UNIFESP 2007

Leia versos da primeira e da quarta estrofe de poema de Hilda Hilst, publicados no livro Do desejo em 1992.

I
Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo a minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.

IV
...Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?

O verso - "Tomas-me o corpo. E que descanso me dás"- é base para a questão.
No poema, a informação é dada do ponto de vista do eu-Iírico em relação à pessoa amada. Caso se invertessem os papéis, o verso assumiria a seguinte forma:

Escolha uma das alternativas.