FGV-SP 2009

Todos os Nomes
Passar os olhos pela relação dos jogadores inscritos por nossos clubes profissionais para a atual temporada profissional pode ser uma experiência reveladora.

O que primeiro salta à vista é a quantidade de nomes estrangeiros – em geral de origem inglesa, ainda que existam alguns Jeans, Michels e Pierres de sabor francês e um ou outro Juan de sonoridade castelhana.

O grosso mesmo é de nomes anglo-saxões.

 

Só de Wellingtons eu contei seis. Se bobear, tem mais Wellington que José no nosso futebol.

Nem vamos perder tempo falando da profusão de Williams, de Christians, de Rogers e de Andersons. Até aqui, parece que eu, um mero Zé, estou me queixando dessa invasão onomástica estrangeira e engrossando o coro dos que, como o deputado Aldo Rebelo, querem defender a “pureza” da língua pátria a golpes de multas e proibições.

 

Longe de mim tal insensatez.

Uma língua se enriquece no contato e na troca com todas as outras.

 

Os nomes predominantes em uma geração refletem o imaginário de sua época, não o determinam. Mais significativo do que a assimilação pura e simples dos nomes estrangeiros – é o processo de canibalização que eles sofrem aqui.

Abaixo do Equador, Alain vira Allan, Michael vira Maicon (ou Maycon), David vira Deivid e Hollywood vira Oliúde.

 

lsso sem falar nas criações genuinamente brasileiras, como o espantoso Maicosuel (jogador do Cruzeiro).
É a contribuição milionária de todos os erros, como queria.........................................................................

José  G. Couto. Folha de S. Paulo, 02/02/2008. Adaptado.

 

Ao colocar entre aspas a palavra “pureza” o enunciador expressou:  

 

Escolha uma das alternativas.