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  1. 31

    UECE 2012

    SEQUÊNCIAS Eu era pequena. A cozinheira Lizarda tinha nos levado ao mercado, minha irmã, eu. Passava um homem com um abacate na mão e eu inconsciente: “Ome, me dá esse abacate...” O homem me entregou a fruta madura. Minha irmã, de pronto: “vou contar pra mãe que ocê pediu abacate na rua”. Eu voltava trocando as pernas bambas. Meus medos crescidos, enormes... A denúncia confirmada, o auto, a comprovação do delito. O impulso materno... consequência obscura da escravidão passada, o ranço dos castigos corporais. Eu, aos gritos, esperneando. O abacate esmagado, pisado, me sujando toda. Durante muitos anos minha repugnância por esta fruta trazendo a recordação permanente do castigo. Sentia, sem definir, a recreação dos que ficaram de fora, assistentes, acusadores. Nada mais aprazível no tempo, do que presenciar a criança indefesa espernear numa coça de chineladas. “É pra seu bem”, diziam, “doutra vez não pedi fruita na rua”. (Cora Coralina. Melhores poemas. p. 158.) A expressão no tempo, destacada em negrito, refere-se ao

  2. 32

    UPF 2014

    Vespertina tropical Então Deus, tendo acabado de criar o firmamento e os continentes, o homem e a mulher, a zebra, os elétrons, o umbu e a neblina, quis dar um último toque em Sua obra: num arroubo de lirismo, lá pelas 17h54 do sexto dia, pintou a aurora boreal. É, de fato, um troço estupendo: mais bonito que o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago. Era pra ser o corolário da criação, a maior atração da Terra, diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas, contentes por terem nascido neste planeta abençoado e multicolor, mas, infelizmente, como se sabe, a aurora boreal não pegou. Claro: é longe, é raro e é muito cedo, como esses espetáculos incríveis encenados domingo de manhã no Sesc Belenzinho. Imagina se a aurora boreal fosse nos trópicos, seis e meia da tarde? O sujeito tá num táxi na avenida Atlântica, olha pro lado, o céu todo verde e amarelo e laranja e roxo, saca o celular, faz um "selfie" [tava louco pra usar essa palavra], posta "#vespertinatropical!!!" e segue pra casa, satisfeito. Mas não, é pra lá da Groenlândia, 4h30 AM, ninguém sabe quando: aí, não adianta reclamar que o público é ignorante e prefere a caretice hollywoodiana de um arco-íris. Fosse só a aurora boreal, beleza, mas a natureza tá cheia de desarranjos semelhantes. Não surpreende: ela foi criada há milhões de anos, nunca passou por uma revisão e ainda é administrada pelo fundador. Se eu fosse Javé, chamava uma dessas consultorias especializadas em fazer a transição de empresas familiares para organizações, digamos, mais competitivas, e dava um choque de gestão. Nem precisa gastar muito, basta alocar melhor os recursos. Veja os cometas, por exemplo. Tudo espalhado por aí, nos visitam só a cada 70, cem anos, às vezes chegam de lado, outras vezes de dia, ninguém vê, baita desperdício de energia. Por que não otimizar essas órbitas? Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo na noite de Réveillon, proporcionando uma queima de fogos global à nossa sofrida humanidade? A gravidade é outro assunto que merece uma calibrada: tem que ser mesmo 9,8 m/s2? Por quê? Como Deus chegou a esse número? Gostaria que Ele abrisse as planilhas para entendermos se cada m/s2 é realmente necessário. Com metade dessa atração, nós continuaríamos colados ao chão e seria muito mais agradável se locomover por aí. O mínimo que o Senhor poderia fazer era dar uma amainada de dezembro a março: imagina que alívio encarar esse calorão com 25% menos esforço, durante a "Gravidade de Verão". Sem falar, óbvio, em 50% para grávidas, idosos e cadeirantes. Não tenho dúvida de que o Todo Poderoso resistirá a essas e outras reformas. Criar o Universo é o tipo da coisa que infla um pouco o ego do sujeito, mas seria bom se Ele se animasse a colocar o mundo nos eixos – literalmente: já repararam como a Terra gira toda torta, envergada como um frei Damião? Se meu pacote de sugestões não puder convencê-lo pelo bom senso, quem sabe ao menos uma parte cutuque a Sua vaidade? Ora, El Shaddai, a aurora boreal é um negócio tão lindo, tão grandioso, tão divino, não é justo que siga sendo exibida, ano após ano, apenas para os ursos-polares, as focas e a Björk, é ou não é? PRATA, Antonio. Vespertina Tropical. Folha de São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 21 mar. 2014.   Os tempos e os modos verbais contribuem para construir, no texto, determinados efeitos de sentido. Acerca desses efeitos, afirma-se: I. O futuro do pretérito é usado para dar ideia de probabilidade, como ocorre em “diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas”. II. O imperativo afirmativo contribui para construir o efeito de proximidade com o leitor, como ocorre em “Veja os cometas, por exemplo". III. O presente do subjuntivo é usado para dar ideia de possibilidade de ação, como ocorre em “Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo”. Estão corretas as afirmações apresentadas em:

  3. 33

    UNIFESP 2012

    Flor Anônima Manhã clara. A alma de Martinha é que acordou escura. Tinha ido na véspera a um casamento; e, ao tornar para casa, com a tia que mora com ela, não podia encobrir a tristeza que lhe dera a alegria dos outros e particularmente dos noivos. Martinha ia nos seus... Nascera há muitos anos. Toda a gente que estava em casa, quando ela nasceu, anunciou que seria a felicidade da família. O pai não cabia em si de contente. – Há de ser linda! – Há de ser boa! – Há de ser condessa! – Há de ser rainha!   Essas e outras profecias iam ocorrendo aos parentes e amigos da casa. Lá vão... Aqui pega a alma escura de Martinha. Lá vão quarenta e três anos — ou quarenta e cinco, segundo a tia; Martinha, porém, afirma que são quarenta e três. Adotemos este número. Para ti, moça de vinte anos, a diferença é nada; mas deixa-te ir aos quarenta, nas mesmas circunstâncias que ela, e verás se não te cerceias uns dois anos. E depois nada obsta que marches um pouco para trás. Quarenta e três, quarenta e dois, fazem tão pouca diferença...   Naturalmente a leitora espera que o marido de Martinha apareça, depois de ter lido os jornais ou enxugado do banho. Mas é que não há marido, nem nada. Martinha é solteira, e daí vem a alma escura desta bela manhã clara e fresca, posterior à noite de bodas.   Só, tão só, provavelmente só até a morte; e Martinha morrerá tarde, porque é robusta como um trabalhador e sã como um pero. Não teve mais que a tia velha. Pai e mãe morreram, e cedo.   A culpa dessa solidão a quem pertence? Ao destino ou a ela? Martinha crê, às vezes, que ao destino; às vezes, acusase a si própria. Nós podemos descobrir a verdade, indo com ela abrir a gaveta, a caixa, e na caixa a bolsa de veludo verde e velha, em que estão guardadas todas as suas lembranças amorosas. Agora que assistira ao casamento da outra, teve ideia de inventariar o passado. Contudo hesitou:   – Não, para que ver isto? É pior: deixemos recordações aborrecidas.   Analise as afirmações. I. Em –  Martinha ia nos seus... – a suspensão do pensamento, marcada pelo emprego das reticências, se dá em função das projeções que o narrador passa a fazer sobre a idade da personagem. II. Na oração – Pai e mãe morreram, e cedo. – o termo em destaque está empregado com valor adverbial, estabelecendo relação de tempo. III. A frase inicial do penúltimo parágrafo do texto, em discurso direto da personagem Martinha, assumiria a seguinte redação: A culpa desta solidão a quem pertence? Ao destino ou a mim? Eu creio, às vezes, que ao destino; às vezes, acuso-me a mim própria.   Está correto o que se afirma em

  4. 34

    UFAM 2010

    Nos exemplos abaixo, o pronome pessoal átono funciona como objeto direto, EXCETO em:

  5. 35

    UNIFESP 2016

    Leia o excerto da crônica “Mineirinho” de Clarice Lispector (1925-1977), publicada na revista Senhor em 1962, para responder. [...] Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos. Até que treze tiros nos acordam, e com horror digo tarde demais – vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu – que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso. (Clarice Lispector. Para não esquecer, 1999.)   1 facínora: diz-se de ou indivíduo que executa um crime com crueldade ou perversidade acentuada. 2 Mineirinho: apelido pelo qual era conhecido o criminoso carioca José Miranda Rosa. Acuado pela polícia, acabou crivado de balas e seu corpo foi encontrado à margem da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.     “Até que treze tiros nos acordam, e com horror digo tarde demais – vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu – que ao homem acuado, que a esse não nos matem.” (4o parágrafo) Os termos “a esse” e “nos” constituem, respectivamente,

  6. 36

    UNIFESP 2007

    I Porque há desejo em mim, é tudo cintilância. Antes, o cotidiano era um pensar alturas Buscando Aquele Outro decantado Surdo à minha humana ladradura. Visgo e suor, pois nunca se faziam. Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo Tomas-me o corpo. E que descanso me dás Depois das lidas. Sonhei penhascos Quando havia o jardim aqui ao lado. Pensei subidas onde não havia rastros. IV ... Por que não posso Pontilhar de inocência e poesia Ossos, sangue, carne, o agora E tudo isso em nós que se fará disforme?     No poema, a informação é dada do ponto de vista do eu-lírico em relação à pessoa amada. Caso se invertessem os papéis, o verso destacado assumiria a seguinte forma:  

  7. 37

    UNEMAT 2008

    A flexão de voz do verbo na língua portuguesa diz respeito à relação estabelecida entre o verbo e seu sujeito. Dessa forma, o verbo pode apresentar-se na voz ativa (quando o sujeito é aquele que executa a ação expressa pelo verbo) e na voz passiva (quando o receptor é paciente, ou seja, sofre a ação expressa pelo verbo). Nesse sentido, ao transpor para a voz ativa a frase: “Para uma parcela da coletividade são assegurados [...] os direitos individuais”, obtém-se:

  8. 38

    UTFPR 2015

    A MORTE DO LÁPIS E DA CANETA Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em julho. O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais. Sou o primeiro a reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa horrorizado. A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado termine com a letra de mão. A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o seu rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade com quem estou travando contato – e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook. COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/ 2011 Em relação à pontuação do texto, considere as seguintes afirmativas: I) A expressão nos Estados Unidos (primeiro parágrafo) vem isolada por vírgulas por se tratar de Adjunto Adverbial deslocado. II) Os dois pontos (segundo parágrafo) foram usados para introduzir uma enumeração. III) O ponto de exclamação (segundo parágrafo) exprime o questionamento do autor em relação ao tema. Está(ão) correta(s) apenas:

  9. 39

    UNIFESP 2011

    (...) Rômulo era antipatizado. Para que o não manifestassem excessivamente, fazia-se temer pela brutalidade. Ao mais insignificante gracejo de um pequeno, atirava contra o infeliz toda a corpulência das infiltrações de gordura solta, desmoronava-se em socos. Dos mais fortes vingava-se, resmungando intrepidamente. (Raul Pompeia. O Ateneu.) Tendo em vista a função sintática da palavra grifada no fragmento, ela também pode ser vista no termo sublinhado na frase:

  10. 40

    UFAM 2010

    As frases abaixo, em que os verbos estão empregados em tempos compostos, foram passadas para a voz passiva. Um dos itens, porém, não o foi de modo correto. Assinale-o.

  11. 41

    UEMS 2008

    Sugestão Antes que venham ventos e te levem do peito o amor — este tão belo amor, que deu grandeza e graça à tua vida —, faze dele, agora, enquanto é tempo, uma cidade eterna — e nela habita.   [...] É tempo. Faze tua cidade eterna, e nela habita: antes que venham ventos, e te levem do peito o amor — este tão belo amor que dá grandeza e graça à tua vida. MELLO, Thiago de. Vento geral. Poesia 1951/1981. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984. Os termos negritados em “É tempo. Faze / tua cidade eterna, e nela habita: / antes que venham ventos, e te levem / do peito o amor — este tão belo amor / que dá grandeza e graça à tua vida.”, exercem, respectivamente, função sintática de

  12. 42

    UNIFESP 2011

    De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina Atrás do tanque, no mato É a rainha dos detentos Das loucas, dos lazarentos Dos moleques do internato E também vai amiúde Co’os velhinhos sem saúde E as viúvas sem porvir Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade Vive sempre a repetir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni Chico Buarque. Geni e o zepelim. A função sintática do verso "De tudo que é nego torto" é:

  13. 43

    FGV-SP 2011

    Eu lia o meu livrinho quando a sucessão de gritos – “ahhh”… “ehhh”… – picotou a noite de domingo. A impressão que tive foi de alguém sendo esfolado no andar de cima. Não fui o único a saltar da poltrona, assustado, tentando descobrir de onde vinha aquela esganiçada voz feminina: no meu prédio e no que fica ao lado, meia dúzia de pescoços se insinuaram na moldura das janelas enquanto o alarido – “ihhh”… “ohhh”… – prosseguia. Humberto Werneck. O espalhador de passarinhos. Observando o emprego do pronome relativo que, nas duas ocorrências grifadas no fragmento, verifica-se que

  14. 44

    UNEMAT 2009

    Habitação O déficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades. Fonte:www.suapesquisa.com/educacaoesportes/arrumar_emprego.htm.   Assinale a alternativa incorreta.

  15. 45

    UNESP 2013

    A questão toma por base um fragmento da crônica Letra de canção e poesia, de Antonio Cicero.     Como escrevo poemas e letras de canções, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canções são poemas. A expressão “letra de canção” já indica de que modo essa questão deve ser entendida, pois a palavra “letra” remete à escrita. O que se quer saber é se a letra, separada da canção, constitui um poema escrito.   “Letra de canção é poema?” Essa formulação é inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que não se pode determinar a priori quais são as formas lícitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na página e diz que é um poema, quem provará o contrário?   Neste ponto, parece-me inevitável introduzir um juízo de valor. A verdadeira questão parece ser se uma letra de canção é um bom poema. Entretanto, mesmo esta última pergunta ainda não é suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de canção é necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de canção é possivelmente um bom poema.   Quanto à primeira pergunta, é evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema é necessariamente um bom poema; nenhum texto é necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra é necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar é se uma boa letra é necessariamente um bom poema. Ora, também a essa pergunta a resposta é negativa. Quem já não teve a experiência, em relação a uma letra de canção, de se emocionar com ela ao escutá-la cantada e depois considerá-la insípida, ao lê-la no papel, sem acompanhamento musical? Não é difícil entender a razão disso.   Um poema é um objeto autotélico, isto é, ele tem o seu fim em si próprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a considerá-lo independentemente do fato de que, além de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando é lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural.   Já uma letra de canção é heterotélica, isto é, ela não tem o seu fim em si própria. Para que a julguemos boa, é necessário e suficiente que ela contribua para que a obra lítero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de can- ção servir para fazer uma boa canção, ela é boa, ainda que seja ilegível. E a letra pode ser ilegível porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da música à qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.)     Nenhum poema é necessariamente um bom poema; nenhum texto é necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra é necessariamente um bom poema.   O advérbio necessariamente, nas três ocorrências verificadas na passagem mencionada, equivale, pelo sentido, a:

  16. 46

    UFAM 2009

    Assinale a opção em que há erro na conversão da voz passiva analítica na voz passiva sintética:

  17. 47

    UEL 2006

    A questão referem-se ao Canto V de Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões (1524/5?-1580).   XXXVII Porém já cinco sóis eram passados Que dali nos partíramos, cortando Os mares nunca de outrem navegados, Prosperamente os ventos assoprando, Quando ua noite, estando descuidados Na cortadora proa vigiando, Ua nuvem, que os ares escurece, Sobre nossas cabeças aparece.   XXXVIII Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo. Bramindo, o negro mar de longe brada, Como se desse em vão nalgum rochedo - “Ó Potestade – disse – sublimada, Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?” CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. 4ª. ed. Porto: Editorial Domingos Barreira, s.d. p. 332.   Com base no segundo verso da estrofe XXXVIII, considere as afirmativas a seguir. I. O “que” substitui “nuvem”, termo presente no penúltimo verso da estrofe anterior. II. O “que” é um conectivo com valor de consequência das situações apresentadas no verso anterior. III. A expressão “um grande medo” é complemento da forma verbal “pôs”. IV. O agente da forma verbal “pôs” é “nuvem”, termo omitido neste verso.   Podemos inferir o que é estabelecido pelas alternativas

  18. 48

    UFAM 2010

    Leia a crônica “Um Pé de Milho”, de Rubem Braga: “Os americanos, através do radar, entraram em contato com a lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. Sou um ignorante, um pobre homem de cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em outra madrugada parecia um galo cantando. Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos”.   Assinale a opção errada quanto ao emprego dos verbos:

  19. 49

    UPF 2012

    Reforma na corrupção Como previsto, já arrefece o mais recente debate sobre corrupção. Ainda se discute, sem muito entusiasmo, a absolvição de uma deputada que foi filmada recebendo um dinheirinho suspeito, mas isso aconteceu antes de ela ser deputada, de maneira que não vale. Além da forte tendência de os parlamentares não punirem os seus pares, havia o risco do precedente. Não somente o voto é indecentemente secreto nesses casos, como o precedente poderia expor os pescoços de vários outros deputados. O que o deputado faz enquanto não é deputado não tem importância, mesmo que ele seja tesoureiro dos ladrões de Ali Babá. Aliás, me antecipando um pouco ao que pretendo propor, me veio logo uma ideia prática para acertar de vez esse negócio de deputado cometendo crimes durante o exercício do mandato. Às vezes – e lembro que errar é humano – o sujeito comete esses crimezinhos distraído. Esquece, em perfeita boa-fé, que exerce um mandato parlamentar e aí perpetra a falcatrua. Fica muito chato para ele, se ele for flagrado, e seus atos podem sempre vir à tona, expostos pela imprensa impatriótica. Não é justo submeter o deputado a essa tensão permanente, afinal de contas, ele é gente como nós. Minha ideia, como, modéstia à parte, costumam ser as grandes ideias, é muito simples: os deputados usariam uniforme. Não daria muito trabalho contratar (com dispensa de licitação, dada a urgência do projeto), um estúdio de alta-costura francês ou italiano, ou ambos, para desenhar esse uniforme. Imagino que seriam mais de um: o de trabalho, usado só excepcionalmente, o de gala, o de visitar eleitores e assim por diante. Enquanto estiver de uniforme, o deputado é responsabilizado pelos seus atos ilícitos ou indecorosos. Mas, se estiver à paisana, não se encontra no exercício do mandato e, portanto, pode fazer o que quiser. (...) Mas isso é um mero detalhe, uma providência que melhor seria avaliada no conjunto de uma reforma séria, que levasse em conta nossas características culturais e nossas tradições. (...) O que cola mesmo aqui são os ensinamentos de líderes como o ex-presidente (gozado, o "ex" enganchou aqui no teclado, quase não sai), que, em várias ocasiões, torceu o nariz para denúncias de corrupção e disse que aqui era assim mesmo, sempre tinha sido feito assim e não ia mudar a troco de nada. E assumia posturas coerentes com esse ponto de vista. (...) Contudo, quando se descobre mais um caso de corrupção, a vida republicana fica bagunçada, as coisas não andam, perdese trabalho em investigações, gasta-se tempo prendendo e soltando gente e a imprensa, que só serve para atrapalhar, fica cobrando explicações, embora já saibamos que explicações serão: primeiro desmentidos e em seguida promessas de pronta e cabal investigação, com a consequente punição dos culpados. Não acontece nada e perdura essa situação monótona, que às vezes paralisa o País. A realidade se exibe diante de nós e não a vemos. Em lugar de querer suprimir nossas práticas seculares, que hoje tanto prosperam, por que não aproveitá-las em nosso favor? (..) O brasileiro preocupado com o assunto já pode sonhar com uma corrupção moderna, dinâmica e geradora de empregos e renda. E não pensem que esqueci as famosas classes menos favorecidas, como se dizia antigamente. O mínimo que antevejo é o programa Fraude Fácil, em que qualquer um poderá habilitar-se ao exercício da boa corrupção, em seu campo de ação favorito. Acho que dá certo, é só testar. E ficar de olho, para não deixar que algum corrupto corrupto passe a mão no fundo todo, assim também não vale. João Ubaldo Ribeiro, O Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.estadao.com.br. Acesso em: 04 Set. 2011.   A única alternativa em que o elemento sublinhado não corresponde ao complemento verbal, no contexto em que aparece, é:

  20. 50

    UFRGS 2014

    O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, os homens eram desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que fora posta na natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, “lei privada”, uma prerrogativa especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribuía privilégios, pois havia sido ungido como o agente de Deus na terra.   Durante todo o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses pressupostos, e os panfletistas profissionais conseguiram empanar a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do quadro mental do Antigo Regime demandou violência iconoclasta, destruidora do mundo, revolucionária.   Seria ótimo se pudéssemos associar a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha não se limitaram a destruir um símbolo do despotismo real. Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabeça e desfilaram-na por Paris na ponta de uma lança.   Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o mundo se afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e pronta para ser redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis mundos novos tornaram-nos céticos quanto ao planejamento social. Retrospectivamente, a Revolução pode parecer um prelúdio ao totalitarismo.   Pode ser. Mas um excesso de visão histórica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789. Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram um conjunto de pessoas não excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas se desintegraram, eles reagiram a uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princípios. Esses princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. Afinal, em que estava empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade. Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.     Assinale a alternativa que contém a correta passagem de um segmento que ocorre em voz passiva no texto para a voz ativa.

  21. 51

    UFAM 2009

    Assinale a opção em que o objeto direto vem preposicionado para assegurar a clareza da frase, isto é, para evitar que seja tomado como sujeito:

  22. 52

    UNIFESP 2015

    Cumpridos dez anos de prisão por um crime que não pratiquei e do qual, entanto, nunca me defendi, morto para a vida e para os sonhos: nada podendo já esperar e coisa alguma desejando – eu venho fazer enfim a minha confissão: isto é, demonstrar a minha inocência.   Talvez não me acreditem. Decerto que não me acreditam. Mas pouco importa. O meu interesse hoje em gritar que não assassinei Ricardo de Loureiro é nulo. Não tenho família; não preciso que me reabilitem. Mesmo quem esteve dez anos preso, nunca se reabilita. A verdade simples é esta.   E àqueles que, lendo o que fica exposto, me perguntarem: “Mas por que não fez a sua confissão quando era tempo? Por que não demonstrou a sua inocência ao tribunal?”, a esses responderei: – A minha defesa era impossível. Ninguém me acreditaria. E fora inútil fazer-me passar por um embusteiro ou por um doido… Demais, devo confessar, após os acontecimentos em que me vira envolvido nessa época, ficara tão despedaçado que a prisão se me afigurava uma coisa sorridente. Era o esquecimento, a tranquilidade, o sono. Era um fim como qualquer outro – um termo para a minha vida devastada. Toda a minha ânsia foi pois de ver o processo terminado e começar cumprindo a minha sentença.   De resto, o meu processo foi rápido. Oh! o caso parecia bem claro… Eu nem negava nem confessava. Mas quem cala consente… E todas as simpatias estavam do meu lado.   O crime era, como devem ter dito os jornais do tempo, um “crime passional”. Cherchez la femme*. Depois, a vítima um poeta – um artista. A mulher romantizara-se desaparecendo. Eu era um herói, no fim de contas. E um herói com seus laivos de mistério, o que mais me aureolava. Por tudo isso, independentemente do belo discurso de defesa, o júri concedeu-me circunstâncias atenuantes. E a minha pena foi curta.   Ah! foi bem curta – sobretudo para mim… Esses dez anos esvoaram-se-me como dez meses. É que, em realidade, as horas não podem mais ter ação sobre aqueles que viveram um instante que focou toda a sua vida. Atingido o sofrimento máximo, nada já nos faz sofrer. Vibradas as sensações máximas, nada já nos fará oscilar. Simplesmente, este momento culminante raras são as criaturas que o vivem. As que o viveram ou são, como eu, osmortos-vivos, ou – apenas – os desencantados que, muita vez, acabam no suicídio. *Cherchez la femme: Procurem a mulher. (Mário de Sá-Carneiro. A confissão de Lúcio, 2011.)     Quando se quer chamar atenção para o Objeto Direto que precede o verbo, costuma-se repeti-lo. É o que se chama Objeto Direto Pleonástico, em cuja constituição entra sempre um pronome pessoal átono. (Celso Cunha e Lindley Cintra. Nova gramática do português contemporâneo, 2000.)   Verifica-se a ocorrência de objeto direto pleonástico em:

  23. 53

    PUC-CAMPINAS 2015

    [Sem data]   Meu caro Drummond   Antes de mais nada: você é muito inteligente, puxa! A sua carta é simplesmente linda. E tem uma coisa que não sei se você notou. A primeira vinha um pouco de fraque. A segunda era natural que viesse de paletó-saco. Mas fez mais. Veio fumando, de chapéu na cabeça, bateu-me familiarmente nas costas e disse: Te incomodo? Eu tenho uma vaidade: a deste dom de envelhecer depressa as camaradagens. Pois, camarada velho, sente-se aí e vamos conversar. Olhe, você não repare se vou escrever sintético. É que de verdade mesmo não posso me estender nas minhas cartas. Não tenho tempo pra nada, de tal forma estou ocupado. [...]   ...e ainda não falei nos seus versos... Gostei. Gostei francamente, embora a sua prosa por enquanto seja mais segura que seus versos. [...]   Como pratico com o Manuel Bandeira e o Luís Aranha, e eles comigo, mando-te os teus versos com algumas sugestões. Mas quero que eles voltem pra mim. Preciso deles em minha casa enquanto não se publicam.   E até logo. Lembranças aos amigos.   Um abraço do coração.   Mário de Andrade.   Obs.: paletó-saco = paletó mais informal. (ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade, anotadas pelo destinatário. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982. p. 11, 16 e 17)     É correto afirmar:

  24. 54

    UPE 2011

    A morte do livro A morte do livro como veículo da literatura já foi profetizada várias vezes na chamada Época Moderna. E não por inimigos da literatura, mas pelos próprios escritores. Até onde me lembro, o primeiro a fazer essa profecia foi nada menos que o poeta Guillaume Apollinaire, no começo do século XX. Entusiasmado com a invenção do gramofone (ou vitrola), acreditou que os poetas em breve deixariam de imprimir poemas em livros para gravá-los em discos, com a vantagem – segundo ele, indiscutível! – de o antigo leitor, tornado ouvinte, ouvi-los na voz do próprio poeta. A profecia estava equivocada, mas o erro do poeta é compreensível, já que, com o gramofone, os poetas modernos estariam mais próximos dos antigos aedos (Na Grécia Antiga, assim se chamava o cantor que apresentava suas composições religiosas ou épicas, acompanhando-se ao som da cítara.) De qualquer modo, Apollinaire, que foi um bom poeta, revelara-se um mau profeta, já que os poetas continuaram a se valer do livro para difundir seus poemas, enquanto o disco veio servir mesmo foi aos cantores e compositores de canções populares, que são de fato os aedos modernos. E a tal ponto que houve quem afirmasse a substituição do poema pela canção popular: a poesia teria, assim, por morte do poema, se transferido do livro para o disco. Mas ainda desta vez os propagadores de maus presságios pisaram na bola, uma vez que, décadas depois dessa profecia, os livros de poemas continuaram a ser editados, com a ajuda, hoje – vejam vocês! – da revolucionária tecnologia da informática. (Mas já há quem garanta que o livro – e não só o de literatura – vai morrer agora, substituído pelo computador. Mal sabe essa gente que há 40 anos inventei o livro-poema, que o computador não pode substituir.) (...) Não concordo com essas previsões da morte do livro e da literatura quando mais não seja porque me parecem simplificadoras da questão. Se é verdade que, só em estado de delírio, alguém afirmaria que mais gente lê livros do que vê televisão, também se equivocaria quem visse nessa diferença de interesses um indício de que em breve ninguém mais lerá livros. (Ferreira Gullar. Folha de São Paulo. Março de 2006. Adaptado.)     Com base no material linguístico com que o Texto em análise está construído, analise as seguintes considerações:   I. No texto, lê-se que: “os poetas em breve deixariam de imprimir poemas em livros para gravá-los em discos, com a vantagem – segundo ele, indiscutível! – de o antigo leitor, tornado ouvinte, ouvi-los na voz do próprio poeta.” Com o segmento sublinhado, o autor prefere atribuir a outro a responsabilidade da avaliação feita. II. Em: “De qualquer modo, Apollinaire, que foi um bom poeta, revelara-se um mau profeta”, o segmento sublinhado funciona como uma explicação e não, como uma restrição. Por isso, é adequado o uso das vírgulas. III. Em: “Até onde me lembro, o primeiro a fazer essa profecia foi nada menos que o poeta Guillaume Apollinaire”, o trecho em destaque funciona como uma ressalva do autor frente ao que é afirmado a seguir. IV. Em: “houve quem afirmasse a substituição do poema pela canção popular”, o verbo sublinhado ficaria no plural, caso o sujeito não fosse o pronome ‘quem’, mas um substantivo comum flexionado no plural. V. Em: “os propagadores de maus presságios pisaram na bola”, o segmento em destaque – uma espécie de metáfora – remete para contextos informais de uso da língua.   Estão CORRETAS as afirmações que constam apenas nos itens

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