FGV-RJ 2012

Lixo industrial na sua casa
A obsolescência programada dos produtos já ultrapassou todos os limites. Você compra uma geladeira, um fogão, uma máquina de lavar hoje e daqui a três ou quatro meses consulta a lista de assistência técnica. Chato, não?
Vem a assistência técnica autorizada, conserta, ou melhor, dá um jeito por um mês ou dois. E o produto quase novo, já reparado, está novamente estragado. Irritante, não?
Pois é, falamos, discutimos, escrevemos, lemos e vemos programas e filmes sobre a proteção ao ambiente. Um tema relevante, empolgante, mas que se contrapõe à curta duração dos produtos.
Porque, bem, cá entre nós e que ninguém nos ouça, com produtos fabricados para estragar e assistência técnica que faz gambiarras, sai mais em conta comprar um novo.
Chegamos, então, à triste situação de descartar, após um ano ou dois, equipamentos que antes duravam dez ou mais anos. Todos feitos com muito plástico, que deforma, enguiça, quebra e não dura.
A natureza, já tão ameaçada por nosso descaso e desrespeito milenares, sofre com montanhas de baterias, carcaças de celulares, de máquinas de lavar e fontes de microcomputadores. Lixo, muito lixo, que decorre da cupidez de quem fabrica porcaria para vender novamente em prazo recorde.
Maria Inês Dolci, Folha de S. Paulo, 31/05/2010. Adaptado.

 

Destes pares de palavras, entendidos no contexto, o único em que ocorrem contrastes entre linguagem formal e informal e entre denotação e conotação é:

Escolha uma das alternativas.