UNB 2012

A Violeira


Desde menina caprichosa e nordestina
Que eu sabia, a minha sina era no Rio vir morar
Em Araripe, topei com o chofer de um jipe
Que descia pra Sergipe pro serviço militar
Esse maluco me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco me pediu pra namorar
(...)


Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco, correnteza e coisa má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar
Ver Ipanema foi que nem beber Jurema
Que cenário de cinema, que poema à beira-mar
E não tem tira, nem doutor, nem ziquizira
Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar!


Será verdade que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade resolver me escorraçar?
Com a tralha inteira, remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira e o São Francisco me levar?
(...)


Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Eu quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar!

Chico Buarque e Tom Jobim. A violeira. Internet:

 

O uso de expressões como “um cara de trabuco”,“ziquizira" e “tralha” , bem como a grafia “pra”, “pro” e “Inda” são adequados, pois contribuem para

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