PUC-GO 2016

Queimada

À fúria da rubra língua
do fogo
na queimada
envolve e lambe
o campinzal
estiolado em focos
fenos
sinal.
É um correr desesperado
de animais silvestres
o que vai, ali, pelo mundo
incendiado e fundo,
talvez,

como o canto da araponga
nos vãos da brisa!

Tambores na tempestade

[...]
E os tambores
e os tambores
e os tambores
soando na tempestade,
ao efêmero de sua eterna idade.

[...]

Onde?
Eu vos contemplo
à inércia do que me leva
ao movimento

de naufragar-me
eternamente
na secura de suas águas
mais à frente!

Ó tambores
ruflai
sacudi suas dores!

Eu
que não me sei
não me venho
por ser
busco apenas ser somenos
no viver,
nada mais que isso!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 164, 544, 552.)

Sobre a palavra “somenos”, presente nos versos finais do fragmento do poema “Tambores na tempestade”, assinale a alternativa correta:

Escolha uma das alternativas.