PUC-RS 2008

1. Os adolescentes usam a web como uma espécie
2. de laboratório social, para testar limites do relacio-
3. namento. A estudante paulista L.S.B., 15 anos, assí-
4. dua no Orkut e no MSN, diz ter maior intimidade com
5. o computador do que com os pais. “Quando estou
6. dando uma bronca, prefiro falar pessoalmente, mas
7. tem coisas que só consigo digitar”, diz. As novidades
8. não dizem respeito apenas a relacionamentos e tro-
9. ca de informações – mas, também, a velocidade. A
10. antropóloga Anne Kirah observou que a maior difi-
11. culdade dos imigrantes (isto é, aquelas pessoas nas-
12. cidas quando o telefone tinha disco e que, em caso
13. de  urgência,  enviavam  telegramas)  é  entrar  em
14. sintonia com o ritmo atual e acelerado da sociedade
15. on-line. Para os jovens, que não conheceram outra
16. vida, isso é perfeitamente natural.
17. A tecnologia abriu uma porta para que as pesso-
18. as possam estar em contato permanente umas com
19. as outras e para que tenham acesso ininterrupto à
20. informação. Ainda é cedo para conhecer os efeitos a
21. longo prazo da cultura da comunicação. O modelo é
22. espetacular, e seus benefícios para a difusão do co-
23. nhecimento são evidentes. Em contrapartida, a co-
24. nexão permanente parece estar reduzindo o tempo
25. disponível para simplesmente sentar e pensar.


Em relação à frase “Quando estou dando uma bronca, prefiro falar pessoalmente, mas tem coisas que só consigo digitar” (linhas 05 a 07), é INCORRETO afirmar que

 

Escolha uma das alternativas.