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Quer colocar o estudo em prática? O Stoodi tem exercícios de Variações Linguísticas dos maiores vestibulares do Brasil.

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  1. 61

    FGV-SP 2010

    Leia os versos do poeta Manoel de Barros. Ele só andava por lugares pobres E era ainda mais pobre Do que os lugares pobres por onde andava. [...] O homem usava um dólmã de lã sujo de areia e cuspe de aves. Mas ele nem tô aí para os estercos. Era desorgulhoso. Para ele a pureza do cisco dava alarme. E só pelo olfato esse homem descobria as cores do amanhecer. Quanto ao processo de formação de palavras, nos versos há um neologismo, criado por meio de prefixo e de sufixo, e uma palavra formada por parassíntese. Trata-se, respectivamente, de  

  2. 62

    ENEM 2002

    Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que palavras como shopping center, delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas.   Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque,que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber: …… • Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços públicos do território nacional; • Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como “Me vê um chopps e dois pastel”; …… • Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “borraxaria” e nenhum dono de banca de jornal anunciará “Vende-se cigarros”; …… • Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como “casar-me-ei” ou “ver-se-ão”. PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8/04/2001. No texto acima, o autor

  3. 63

    ITA 2016

    Texto 1   Vou confessar um pecado: às vezes, faço maldades. Mas não faço por mal. Faço o que faziam os mestres zen com seus "koans". "Koans" eram rasteiras que os mestres passavam no pensamento dos discípulos. Eles sabiam que só se aprende o novo quando as certezas velhas caem. E acontece que eu gosto de passar rasteiras em certezas de jovens e de velhos...   Pois o que eu faço é o seguinte. Lá estão os jovens nos semáforos, de cabeças raspadas e caras pintadas, na maior alegria, celebrando o fato de haverem passado no vestibular. Estão pedindo dinheiro para a festa! Eu paro o carro, abro a janela e na maior seriedade digo: "Não vou dar dinheiro. Mas vou dar um conselho. Sou professor emérito da Unicamp. O conselho é este: salvem-se enquanto é tempo!". Aí o sinal fica verde e eu continuo.   "Mas que desmancha-prazeres você é!", vocês me dirão. É verdade. Desmancha-prazeres. Prazeres inocentes baseados no engano. Porque aquela alegria toda se deve precisamente a isto: eles estão enganados.   Estão alegres porque acreditam que a universidade é a chave do mundo. Acabaram de chegar ao último patamar. As celebrações têm o mesmo sentido que os eventos iniciáticos – nas culturas ditas primitivas, as provas a que têm de se submeter os jovens que passaram pela puberdade. Passadas as provas e os seus sofrimentos, os jovens deixaram de ser crianças. Agora são adultos, com todos os seus direitos e deveres. Podem assentar-se na roda dos homens. Assim como os nossos jovens agora podem dizer: "Deixei o cursinho. Estou na universidade".    Houve um tempo em que as celebrações eram justas. Isso foi há muito tempo, quando eu era jovem. Naqueles tempos, um diploma universitário era garantia de trabalho. Os pais se davam como prontos para morrer quando uma destas coisas acontecia: 1) a filha se casava. Isso garantia o seu sustento pelo resto da vida; 2) a filha tirava o diploma de normalista. Isso garantiria o seu sustento caso não casasse; 3) o filho entrava para o Banco do Brasil; 4) o filho tirava diploma.   O diploma era mais que garantia de emprego. Era um atestado de nobreza. Quem tirava diploma não precisava trabalhar com as mãos, como os mecânicos, pedreiros e carpinteiros, que tinham mãos rudes e sujas.   Para provar para todo mundo que não trabalhavam com as mãos, os diplomados tratavam de pôr no dedo um anel com pedra colorida. Havia pedras para todas as profissões: médicos, advogados, músicos, engenheiros. Até os bispos tinham suas pedras.   (Ah! Ia me esquecendo: os pais também se davam como prontos para morrer quando o filho entrava para o seminário para ser padre – aos 45 anos seria bispo – ou para o exército para ser oficial – aos 45 anos seria general.)   Essa ilusão continua a morar na cabeça dos pais e é introduzida na cabeça dos filhos desde pequenos. Profissão honrosa é profissão que tem diploma universitário. Profissão rendosa é a que tem diploma universitário. Cria-se, então, a fantasia de que as únicas opções de profissão são aquelas oferecidas pelas universidades.   Quando se pergunta a um jovem "O que é que você vai fazer?", o sentido dessa pergunta é "Quando você for preencher os formulários do vestibular, qual das opções oferecidas você vai escolher?". E as opções não oferecidas? Haverá alternativas de trabalho que não se encontram nos formulários de vestibular?   Como todos os pais querem que seus filhos entrem na universidade e (quase) todos os jovens querem entrar na universidade, configura-se um mercado imenso, mas imenso mesmo, de pessoas desejosas de diplomas e prontas a pagar o preço. Enquanto houver jovens que não passam nos vestibulares das universidades do Estado, haverá mercado para a criação de universidades particulares. É um bom negócio.   Alegria na entrada. Tristeza ao sair. Forma-se, então, a multidão de jovens com diploma na mão, mas que não conseguem arranjar emprego. Por uma razão aritmética: o número de diplomados é muitas vezes maior que o número de empregos.   Já sugeri que os jovens que entram na universidade deveriam aprender, junto com o curso "nobre" que frequentam, um ofício: marceneiro, mecânico, cozinheiro, jardineiro, técnico de computador, eletricista, encanador, descupinizador, motorista de trator... O rol de ofícios possíveis é imenso. Pena que, nas escolas, as crianças e os jovens não sejam informados sobre essas alternativas, por vezes mais felizes e mais rendosas.   Tive um amigo professor que foi guindado, contra a sua vontade, à posição de reitor de um grande colégio americano no interior de Minas. Ele odiava essa posição porque era obrigado a fazer discursos. E ele tremia de medo de fazer discursos. Um dia ele desapareceu sem explicações. Voltou com a família para o seu país, os Estados Unidos. Tempos depois, encontrei um amigo comum e perguntei: "Como vai o Fulano?". Respondeu-me: "Felicíssimo. É motorista de um caminhão gigantesco que cruza o país!". (Rubem Alves. Diploma não é solução, Folha de S. Paulo, 25/05/2004.)   Assinale a opção que apresenta características de coloquialidade.

  4. 64

    MACKENZIE 2015

    Texto I Marketing viral ou publicidade viral são técnicas de marketing que tentam explorar redes sociais pré-existentes para produzir maior divulgação de uma marca. São processos parecidos com o de uma epidemia, uma doença. Inicialmente, marketing viral era a prática de vários serviços livres de e-mail de adicionar publicidade às mensagens que saem de seus usuários para alcançar um usuário suscetível, que será infectado e reenviará o e-mail a outras pessoas suscetíveis, infectando-as também. Atualmente, o conceito de marketing viral não está associado a uma ameaça para o computador, e o termo “viral” está relacionado com a velocidade de propagação da informação. Adaptado de www.significados.com.br     Sobre o Texto I, assinale a alternativa correta.

  5. 65

    ACAFE 2014

    A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que o uso seja uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua.   Levando isso em consideração, correlacione as colunas a seguir. (1) variação social (2) variação regional (3) variação de contato com a língua italiana (4) registro formal (5) registro informal   ( ) Eu queria ver ele, porque ele queria me ver. Então o que me marcou, na minha vida aí, foi isso aí. Esse aí marcou muito. ( ) Quanto me custa a musculaçon!? ( ) Dirijo-me a V. Sa. para solicitar auxílio-doença nos termos da lei. ( ) Vinha descendo a rua principal, de uma feita, com a cabeça cheia de “veneno” que se compra nos balcões de bolicho, em copitos de fundo grosso. Parecendo, pelo andar balanceado, que totalmente borracho (Silva Rillo). ( ) Ocê já viu uma prantação de tumati?   A sequência correta, de cima para baixo, é:

  6. 66

    UFPR 2008

    Assinale a alternativa que reescreve o texto abaixo de acordo com a norma culta, mantendo-lhe o sentido. Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar totalmente.

  7. 67

    ENEM 1998

    Aí, Galera   Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação” ? E, no entanto, por que não? - Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. -Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. - Como é? - Aí, galera. - Quais são as instruções do técnico? - Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação. - Ahn? - É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça. - Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? - Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas? - Pode. - Uma saudação para a minha progenitora. - Como é? - Alô, mamãe! - Estou vendo que você é um, um... - Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação? - Estereoquê? - Um chato? - Isso. Correio Braziliense, 13/05/1998.   O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, a fala que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto é:

  8. 68

    UTFPR 2016

    Trânsito – Táxis parados na Sete geram reclamação. Uma postagem feita na página da Prefeitura de Curitiba no facebook na noite de segunda-feira gerou bastante ______________ entre os internautas. Com quase mil curtidas até o fim da noite de ontem e dezenas de comentários, a postagem diz que taxistas ficam parados diariamente na Av. Sete de Setembro no fim da tarde afetando o fluxo do trânsito no local. O autor do post, aluno da UTFPR, escreveu que buzinas e xingamentos dos motoristas que passam pela via podem ser ouvidos facilmente dentro das salas de aula. Ontem pela manhã a prefeitura respondeu argumentando que o local é um dos que mais têm gerado notificações a taxistas. “A Urbs e a Setran têm intensificado a fiscalização dos táxis nesta área, notificando os motoristas parados em área não definida para táxi e que ficam sujeitos a multas por__________ ao regulamento do táxi e ao código de trânsito”, diz trecho. Comentários de outros usuários dizem que o ___________ acontece há meses e a qualquer hora do dia. Outros já haviam reclamado pelo 156. Jornal Metro, 16 de setembro de 2015, p. 03 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as palavras que preenchem as lacunas, grafadas de forma correta.

  9. 69

    ENEM PPL 2014

    E-mail no ambiente de trabalho   T. C., consultor e palestrante de assuntos ligados ao mercado de trabalho, alerta que a objetividade, a organização da mensagem, sua coerência e ortografia são pontos de atenção fundamentais para uma comunicação virtual eficaz.   E, para evitar que erros e falta de atenção resultem em saias justas e situações constrangedoras, confira cinco dicas para usar o e-mail com bom senso e organização:    1. Responda às mensagens imediatamente após recebê-las. 2. Programe sua assinatura automática em todas as respostas e encaminhamentos.  3. Ao final do dia, exclua as mensagens sem importância e arquive as demais em pastas previamente definidas.  4. Utilize o recurso de "confirmação de leitura" somente quando necessário. 5. Evite mensagens do tipo “corrente”. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).   O texto apresenta algumas sugestões para o leitor. Esse caráter instrucional é atribuído, principalmente, pelo emprego 

  10. 70

    ENEM - 3 APLICACAO 2016

    Parestesia não, formigamento Trinta e três regras que mudam a redação de bulas no Brasil Com o Projeto Bulas, de 2004, voltado para a tradução do jargão farmacêutico para a língua portuguesa – aquela falada em todo o Brasil – e a regulamentação do uso de medicamentos no país, cinco anos depois, o Brasil começou a sair das trevas. O grupo comandado por uma doutora em Linguística da UFRJ sugeriu à Anvisa mudar tudo. Elaborou, também, “A redação de bulas para o paciente: um guia com os princípios de redação clara, concisa e acessível para o leitor de bulas”, disponível em versão adaptada no site da Anvisa. Diferentemente do que acontece com outros gêneros, na bula não há espaço para inovações de estilo. “O uso de fórmulas repetitivas é bem-vindo, dá força institucional ao texto”, explica a doutora. “A bula não pode abrir possibilidades de interpretações ao seu leitor”. Se obedecidas, as 33 regras do guia são de serventia genérica – quem lida com qualquer tipo de escrita pode se beneficiar de seus ensinamentos. A regra 12, por exemplo, manda abolir a linguagem técnica, fonte de possível constrangimento para quem não a compreende, e recomenda: “Não irrite o leitor.” A regra 14 prega um tom cordial, educado e, sobretudo, conciso: “Não faça o leitor perder tempo”. Disponível em: revistapiaui.estadao.com.br. Acesso em: 24 jul. 2012 (adaptado). As bulas de remédio têm caráter instrucional e complementam as orientações medicas. No contexto de mudanças apresentado, a principal característica que marca sua nova linguagem é o(a)

  11. 71

    ENEM PPL 2009

    S.O.S. Português Por que os pronomes oblíquos têm esse nome e quais as regras para utilizá-los? As expressões “pronome oblíquo” e “pronome reto” são oriundas do latim (casus obliquus e casus rectus). Elas eram usadas para classificar as palavras de acordo com a função sintática. Quando estavam como sujeito, pertenciam ao caso reto. Se exerciam outra função (exceto a de vocativo), eram relacionadas ao caso oblíquo, pois um dos sentidos da palavra oblíquo é “não é direito ou reto”. Os pronomes pessoais da língua portuguesa seguem o mesmo padrão: os que desempenham a função de sujeito (eu, tu, ele, nós, vós e eles) são os pessoais do caso reto; e os que normalmente têm a função de complementos verbais (me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, os, a, as, lhe, lhes, se, si, consigo, nos, conosco, vos e convosco) são os do caso oblíquo. NOVA ESCOLA. Coluna “Na dúvida”, dez. 2008, p. 20. Na descrição dos pronomes, estão implícitas regras de utilização adequadas para situações que exigem linguagem formal. A estrutura que está de acordo com as regras apresentadas no texto é: 

  12. 72

    UFPR 2010

    Considere as seguintes formas verbais:   1. havia recebido 2. tinha recebido 3. estava recebendo 4. iria estar recebendo   Na frase “Todas as notícias daquele dia foram redigidas a partir dos documentos que a direção do jornal recebera do ministério público”, a forma verbal grifada pode ser substituída, mantendo-se a relação de sentido temporal e sem prejuízo à obediência à língua culta, por: 

  13. 73

    FUVEST 2011

    Já na segurança da calçada, e passando por um  trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa: — Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo? — Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa  eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente. R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil (adaptado).   No texto, a expressão que indica, de modo mais evidente, o distanciamento social do segundo interlocutor em relação às pessoas a que se refere é

  14. 74

    ENEM PPL 2012

    Devemos dar apoio emocional específico, trabalhando o sentimento de culpa que as mães têm de infectar o filho. O principal problema que vivenciamos é quanto ao aleitamento materno. Além do sentimento muito forte manifestado pelas gestantes de amamentar seus filhos, existem as cobranças da família, que exige explicações pela recusa em amamentar, sem falar nas companheiras na maternidade que estão amamentando. Esses conflitos constituem nosso maior desafio. Assim, criamos a técnica de mamadeirar. O que é isso? É substituir o seio materno por amor, oferecendo a mamadeira, e não o peito! PADOIN, S. M. M. et al. (Org.) Experiências interdisciplinares em Aids: interfaces de uma epidemia. Santa Maria: UFSM, 2006 (adaptado).   O texto é o relato de uma enfermeira no cuidado de gestantes e mães soropositivas. Nesse relato, em meio ao drama de mães que não devem amamentar seus recém-nascidos, observa-se um recurso da língua portuguesa, presente no uso da palavra “mamadeirar”, que consiste

  15. 75

    INSPER 2014

    TEXTO I Barreira da língua Cenário: um posto de saúde no interior do Maranhão. – Buenos dias, señor, o que siente? – pergunta o médico. – Tô com dor no bucho, comi uma tapioca reimosa, me deu um empachamento danado. Minha cabeça ficou pinicando, deu até um farnizim no juízo. – Butcho? Tapiôka? Empatchamiento? Pinicón? Farnew zeen??? O trecho acima é de uma piada que circula no Hospital das Clínicas de São Paulo sobre as dificuldades de comunicação que os médicos estrangeiros deverão enfrentar nos rincões do Brasil. (...) Claúdia Colucci, Folha de S. Paulo, 03 jul.2013.   TEXTO II No texto “Barreira da língua”, a jornalista Cláudia Collucci reproduz uma piada ouvida no Hospital das Clínicas, em São Paulo, para criticar a iniciativa do governo de abrir a possibilidade de que médicos estrangeiros venham a trabalhar no Brasil. Faltou dizer duas obviedades ululantes para qualquer brasileiro: 1) A maioria dos ilustres médicos que trabalham no Hospital das Clínicas teria tantas  dificuldades quanto um estrangeiro para entender uma frase recheada de regionalismos completamente desconhecidos nas rodas das classes média e alta por onde circulam; 2) A quase totalidade deles não tem o menor interesse em mudar para uma comunidade carente, seja no interior do Maranhão, seja num vilarejo amazônico, e lá exercer sua profissão. (...) José Cláuver de Aguiar Júnior, “Painel do leitor”, Folha de S. Paulo, 04 jul. /2013.   De acordo com o Texto II, os regionalismos usados na piada transcrita no Texto I

  16. 76

    UNIFESP 2016

    A questão a seguir focaliza uma passagem da comédia O juiz de paz da roça do escritor Martins Pena (1815-1848). JUIZ (assentando-se): Sr. Escrivão, leia o outro requerimento. ESCRIVÃO (lendo): Diz Francisco Antônio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua. “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V. Sa. mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher”. JUIZ: É verdade que o senhor tem o filho da égua preso? JOSÉ DA SILVA: É verdade; porém o filho me pertence, pois é meu, que é do cavalo. JUIZ: Terá a bondade de entregar o filho a seu dono, pois é aqui da mulher do senhor. JOSÉ DA SILVA: Mas, Sr. Juiz... JUIZ: Nem mais nem meios mais; entregue o filho, senão, cadeia. Martins Pena. Comédias (1833-1844), 2007. O emprego das aspas no interior da fala do escrivão indica que tal trecho

  17. 77

    MACKENZIE 2015

    Os bebês nascem com instintos que os ajudam a sintonizar rapidamente os ritmos da fala e a gramática. São muito sensíveis à direção do olhar de outra pessoa, que os ajuda a decifrar frases incompreensíveis, como “olha aquele cachorro engraçado”. Os bebês murmuram e balbuciam, ações que tornam as cordas vocais mais afinadas. Eles também viram a cabeça instintivamente por causa de um barulho e se extasiam com a voz da mãe ou do pai. O elo afetivo é muito importante para o seu desenvolvimento intuitivo e emocional. Embora a linguagem ainda não esteja conectada no seu cérebro, o bebê tem várias artimanhas genéticas que lhe permitem aprender desde o dia de seu nascimento. John McCrone   Assinale a alternativa que apresenta melhor paráfrase para o trecho abaixo, considerando a manutenção do sentido original e o uso da norma culta.   Os bebês murmuram e balbuciam, ações que tornam as cordas vocais mais afinadas. Eles também viram a cabeça instintivamente por causa de um barulho e se extasiam com a voz da mãe ou do pai.

  18. 78

    ENEM PPL 2013

    — Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o velho militar não tirava os olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria esperar um instante no jardim... MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento).   O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um diálogo entre dois personagens. A fala transcrita revela um falante que utiliza uma linguagem

  19. 79

    UNEMAT 2011

    As mariposa As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda, dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá [...] (BARBOSA, 2008).   Levando em conta o processo da variação linguística, assinale a alternativa correta. 

  20. 80

    FCMMG 2015

    SAÚDE SOFRE ESCASSEZ CRÔNICA DE RECURSOS   Dos pilares do ambicioso modelo de seguridade social criado pela Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde é o que enfrenta os maiores entraves orçamentários. Enquanto os gastos públicos brasileiros com Previdência, assistência social e amparo ao trabalhador são comparáveis, como proporção da economia, aos do Primeiro Mundo, a saúde padece de escassez crônica de verbas. Com base em dados de 2009, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou o gasto público em saúde em 3,8% do Produto Interno Bruto; com valores de 2011, um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) calculou muitos semelhantes 3.9% do PIB. Embora crescente nos últimos anos, o montante é inferior aos 4,8% da renda nacional gastos pelas famílias com planos privados, medicamentos e outros bens de serviços de saúde, nas contas do IBGE. É muito menos, ainda, que a média de 6,5% do PIB desembolsada pelos governos dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a maioria desenvolvidos. Segundo as regras constitucionais, estabelecidas em 2000, a União deve elevar suas despesas em saúde conforme o crescimento anual da economia do país. Estados e municípios devem destinar ao setor, respectivamente, 12% e 15% de suas receitas. (PATU, G.;NUBLAT, J. Folha de São Paulo. 29/03/2014. Caderno especial de Saúde, p.8. Texto adaptado.)     A substituição do vocábulo destacado altera o sentido do texto em:

  21. 81

    ENEM - 3 APLICACAO 2014

    Retrato do artista quando coisa   A menina apareceu grávida de um gavião. Veio falou para a mãe: o gavião me desmoçou. A mãe disse: Você vai parir uma árvore para a gente comer goiaba nela. E comeram goiaba. Naquele tempo de dantes não havia limites para ser. Se a gente encostava em ser ave ganhava o poder de alçar. Se a gente falasse a partir de um córrego a gente pegava murmúrios. Não havia comportamento de estar. Urubus conversavam sobre auroras. Pessoas viravam árvore. Pedras viravam rouxinóis.  Depois veio a ordem das coisas e as pedras têm que rolar seu destino de pedra para o resto dos tempos. Só as palavras não foram castigadas com  a ordem natural das coisas. As palavras continuam com seus deslimites. BARROS,  M. Retrato do Artista Quando Coisa Rio de Janeiro: Record, 1998.  No poema, observam-se os itens lexicais desmoçou e deslimites. O mecanismo linguístico que os originou corresponde ao processo de 

  22. 82

    ENEM 2011

    Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas do português de Portugal às normas do português brasileiro, mas também as chamadas normas cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVII se pode começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (Org). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado). O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para a

  23. 83

    IFPE 2016

    Brasi de cima e Brasi de baxo Meu compadre Zé Fulo, Meu amigo e companhêro, Faz quage um ano que eu tou Neste Rio de Janêro; Eu saí do Cariri Maginando que isto aqui Era uma terra de sorte, Mas fique sabendo tu Que a misera aqui no Su É esta mesma do Norte. Tudo o que procuro acho. Eu pude vê neste crima, Que tem o Brasi de Baxo E tem o Brasi de Cima. Brasi de baxo, coitado! É um pobre abandonado; O de Cima tem cartaz, Um do ôtro é bem deferente: Brasi de Cima é pra frente, Brasi de Baxo é pra trás. ASSARÉ, Patativa do. Melhores poemas. Seleção de Cláudio Portella. São Paulo: Global, 2006. p.329-332 (fragmento).. Ao observar a variedade linguística e o nível de linguagem utilizados no poema, é correto caracterizar o eu lírico como

  24. 84

    UFMS 2009

    Em cada item há uma palavra que NÃO pertence ao mesmo campo semântico das demais palavras. 1. dissertação – argumento – lógica – diálogo 2. prova – exame – teste – intervalo 3. diretor – cliente – chefe – supervisor 4. médico – enfermeiro – freguês – paciente 5. professor – aluno – escola – eleitor   São elas, em sequência:

  25. 85

    ENEM 2009

    Texto I O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátrio? ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado). Texto II Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996. Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que

  26. 86

    PUC-CAMPINAS 1995

    Leia com atenção:   Nos calamos, sim, mas antes eu e meu irmão queremos deixar claro que nunca vimos ele tão alterado com nós, quando aproximamos dele; ambos sentimos embaraçados, porque só queríamos saudar ele. A frase anterior está integralmente redigida segundo padrão culto escrito em:

  27. 87

    ITA 2013

    Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder. – Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí, Miguilim... E o senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito. – Olha, agora! Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo... O senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda apontava, falava, contava tudo como era, como tinha visto. Mãe esteve assim assustada; mas o senhor dizia que aquilo era do modo mesmo, só que Miguilim também carecia de usar óculos, dali por diante. O senhor bebia café com eles. Era o doutor José Lourenço, do Curvelo. Tudo podia. Coração de Miguilim batia descompassado, ele careceu de ir lá dentro, contar à Rosa, à Maria Pretinha, a Mãitina. A Chica veio correndo atrás, mexeu: – “Miguilim, você é piticego...” E ele respondeu: – “Donazinha...” Quando voltou, o doutor José Lourenço já tinha ido embora. (Guimarães Rosa. Manuelzão e Miguilim. “Campo Geral”)   Os diminutivos do segmento contribuem para criar uma linguagem

  28. 88

    UNEMAT 2015

    Só os óio Ao regressar de Mineiros, em Goiás, [...] perdemos a hora de atravessar o Rio dos Bois. Não houve rogos nem promessas que demovessem o balseiro de sua resolução. Eram mais de seis horas e não daria passagem. Tocamos rastro atrás cinco léguas e fomos pedir pouso em casa de um sertanejo pobre, casa de pau-a-pique [...]. Estávamos em julho e o frio era intenso. Ao pedir o pouso, o caipira me perguntou: - Vacê trôxe rede? - Não. - Curchuádo? - Também não. - E cuberta? - Também não trouxe. - Aãã... Intãoce vacê, de durmi, só troxe os óio? (PIRES, Cornélio. Patacoadas. Coleção Conversa caipira. Itu, Ottoni Editora, 2002) Com base no texto e considerando a diversidade da fala dos brasileiros, assinale a alternativa correta.

  29. 89

    UFLA 2014

    Belo Horizonte — A ditadura do corpo perfeito, pregada a ferro e fogo pela sociedade, tem se transformado em armadilha para aqueles que acreditam que a felicidade está em músculos grandes e em corpos magros e sem gordura. Em busca da beleza escultural, homens e mulheres ingerem e injetam substâncias aparentemente capazes de fazer milagres. Por um lado, deixam o corpo bonito, forte e, aparentemente saudável em pouco tempo. Em contrapartida, esses produtos cobram um preço alto: têm o efeito de um tsunami no organismo, causando doenças graves e, em alguns casos, até a morte. Preocupados com o cenário que já se tornou uma obsessão global, muitos especialistas dizem tentar convencer as pessoas sobre os riscos que elas correm. O esforço, segundo contam, tem sido em vão, principalmente entre os jovens que buscam essa fórmula da beleza a qualquer custo. Disponível em: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-esaude/2013/12/16/interna_ciencia_saude,403547/busca-pelo-corpo-ideal-prejudica-a-saude-e-pode-levar-a-morte.shtml Acesso em: 16/7/2014.   Leia as proposições: I – O trecho “pregada a ferro e fogo pela sociedade” representa uma crítica à ditadura do corpo perfeito. II – O uso dos termos “por um lado” e “em contrapartida” constitui um recurso argumentativo que evidencia dois pontos adversos da utilização de medicamentos para a melhoria da estética corporal. III – O sinal de dois-pontos destacado pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido, por “a fim de que”. IV – O uso do termo “segundo” constitui uma estratégia argumentativa que exime o autor de um compromisso relativo à veracidade da afirmação feita. Assinale a alternativa CORRETA:

  30. 90

    INSPER 2012

    Texto I sic - Em latim, significa assim. Expressão usada entre colchetes ou parênteses no meio ou no final de uma declaração entre aspas, ou na transcrição de um documento, para indicar que é assim mesmo, por estranho ou errado que possa ser ou parecer.   (http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_s.htm)   Texto II A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, recebeu um grupo de 50 manifestantes, que foram de ônibus a Brasília reclamar sobre a demora para receber os recursos do governo federal. (...) Em nota divulgada ontem no site do Ministério da Cultura, Ana de Hollanda disse que o ministério "reconhece, valoriza e tem claro [sic] a necessidade da continuidade" do trabalho dos Pontos de Cultura. A nota, no entanto, não aponta quando o problema deve ser resolvido.   (Folha de São Paulo, 23/02/2011)   Considerando-se as informações apresentadas nos textos, é correto afirmar que o motivo da inclusão do “sic”, no Texto II, é apontar uma falha de

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