PUC-MG 2016
Sangue nas veias
A mais recente pesquisa "Retratos da leitura no Brasil" (2011) vem confirmar que o livro e a leitura continuam ocupando um lugar importante no imaginário nacional. A imensa maioria dos brasileiros os associa a valores positivos e desejáveis. Mas, ao mesmo tempo, os números de leitores permanecem muito baixos. A questão continua tendo aspectos paradoxais, que desafiam o entendimento e sugerem a necessidade de um olhar sutil em sua apreciação.
Há muitas décadas já se sabe que as famílias que conseguiram garantir alfabetização para as novas gerações sempre tiveram a perfeita noção de que o estudo podia ser uma ferramenta significativa para o desenvolvimento pessoal, um fator de ascensão social e uma promessa de melhor qualificação profissional, traduzida em melhores salários e uma situação econômica menos sacrificada. As frases que traduzem essa convicção são quase clichês no quadro familiar brasileiro. Muitos de nós as ouvimos de pais e avós: “Trate de estudar. A educação é a única herança que eu tenho para deixar para vocês”. Ou então: “Leia para ficar sendo seu para sempre. O que você lê e aprende ninguém vai poder lhe tirar, nunca”.
Tais máximas foram repetidas, sobretudo no âmbito familiar, ao longo dos anos. Pelo que se percebe, tais conselhos continuam vivos e fortes. Mas esta pesquisa mostra também um dado intrigante. Esse ambiente doméstico está deixando de ser a maior influência que as pessoas recebem para se tornarem leitores. Diferentemente do que se viu em pesquisas anteriores, desta vez o exemplo e os conselhos da mãe não são mais a força dominante para que alguém leia. A sociedade passou-lhe à frente na função de modelar os leitores e propor exemplos. E nela, cumpre destacar o protagonismo exercido pela escola e pelos professores. Esse aspecto vem se somar a outro dado significativo e que chega às raias do espantoso: a quase inexistência de influência da mídia para aproximar alguém dos livros e da leitura. Ambos os traços chamam a atenção no resultado desta pesquisa.
MACHADO, Ana Maria. In: FAILLA, Z. Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto Pró-Livro, 2012.
A ideia expressa pelos conectivos em destaque está corretamente indicada em
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