FUVEST 2014

A civilização  “pós-moderna”  culminou  em  um progresso inegável, que não foi percebido antecipadamente, em  sua  inteireza.  Ao  mesmo  tempo,  sob  o  “mau  uso”  da ciência, da tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios que explodiram com o capitalismo monopolista de sua terceira fase.

Em  páginas  secas  premonitórias,  E.   Mandel* apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e uma  carrada  maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a sua periferia intrínseca e   apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.

Florestan Fernandes, Folha de S. Paulo, 27/12/1993. (*) Ernest Ezra Mandel (1923/1995): economista e militante político belga.

No trecho “nos precipitou  na  miséria  moral  inexorável”, a palavra sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por

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