John Locke. A passagem entre “Estado de Natureza” e “Estado de Governo” é fruto, no pensamento Lockeano:

  27. 117

    UFLA 2014

    A origem de todo pensamento é aquilo que denominamos sensação (pois não há nenhuma concepção do espírito do homem que primeiro não tenha sido originada, total ou parcialmente, nos órgãos dos sentidos). A causa da sensação é o objeto exterior ao sujeito, que pressiona o órgão próprio de cada sentido, como no gosto e tato, na vista, no ouvido e no cheiro. Fonte: HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 31. (Adaptado)     Segundo o texto, para Hobbes, o pensamento humano origina- se primariamente

  28. 118

    ENEM PPL 2015

    A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori. KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.     A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela

  29. 119

    UNIOESTE 2012

    “Creio que a sorte seja árbitro da metade dos nossos atos, mas que nos permite o controle sobre a outra metade, aproximadamente. Comparo a sorte a um rio impetuoso que, quando enfurecido, inunda a planície, derruba casas e edifícios, remove terra de um lugar para depositá-la em outro. Todos fogem diante de sua fúria, tudo cede sem que se possa detê-la. Contudo, apesar de ter essa natureza, quando as águas correm quietamente é possível construir defesas contra elas, diques e barragens, de modo que, quando voltam a crescer, sejam desviadas para um canal, para que seu ímpeto seja menos selvagem e devastador. O mesmo se dá com a sorte, que mostra todo o seu poder quando não foi posto nenhum empenho para lhe resistir, dirigindo sua fúria contra os pontos que não há dique ou barragem para detê-la. [...] O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. Acredito também que é prudente quem age de acordo com as circunstâncias, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige”. Maquiavel Considerando o pensamento político de Maquiavel e o texto acima, é INCORRETO afirmar que

  30. 120

    UFMA 2009

    “Os utopianos admiram-se de que seres razoáveis possam se deleitar com a luz incerta e duvidosa de uma pedra ou de uma pérola, quando tem os astros e o sol com que encher os olhos. Encaram como louco aquele que se acredita mais nobre e mais estimável só porque está coberto com uma lã mais fina, lã tirada das costas de carneiro, e que foi usada primeiro por esse animal. Admiram-se que o ouro, inútil por sua própria natureza, tenha adquirido um valor fictício tão considerável que seja mais estimado do que o homem; ainda que somente o homem lhe tenha dado esse valor e dele se utilize, conforme seus caprichos.” (MORE, Thomas. A utopia. Trad. Luís de Andrade, São Paulo: Nova Cultural, 1988. Col. Os Pensadores)   A Utopia, de Thomas More, procura pensar sobre a condição humana e social da Europa renascentista do séc. XVI. Dentro dessa condição humana e social está a problemática do modelo de beleza. Qual a visão do autor sobre esse tema?

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