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  1. 31

    FGV-SP 2011

    O físico britânico Stephen Hawking […] já não duvida que aliens existem. Planeta, julho de 2010. A construção "não duvida que aliens existem" exige, de acordo com a norma-padrão da língua, o uso de um modo verbal distinto do utilizado em "existem". O modo verbal adequado para essa construção e a forma devidamente flexionada são, respectivamente,

  2. 32

    FGV-SP 2004

    Observe o período seguinte: “É o que tem ocorrido com a nova ofensiva hegemônica que tenta atribuir ao baixo nível educacional da América Latina a origem de todos os males, da estagnação à péssima distribuição de renda.” Em relação a ele, a única afirmação INCORRETA é que:

  3. 33

    UPE 2016

    Texto 1 Ter mais e ter menos   Vários leitores me escreveram para acusar os "tempos modernos", em que "ter" é mais importante do que "ser". Hoje, o que temos nos define, à condição, claro, de ostentá-lo o suficiente para que os outros saibam: constatando nossos "bens", eles reconheceriam nosso valor social.   Essa seria a razão da cobiça de todos e, em última instância, da facilidade com a qual todos nos tornamos criminosos. A partir dessa constatação, alguns de meus correspondentes tentam explicar uma diferença entre ricos e pobres em matéria de crime. O argumento básico funciona mais ou menos assim: 1) para ser alguém, na nossa sociedade, é preciso ter e ostentar bens; 2) quem vale menos na consideração social (o desfavorecido, o excluído, o miserável) teria um anseio maior de conquistar aqueles bens que aumentariam seu valor aos olhos dos outros.   Em suma, precisamos ter para ser – e, se formos pouco relevantes ou invisíveis socialmente, só poderemos querer ter mais e com mais urgência. À primeira vista, faz sentido. Mas, antes de desenvolver o raciocínio, uma palavra em defesa da modernidade.   Tudo bem, uma sociedade em que as diferenças são decididas pelo "ter" (vale mais quem tem mais) pode parecer um pouco sórdida. Acharíamos mais digna uma sociedade na qual valeria mais quem "é" melhor, não quem acumulou mais riquezas.   O problema é que, em nosso passado recente, as sociedades organizadas pelo "ser" já existiram, e não foram exatamente sociedades para onde a gente voltaria alegremente – eu, ao menos, não gostaria de voltar para lá.   Geralmente, uma sociedade organizada pelo "ser" é uma sociedade imóvel. Por exemplo, no antigo regime, você podia nascer nobre, perder todos os bens de sua família, inclusive a honra, e continuaria nobre, porque você já era nobre. Inversamente, você podia nascer numa sarjeta urbana e enriquecer pelo seu trabalho ou pela sua sabedoria, e nem por isso você se tornaria nobre, porque você não o era. Ou seja, em matéria de mobilidade social, as sociedades nas quais o que importa é o "ser" são sociedades lentas, se não paradas, e as sociedades nas quais o que importa é o "ter" são sociedades nas quais a mudança é possível, se não encorajada.   É bom lembrar disso quando criticamos nossa "idolatria" consumista ou nossa vaidade. Podemos sonhar com uma sociedade organizada pelas qualidades supostamente intrínsecas a cada um (haveria os sábios, os generosos, os fortes etc.), mas a alternativa real a uma sociedade do "ter" são sociedades em que castas e dinastias exercem uma autoridade contra a qual o indivíduo não pode quase nada.   Voltemos agora à observação de que, numa sociedade do "ter" como a nossa, os que têm menos seriam, por assim dizer, famintos – e, portanto, propensos a querer a qualquer custo. Eles recorreriam ao crime porque sua dignidade social depende desse "ter" – para eles, ter (como navegar) é preciso.   Agora, o combustível de uma sociedade do "ter" é uma mistura de cobiça com vaidade. Por cobiça, preferimos os bens materiais a nossas eventuais virtudes, mas essa cobiça está a serviço da vaidade. A riqueza que acumulamos não vale "em si", ela vale para ser vista e reconhecida pelos outros: é a inveja deles que afirma nossa desejada "superioridade". Em outras palavras, os bens que desejamos são indiferentes; o que importa é o reconhecimento que esperamos receber graças a eles. Por consequência, nenhum bem pode nos satisfazer, e a insatisfação é parte integrante de nosso modelo cultural.   Não é que estejamos insatisfeitos porque nos falta alguma coisa (aí seria fácil, bastaria encontrá-la). Somos (e não estamos) insatisfeitos porque o reconhecimento dos outros é imaterial, difícil de ser medido e nunca suficiente. A procura por bens é infinita ou, no mínimo, indefinida, como é indefinida a procura pelo reconhecimento dos outros.   Os bens que conquistamos (roubando ou não, tanto faz) não estabelecem nenhum "ser", apenas alimentam, por um instante, um olhar que gratificaria nossa vaidade. Não existe uma acumulação a partir da qual nós nos sentiríamos ao menos parcialmente acalmados em nossa busca por esse reconhecimento. Ao contrário, é provável que a cobiça e a vaidade cresçam com o "ter". Ou seja, é bem possível que a tentação do crime seja maior para quem tem mais do que para quem tem menos.  Contardo Calligaris. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2015/05/1634384-ter-mais-e-termenos.shtml. Acesso em: 27/06/15. Adaptado.   Ao longo do Texto 1, o autor se vale de algumas estratégias linguísticas para revelar seus pontos de vista em relação ao tema de que trata. Acerca dessas estratégias, é CORRETO afirmar que

  4. 34

    UFU 2015

    “Os brasileiros somos assim". Este é, segundo João Candido Portinari, a mensagem da obra de seu pai, o pintor Candido Portinari, ao povo brasileiro. Segundo ele, o recado nunca chegou de fato ao destinatário planejado, já que 95% das obras do paulista estão em coleções privadas. PONTES, Trajano. Portinari ganha portal reformulado na internet. Folha de S. Paulo, São Paulo, fev. 2013. Disponível em: . Acesso em: 3 fev. 2015. (Fragmento).   Em “Os brasileiros somos assim”, a ocorrência de sujeito de terceira pessoa do plural e verbo na primeira pessoa do plural tem a finalidade de

  5. 35

    UPE 2012

    Considere o título de um texto jornalístico transcrito a seguir:   TRANSPORTES LIDERA GASTOS DO PAC   Sobre o emprego da forma verbal “lidera” no texto, assinale a afirmativa CORRETA.  

  6. 36

    UNESP 2015

    A questão a seguir toma por base uma modinha de Domingos Caldas Barbosa (1740-1800).   Protestos a Arminda    Conheço muitas pastoras Que beleza e graça têm, Mas é uma só que eu amo Só Arminda e mais ninguém.      Revolvam meu coração Procurem meu peito bem, Verão estar dentro dele Só Arminda e mais ninguém.      De tantas, quantas belezas Os meus ternos olhos veem, Nenhuma outra me agrada Só Arminda e mais ninguém.      Estes suspiros que eu solto Vão buscar meu doce bem, É causa dos meus suspiros Só Arminda e mais ninguém.   Os segredos de meu peito Guardá-los nele convém, Guardá-los aonde os veja Só Arminda e mais ninguém.      Não cuidem que a mim me importa Parecer às outras bem, Basta que de mim se agrade Só Arminda e mais ninguém.      Não me alegra, ou me desgosta Doutra o mimo, ou o desdém, Satisfaz-me e me contenta Só Arminda e mais ninguém.      Cantem os outros pastores Outras pastoras também, Que eu canto e cantarei sempre Só Arminda e mais ninguém. (Viola de Lereno, 1980.)     Levando em consideração o contexto da estrofe, assinale a alternativa em que a forma verbal surge no modo imperativo.

  7. 37

    UNIFESP 2013

    Há tantos diálogos (...) Escolhe teu diálogo e tua melhor palavra ou teu melhor silêncio Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos. (Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.) Nesses versos da última estrofe do poema, o sentido com que se emprega o imperativo afirmativo e a circunstância expressa pelas expressões “no silêncio” e “com o silêncio” são, respectivamente

  8. 38

    UNESPAR 2010

    AS PINTURAS DA ESFINGE   A escritora Clarice Lispector comprazia-se em cultivar uma aura de mistério. Definia-se em frases como "sou tão misteriosa que não me entendo" ou "eu não decifrei a Esfinge, mas ela também não me decifrou". Seus romances talvez contenham elementos autobiográficos, mas indiretos e crípticos. Clarice não gostava de literatura confessional. É no aspecto biográfico (mais do que na inexistente qualidade artística) que reside o interesse de um pequeno e pouco conhecido conjunto de dezesseis pinturas sobre madeira realizadas por Clarice, que será exposto ao público pela primeira vez neste mês, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro. Todos os quadros foram pintados em 1975 e ficaram guardados desde sua morte, em 1977, na Fundação Casa de Rui Barbosa. Testemunham um período especialmente difícil para a autora. Um ano antes, ela fora demitida do Jornal do Brasil, no qual escrevia crônicas semanais, e estava preocupada com sua situação financeira. Embora ainda não soubesse do câncer que a mataria dois anos depois, sua saúde já estava debilitada. Aos 54 anos, escritora consagrada, ela se dizia cansada da literatura e declarava que pretendia parar de escrever, talvez para sempre. Ao longo desse ano, pintou freneticamente. São obras abstratas, algumas sombrias, outras muito coloridas, todas com nomes trágicos: Medo, Explosão, Tentativa de Ser Alegre ou Caos da Metamorfose sem Sentido. Sobre Medo,escreveu que fora aconselhada a não olhar para o quadro, porque lhe fazia mal: "Eu conseguira pôr para fora de mim, quem sabe se magicamente, todo o medo-pânico de um ser no mundo". A pintora diletante supervalorizava sua produção – os borrões de Medo, afinal, só apavoram pela feiura. Mas um biógrafo da escritora acredita que os quadros tenham pistas para os traumas mais profundos e ocultos da autora de A Paixão Segundo G. H.   A relação de Clarice com a pintura é analisada em detalhes pelo americano Benjamin Moser em Why This World (Por que Esse Mundo?), biografia lançada em agosto nos Estados Unidos e na Inglaterra. Moser lembra que em dois romances – Água Viva, de 1973, e o póstumo Um Sopro de Vida – as personagens centrais são artistas plásticas, e há títulos de quadros que foram usados pela autora nas obras que pintou depois. Ele destaca que Clarice trabalhava seguindo com o pincel as nervuras da madeira. Assim, ao mesmo tempo em que cobria o quadro de tinta, ela ressaltava sua textura original. "É uma maneira de pintar oposta ao trompe-l’oeil, recurso que dá ao espectador a impressão de estar diante de um objeto que não existe. Ou seja, também nos quadros de Clarice existe a tensão entre real e inventado que marca sua produção literária", diz Moser.   Clarice já foi objeto de pelo menos três biografias no Brasil, mas Por que Esse Mundo?, que será lançada no país em novembro, traz algumas novidades interpretativas. Moser sustenta que a autora foi muito mais influenciada por sua origem judaica do que ela própria admitia. Os estudiosos brasileiros sempre acentuaram a marca do exílio na vida de Clarice, cuja família fugiu da Ucrânia para o Brasil, chegando aqui em 1922, pouco depois do nascimento da escritora. Mas o biógrafo americano acredita que ela nutria um misticismo ligado à tradição da cabala judaica, aspecto de sua formação cultural que ainda não teria sido suficientemente estudado no Brasil.   Na origem da família residiria, também, um detalhe trágico. Com evidências um tanto especulativas, Moser afirma que Mania, mãe de Clarice, foi estuprada por soldados russos, e que a paralisia progressiva que a levou à morte, em 1930, foi causada por uma sífilis contraída nessa violação. Essa afirmação ousada é baseada em duas circunstâncias. A primeira é histórica: nas perseguições a judeus na Ucrânia, os estupros eram comuns, e os casos de sífilis, muito frequentes. A segunda vem da ficção de Elisa Lispector, a irmã mais velha de Clarice. Moser fala de "uma estranha lacuna" em No Exílio, romance autobiográfico de Elisa. A autora revela que, em 1915, sua casa havia se transformado em refúgio de mulheres e crianças. No meio da noite, ouviram-se tiros, e sua mãe resolveu sair, sozinha, para ver o que estava acontecendo. "Ela decidiu salvar suas filhas e as outras pessoas que buscaram abrigo em nossa casa", escreveu Elisa, para depois contar que Mania voltou exausta e afundou-se, muda, numa cadeira. No livro Clarice, uma Vida que Se Conta, da pesquisadora da Universidade de São Paulo Nádia Gotlib, há uma nota de rodapé na qual a autora credita ao médico Henrique Rabin a hipótese da sífilis contraída num estupro. Ela diz, entretanto, que não há como confirmá-la.   É provável que nunca se saiba o que de fato aconteceu na Ucrânia, antes que a família partisse para o Brasil. A hipótese de que Mania tenha sido estuprada carrega consequências trágicas para Clarice: a futura escritora teria sido concebida justamente para livrar sua mãe da paralisia. Segundo crença difundida entre os ucranianos, a gravidez teria o poder de curar doenças nas mulheres. Se isso é verdade, o fracasso nessa missão marcaria Clarice pelo resto da vida. Numa crônica publicada em 1968 no Jornal do Brasil, ela comenta: "Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança. Mas eu, eu não me perdoo". BORTOLOTI, Marcelo. As pinturas da esfinge. Revista Veja, n. 2128, 02 set. 2009.   Assinale a alternativa presente no texto que contém um uso verbal semelhante ao do verbo em destaque no trecho a seguir, também retirado do texto:   “Sobre medo, escreveu que fora aconselhada a não olhar para o quadro...”

  9. 39

    FGV-SP 2010

    Uma ideia radical demais “Grátis pode significar muitas coisas, e esse significado tem mudado ao longo dos anos. Grátis levanta suspeitas, mas não há quase nada que chame tanto a atenção. Quase nunca é tão simples quanto parece, mas é a transação mais natural de todas. Se agora estamos construindo uma economia em torno do Grátis, deveríamos começar entendendo o que ele é e como funciona.” [...] Disponível em: portalexame.abril.uol.com.br. Acesso em: 2 jan. 2010. Na primeira frase do texto, o tempo composto "tem mudado" expressa uma ação  

  10. 40

    UFSC 2013

    Texto 1  Old Greenwich, 3 de agosto de 1946. Clarice, Uma praia com areia preta. Um jardim todo torto, a grama cheia de folhas secas. Na frente o mar, com um homem barbado dando braçadas. A mulher de touca branca olha para trás dentro d’água, ri do barbado que deve ser seu marido, apesar da barba. A barba fica molhada, colada ao peito, escorrendo água. Na cabeça ele tem uma touca de meia de mulher. Estamos em 1912. No jardim tem uma árvore, debaixo da árvore tem uma mesa de vime, em cima da mesa uma máquina, em frente à mesa uma cadeira de vime e em cima da cadeira eu. Me sinto feito de vime também.[...] Abraço com muita amizade. Fernando   Texto 2 Berna, 14 de agosto de 1946. Fernando, A descrição de Old Greenwich começou muito bem, eu lendo apenas; depois fui entrando em 1912, e entrei em transe – fiquei passeando pela praia com um maillot até os tornozelos e com meu lanche numa cestinha; e depois, na hora do pôr do sol, botei meu chapéu de abas largas até os olhos, meu vestido comprido de linho bordado e me sentei num banco junto de um homem de bigode e chapéu de palha. Que maravilha se a gente pudesse mesmo usar o pó do pirlimpimpim. “Nandinho”, que carta boa a sua. [...] Um abraço, Clarice SABINO, Fernando. Cartas perto do coração – Fernando Sabino, Clarice Lispector. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 42; 52. [Adaptado]   Considere as afirmativas abaixo, em relação aos textos 1 e 2. I. Na construção “ri do barbado que deve ser seu marido” (texto 1), o pronome “que” introduz uma oração relativa que modifica o termo “barbado”. II. A referência ao ano de 1912, em ambos os textos, é feita pelo uso do verbo no tempo presente, o que produz uma incoerência em relação ao ano de 1946, época em que viviam os autores no momento em que escreveram as cartas. III. As diferentes temporalidades, expressas em datas diferentes, sinalizam para dois contextos distintos: o contexto real em que viviam os autores das cartas e o contexto ficcional projetado pela imaginação. IV. Com a frase “Que maravilha se a gente pudesse mesmo usar o pó do pirlimpimpim.” (texto 2), a autora expressa sua opinião acerca da possibilidade de se transportar no espaço e no tempo.   Assinale a alternativa CORRETA

  11. 41

    UFPR 2009

    Plantando combustível   É comum ouvir em qualquer faculdade de administração histórias sobre como as empresas de rádio deveriam ter dominado a indústria nascente da televisão, ou como empresas de carruagem deveriam ter dominado o mercado de trens e dos ônibus e assim por diante. Todos esses perderam o bonde da história porque não entendiam direito qual era seu papel, qual era seu negócio. Ninguém estava no mercado de transmissão de programas de rádio, estava no negócio do entretenimento. As pessoas não pagavam você para terem os melhores e mais rápidos cavalos, as carruagens mais confortáveis, pagavam para serem transportadas de um lugar para outro com eficiência. De tanto martelar esse tipo de história, parece que a ficha caiu para as grandes empresas petrolíferas. Elas sabem que não estão no ramo do petróleo, e sim, de energia. E se for energia limpa, renovável, que não agrida o meio ambiente, melhor ainda. Diante disso, pode-se concluir que aconteceu o fenômeno inverso. O que poderia ser uma vantagem competitiva para algumas empresas, deixa de sê-lo quando ...   Veja como o dicionário Aurélio apresenta o termo agredir: Agredir. [Do lat. aggredere.] V. t. d. 1. Atacar, assaltar, acometer. 2. Provocar, injuriar, insultar: Embriagado, agredia, inconveniente, os passantes. 3. Bater em, surrar, espancar. [Irreg. Muda o e do radical em i nas formas rizotônicas do pres. do ind., agrido, agrides, agride, agridem, e, portanto, em todo o pres. do subj. e nas formas do imperativo que deste derivam.] Quanto ao uso do verbo agredir no texto, se aceitamos a descrição do dicionário como a única válida para a língua padrão, é correto afirmar:  

  12. 42

    UEL 2010

    VESTIBULAR   Vestibular, aquilo que o Ministério da Educação estuda agora extinguir, é um brasileirismo para algo que em Portugal costuma ser chamado de exame de acesso à universidade. Trata-se de um adjetivo que se substantivou, num processo semelhante ao que ocorreu com celular, qualificativo de telefone, que tenta – e na maioria das vezes consegue – expulsar a palavra principal de cena sob uma pertinente alegação de redundância, tomando para si o lugar de substantivo. Pois o exame vestibular, de tão consagrado no vocabulário de gerações e gerações de estudantes brasileiros que perderam o sono por causa dele, acabou conhecido como vestibular só. E qualquer associação remota com a palavra que está em sua origem – vestíbulo – se perdeu nesse processo.        Quando ainda era claramente um adjetivo, ficava mais fácil perceber a metáfora que, com certa dose de pernosticismo, levou a palavra vestibular a ser escolhida para qualificar o processo de seleção de candidatos ao ensino superior. Vestíbulo (do latim vestibulum) é, na origem, um termo de arquitetura que significa pórtico, alpendre ou pátio externo, mas que pode ser usado também, em sentido mais amplo, para designar um átrio, uma antessala, qualquer cômodo ou ambiente de passagem entre a porta de entrada e o corpo principal de uma casa, apartamento, palácio ou prédio público. Para quem prefere uma solução anglófona, estamos falando de hall ou lobby. Como é um ambiente de transição entre o lado de fora e o lado de dentro, vestíbulo ganhou ainda por extensão, em anatomia, o sentido de “cavidade que dá acesso a um órgão oco” (Houaiss). Antes de ser admitido no vocabulário da educação, “sistema vestibular” já tinha aplicação na linguagem médica como nome dos pequenos órgãos situados na entrada do ouvido interno, responsáveis por nosso equilíbrio.   Com relação aos recursos linguísticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir: I. Na sentença “E qualquer associação remota com a palavra que está em sua origem – vestíbulo – se perdeu nesse processo”, a conjunção “e”, que nesse caso tem valor adversativo, pode ser substituída pela conjunção “porém”. II. No trecho “que tenta – e na maioria das vezes consegue – expulsar a palavra principal de cena sob uma pertinente alegação de redundância” , a palavra “sob” pode ser substituída por “com base em”. III. No primeiro parágrafo, a sequência “na maioria das vezes consegue” pode, facultativamente, ser substituída por “na maioria das vezes conseguem”. IV. No trecho “Quando ainda era claramente um adjetivo, ficava mais fácil perceber a metáfora”, para introduzir uma situação hipotética, pode-se substituir a palavra “quando” por “se” e fazer as devidas alterações verbais.   Assinale a alternativa correta.

  13. 43

    FUVEST 2011

    Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna. O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar. — Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador? — Sim, eu também sangro... — Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali que é uma praga. — Homem, eu da cirurgia não entendo muito... — Pois já não disse que sabe também sangrar? — Sim... — Então já sabe até demais. No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta. Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o médico; ele fez tudo o que  sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos. Com isto ganhou imensa reputação, e começou a  ser estimado. Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado. Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias. Para expressar um fato que seria consequência certa de outro, pode-se usar o pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito, como ocorre na seguinte frase:

  14. 44

    UEMG 2015

    Em relação aos tempos verbais, analise os trechos a seguir, retirados da obra O velho que acordou menino, de Rubem Alves, bem como os comentários acerca deles.   Assinale a alternativa em que a relação estabelecida está ADEQUADA.

  15. 45

    UEMS 2008

    Sugestão   Antes que venham ventos e te levem do peito o amor — este tão belo amor, que deu grandeza e graça à tua vida —, faze dele, agora, enquanto é tempo, uma cidade eterna — e nela habita.   Uma cidade, sim. Edificada nas nuvens, não — no chão por onde vais, e alicerçada, fundo, nos teus dias, de jeito assim que dentro dela caiba o mundo inteiro: as árvores, as crianças, o mar e o sol, a noite e os passarinhos, e sobretudo caibas tu, inteiro: o que te suja, o que te transfigura, teus pecados mortais, tuas bravuras, tudo afinal o que te faz viver e mais o tudo que, vivendo, fazes.   (...) É tempo. Faze tua cidade eterna, e nela habita: antes que venham ventos, e te levem do peito o amor — este tão belo amor que dá grandeza e graça à tua vida.   MELLO, Thiago de. Vento Geral. Poesia 1951/1981. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984. Na última estrofe do poema, em paralelismo com a primeira, reforça-se a recomendação feita ao sujeito para que construa uma “cidade eterna”. Embora haja versos similares em ambas as estrofes, constata-se uma mudança no tempo verbal relacionado ao amor: de pretérito (deu) passa a presente (dá). Tal alteração sugere:

  16. 46

    UFRGS 2015

    À porta do Grande Hotel, pelas duas da tarde, Chagas e Silva postava-se de palito à boca, como se tivesse descido do restaurante lá de cima. Poderia parecer, pela estampa, que somente ali se comesse bem em Porto Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de conta do inefável personagem ligava-se mais à importância, à moldura que aquele portal lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, tinha franco acesso às poltronas do saguão em que se refestelavam os importantes. Andava dentro de um velho fraque, usava gravata, chapéu, bengala sob o braço, barba curta, polainas e uns olhinhos apertados na ........ bronzeada. O charuto apagado na boca, para durar bastante, era o toque final dessa composição de pardavasco vindo das Alagoas.    Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria com passos lentos, carregando um ar de indecifrável importância, tão ao jeito dos grandes de então. Os estudantes tomaram conta dele. Improvisaram comícios na praça, carregando-o nos braços e fazendo-o discursar. Dava discretas mordidas e consentia em que lhe pagassem o cafezinho. Mandava imprimir sonetos, que “trocava” por dinheiro.    Não era de meu propósito ocupar-me do “doutor” Chagas e, sim, de como se comia bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele como que me puxou pela manga e levou-me a visitar casas por onde sua imaginação de longe esvoaçava.   Porto Alegre, sortida por tradicionais armazéns de especialidades, dispunha da melhor matéria-prima para as casas de pasto. Essas casas punham ao alcance dos gourmets virtuosíssimos “secos e molhados” vindos de Portugal, da Itália, da França e da Alemanha. Daí um longo e ........ período de boa comida, para regalo dos homens de espírito e dos que eram mais estômago que outra coisa.    Na arte de comer bem, talvez a dificuldade fosse a da escolha. Para qualquer lado que o passante se virasse, encontraria salões ornamentados, ........ maiores ou menores, tabernas ou simples tascas. A Cidade divertia-se também pela barriga. Adaptado de: RUSCHEL, Nilo. Rua da Praia. Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111.     Considere as afirmações abaixo, a respeito dos tempos verbais utilizados no texto.    I - Os verbos era e dispunha estão conjugados no mesmo tempo e modo.   II - Todos os verbos do primeiro parágrafo estão conjugados no pretérito imperfeito do indicativo, porque fazem referência a rotinas e hábitos do passado.   III- Os verbos ocupar-me e divertia-se estão conjugados no modo subjuntivo.   Quais estão corretas?

  17. 47

    UPF 2014

    Vespertina tropical Então Deus, tendo acabado de criar o firmamento e os continentes, o homem e a mulher, a zebra, os elétrons, o umbu e a neblina, quis dar um último toque em Sua obra: num arroubo de lirismo, lá pelas 17h54 do sexto dia, pintou a aurora boreal. É, de fato, um troço estupendo: mais bonito que o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago. Era pra ser o corolário da criação, a maior atração da Terra, diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas, contentes por terem nascido neste planeta abençoado e multicolor, mas, infelizmente, como se sabe, a aurora boreal não pegou. Claro: é longe, é raro e é muito cedo, como esses espetáculos incríveis encenados domingo de manhã no Sesc Belenzinho. Imagina se a aurora boreal fosse nos trópicos, seis e meia da tarde? O sujeito tá num táxi na avenida Atlântica, olha pro lado, o céu todo verde e amarelo e laranja e roxo, saca o celular, faz um "selfie" [tava louco pra usar essa palavra], posta "#vespertinatropical!!!" e segue pra casa, satisfeito. Mas não, é pra lá da Groenlândia, 4h30 AM, ninguém sabe quando: aí, não adianta reclamar que o público é ignorante e prefere a caretice hollywoodiana de um arco-íris. Fosse só a aurora boreal, beleza, mas a natureza tá cheia de desarranjos semelhantes. Não surpreende: ela foi criada há milhões de anos, nunca passou por uma revisão e ainda é administrada pelo fundador. Se eu fosse Javé, chamava uma dessas consultorias especializadas em fazer a transição de empresas familiares para organizações, digamos, mais competitivas, e dava um choque de gestão. Nem precisa gastar muito, basta alocar melhor os recursos. Veja os cometas, por exemplo. Tudo espalhado por aí, nos visitam só a cada 70, cem anos, às vezes chegam de lado, outras vezes de dia, ninguém vê, baita desperdício de energia. Por que não otimizar essas órbitas? Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo na noite de Réveillon, proporcionando uma queima de fogos global à nossa sofrida humanidade? A gravidade é outro assunto que merece uma calibrada: tem que ser mesmo 9,8 m/s2? Por quê? Como Deus chegou a esse número? Gostaria que Ele abrisse as planilhas para entendermos se cada m/s2 é realmente necessário. Com metade dessa atração, nós continuaríamos colados ao chão e seria muito mais agradável se locomover por aí. O mínimo que o Senhor poderia fazer era dar uma amainada de dezembro a março: imagina que alívio encarar esse calorão com 25% menos esforço, durante a "Gravidade de Verão". Sem falar, óbvio, em 50% para grávidas, idosos e cadeirantes. Não tenho dúvida de que o Todo Poderoso resistirá a essas e outras reformas. Criar o Universo é o tipo da coisa que infla um pouco o ego do sujeito, mas seria bom se Ele se animasse a colocar o mundo nos eixos – literalmente: já repararam como a Terra gira toda torta, envergada como um frei Damião? Se meu pacote de sugestões não puder convencê-lo pelo bom senso, quem sabe ao menos uma parte cutuque a Sua vaidade? Ora, El Shaddai, a aurora boreal é um negócio tão lindo, tão grandioso, tão divino, não é justo que siga sendo exibida, ano após ano, apenas para os ursos-polares, as focas e a Björk, é ou não é? PRATA, Antonio. Vespertina Tropical. Folha de São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 21 mar. 2014.   Os tempos e os modos verbais contribuem para construir, no texto, determinados efeitos de sentido. Acerca desses efeitos, afirma-se: I. O futuro do pretérito é usado para dar ideia de probabilidade, como ocorre em “diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas”. II. O imperativo afirmativo contribui para construir o efeito de proximidade com o leitor, como ocorre em “Veja os cometas, por exemplo". III. O presente do subjuntivo é usado para dar ideia de possibilidade de ação, como ocorre em “Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo”. Estão corretas as afirmações apresentadas em:

  18. 48

    UFRGS 2014

    O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, os homens eram desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que fora posta na natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, “lei privada”, uma prerrogativa especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribuía privilégios, pois havia sido ungido como o agente de Deus na terra.   Durante todo o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses pressupostos, e os panfletistas profissionais conseguiram empanar a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do quadro mental do Antigo Regime demandou violência iconoclasta, destruidora do mundo, revolucionária.   Seria ótimo se pudéssemos associar a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha não se limitaram a destruir um símbolo do despotismo real. Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabeça e desfilaram-na por Paris na ponta de uma lança.   Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o mundo se afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e pronta para ser redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis mundos novos tornaram-nos céticos quanto ao planejamento social. Retrospectivamente, a Revolução pode parecer um prelúdio ao totalitarismo.   Pode ser. Mas um excesso de visão histórica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789. Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram um conjunto de pessoas não excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas se desintegraram, eles reagiram a uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princípios. Esses princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. Afinal, em que estava empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade. Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.     Considere as seguintes afirmações acerca do emprego de tempos verbais no texto.     I - O emprego do pretérito imperfeito ao longo do primeiro parágrafo, a partir de "(...) Antigo Regime, os homens eram desiguais...' , dá aos eventos narrados um caráter de continuidade, estabelecendo as características do Antigo Regime como um pano de fundo.   II - O emprego do pretérito perfeito no segundo parágrafo representa o passado de modo pontual.   III- O emprego do pretérito na forma subjuntiva que ocorre no terceiro parágrafo é exigido por sua relação com o futuro do pretérito do indicativo em Seria, na mesma linha.     Quais estão corretas?

  19. 49

    UFU 2015

    Assinale a alternativa cujo termo em negrito exprime um fato que NÃO pertence a um tempo determinado.

  20. 50

    INSPER 2015

    A genética fracassou? Escrever o manual de instruções de uma pessoa. Esse era o objetivo dos cientistas que começaram a mapear e sequenciar o genoma humano, em 1990. Um trabalho duro. A chave para desvendar nosso corpo estava em um código formado por milhares de genes, cada um deles com uma função definida - e completamente desconhecida. Com um mutirão de cientistas e computadores potentes, no entanto, o mundo achou que chegara a hora de entender tudo: ........... ficamos doentes, nascemos com cabelos lisos ou crespos, sentimos mais ou menos dor do que os amigos. Entender .......... uma pessoa funciona do jeito que funciona. Seria uma obra revolucionária para a saúde do homem. Saberíamos com antecedência que doenças nos afetariam no futuro. Desligando genes que causam disfunções e ligando aqueles responsáveis pelo conserto, seria mínimo o risco de sofrermos de males hereditários. Acreditando nisso, o mundo comemorou quando o mapeamento do genoma humano foi apresentado em 2000, quase completo. Em coisa de 10 anos, diziam os líderes do projeto, viveríamos melhor. E mais. Os 10 anos se passaram e o que foi prometido não aconteceu. (http://super.abril.com.br/ciencia/genetica-fracassou-598852.shtml)   Na passagem “... o mundo achou que chegara a hora de entender tudo”, o verbo em destaque pode ser corretamente substituído, sem alteração de sentido, por  

  21. 51

    UEAP 2013

    Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de autoestima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma: - Eu, hein?... nem morta! (pensador.uol.com.br/textos_de_luis_fernando_veríssimo) Tomando por base o texto I, analise as afirmativas e, a seguir, assinale a alternativa que contém a opção correta. I. O texto I mescla elementos característicos dos contos de fadas tradicionais com elementos da contemporaneidade. II. O conector no entanto, no excerto “Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe(...)”, pode ser substituído, sem que se faça alteração semântica, por consequentemente. III. Semanticamente, o que estabelece a condicionalidade, no quarto parágrafo, é o uso dos verbos no futuro do pretérito. 

  22. 52

    UPF 2014

    Vespertina tropical Então Deus, tendo acabado de criar o firmamento e os continentes, o homem e a mulher, a zebra, os elétrons, o umbu e a neblina, quis dar um último toque em Sua obra: num arroubo de lirismo, lá pelas 17h54 do sexto dia, pintou a aurora boreal. É, de fato, um troço estupendo: mais bonito que o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago. Era pra ser o corolário da criação, a maior atração da Terra, diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas, contentes por terem nascido neste planeta abençoado e multicolor, mas, infelizmente, como se sabe, a aurora boreal não pegou. Claro: é longe, é raro e é muito cedo, como esses espetáculos incríveis encenados domingo de manhã no Sesc Belenzinho. Imagina se a aurora boreal fosse nos trópicos, seis e meia da tarde? O sujeito tá num táxi na avenida Atlântica, olha pro lado, o céu todo verde e amarelo e laranja e roxo, saca o celular, faz um "selfie" [tava louco pra usar essa palavra], posta "#vespertinatropical!!!" e segue pra casa, satisfeito. Mas não, é pra lá da Groenlândia, 4h30 AM, ninguém sabe quando: aí, não adianta reclamar que o público é ignorante e prefere a caretice hollywoodiana de um arco-íris. Fosse só a aurora boreal, beleza, mas a natureza tá cheia de desarranjos semelhantes. Não surpreende: ela foi criada há milhões de anos, nunca passou por uma revisão e ainda é administrada pelo fundador. Se eu fosse Javé, chamava uma dessas consultorias especializadas em fazer a transição de empresas familiares para organizações, digamos, mais competitivas, e dava um choque de gestão. Nem precisa gastar muito, basta alocar melhor os recursos. Veja os cometas, por exemplo. Tudo espalhado por aí, nos visitam só a cada 70, cem anos, às vezes chegam de lado, outras vezes de dia, ninguém vê, baita desperdício de energia. Por que não otimizar essas órbitas? Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo na noite de Réveillon, proporcionando uma queima de fogos global à nossa sofrida humanidade? A gravidade é outro assunto que merece uma calibrada: tem que ser mesmo 9,8 m/s2? Por quê? Como Deus chegou a esse número? Gostaria que Ele abrisse as planilhas para entendermos se cada m/s2 é realmente necessário. Com metade dessa atração, nós continuaríamos colados ao chão e seria muito mais agradável se locomover por aí. O mínimo que o Senhor poderia fazer era dar uma amainada de dezembro a março: imagina que alívio encarar esse calorão com 25% menos esforço, durante a "Gravidade de Verão". Sem falar, óbvio, em 50% para grávidas, idosos e cadeirantes. Não tenho dúvida de que o Todo Poderoso resistirá a essas e outras reformas. Criar o Universo é o tipo da coisa que infla um pouco o ego do sujeito, mas seria bom se Ele se animasse a colocar o mundo nos eixos – literalmente: já repararam como a Terra gira toda torta, envergada como um frei Damião? Se meu pacote de sugestões não puder convencê-lo pelo bom senso, quem sabe ao menos uma parte cutuque a Sua vaidade? Ora, El Shaddai, a aurora boreal é um negócio tão lindo, tão grandioso, tão divino, não é justo que siga sendo exibida, ano após ano, apenas para os ursos-polares, as focas e a Björk, é ou não é? PRATA, Antonio. Vespertina Tropical. Folha de São Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 21 mar. 2014.     “O sujeito tá num táxi na avenida Atlântica, olha pro lado, o céu todo verde e amarelo e laranja e roxo, saca o celular, faz um "selfie" [tava louco pra usar essa palavra], posta "#vespertinatropical!!!" e segue pra casa, satisfeito”. Considerando o trecho destacado, extraído do texto, é correto afirmar que:

  23. 53

    UEL 2009

    – Eu vinha vindo para cá. Eu vinha vindo meio tonta, como sempre fico, assim meio tonta, quando durmo tanto. E nem durmo, é mais uma coisa que parece. Foi numa dessas barraquinhas de frutas que eu vi. Eu vinha de cabeça baixa, mas. Umas ameixas tão vermelhas. Eu vinha pensando numa porção de coisas quando. – Que coisas? – Que coisas o quê? – As que você vinha pensando. Ela acende outro cigarro. Do lado certo. – Sei lá, que eu ando. Muito triste, ou. Uma merda, tudo isso. Mas não importa, por favor. Não me interrompa agora. Tem uma coisa dentro de mim que continua dormindo quando eu acordo, muito longe. Faz tempo isso. – Traga fundo. E solta, quase sem respirar. – Foi então que eu vi aquelas ameixas e achei tão bonitas e tão vermelhas que pedi um quilo e era minha última grana certo e daí eu pensei assim se comprar essas ameixas agora vou ter que voltar a pé para casa mas que importa volto a pé mesmo pode ser até que acorde um pouco e então eu vinha comendo devagarinho as ameixas eu não conseguia parar de comer já tinha comigo umas seis quando dobrei a esquina aqui da rua ia saindo um caixão de defunto do sobrado amarelo acho que era um caixão cheio quer dizer com um defunto dentro porque ia saindo e não entrando certo e foi bem na hora que eu dobrei não deu tempo de parar nem de desviar daí então eu tropecei no caixão e as ameixas todas caíram na calçada e foi aí que eu reparei naquelas pessoas de preto óculos escuros e lenços no nariz e uma porrada de coroas de flores devia ser um defunto muito rico e aquele carro fúnebre parado e só aí eu entendi que era um velório. Quer dizer, um enterro. O velório é antes, certo?   – É – confirmo. – O velório é antes.     Considerando o emprego do pretérito perfeito e do pretérito imperfeito no trecho do conto, é correto afirmar. I. O pretérito perfeito é empregado na narração da experiência recém-vivida. II. Para assinalar os sentimentos da personagem feminina, o autor fez uso do pretérito perfeito. III. O predomínio do imperfeito sobre o perfeito no primeiro parágrafo se explica pela necessidade de iniciar a narração de uma experiência vivida. IV. No penúltimo parágrafo, o perfeito se sobrepõe numericamente ao imperfeito, denotando que a personagem feminina dá grande importância à narração dos eventos pelos quais passou.   Assinale a alternativa correta.  

  24. 54

    UEG 2003

    Descobertas relativas à genética têm revolucionado a produção de novos alimentos, remédios e produtos químicos e, ao mesmo tempo, gerado muita polêmica quanto aos efeitos dessa revolução. As cartas abaixo foram publicadas na Sessão de Cartas do Leitor, do Jornal do Brasil, em 23 de março de 2003, como resposta a um artigo do mesmo jornal JB, relativo à produção de soja transgênica. [...] A propósito do artigo “O MST e a soja transgênica”, de Luiz Orlando Carneiro (18/3): o grande problema em relação ao cultivo da dita soja é sobretudo de ordem econômica e da dependência tecnológica que ela acarreta. A soja transgênica não gera sementes replantáveis. Elas precisam ser compradas no produtor que detém a patente, no caso a Monsanto, canadense. Isso gera dependência na política de preço do produto no mercado internacional de transgênicos. Além disso, grande parte dos países não aceita comprar e consumir a soja transgência (e eles deverão lá ter as suas razões) e, o Brasil, adotando a plantação de transgênicos, perderá esse mercado bastante lucrativo e promissor. SOARES, Wilma. Rio de Janeiro. (RJ) No trecho, “O Brasil, adotando a plantação de transgênicos, perderá esse mercado bastante lucrativo e promissor”, o verbo adotando poderá ser substituído, sem prejuízo da relação lógica e do sentido da frase, por

  25. 55

    UEFS 2015

    Prática cotidiana da intimidação Não faz muito tempo, vi dois meninos sendo interpelados abruptamente pela polícia, não nas avenidas movimentadas que trazem e levam a população trabalhadora que mora nas periferias. Ao contrário, estava sentada numa praça situada num elegante bairro dos Jardins, e a cena, a despeito de ir se tornando corriqueira, causou enorme incômodo. Gritos, pequenos empurrões, o uso ostensivo de lanternas (em plena luz do dia) em busca de um suposto objeto atirado na grama, a obrigatoriedade de baixar os olhos… enfim, toda uma engenharia da humilhação foi montada e bem ao lado de gangorras e balanças. Para concluir o espetáculo, três viaturas da polícia apareceram, com suas sirenes a toda, e trataram de “liberar o local”. Diante dessas situações-limite é difícil reagir frente à precariedade da cidadania de certos grupos ou da segregação internalizada que nossos bairros mais centrais carregam, silenciosamente. É nesses momentos, quando a regra democrática é suspensa, que nos sentimos, de alguma maneira, inconfortáveis diante do que mais parece uma aberta demonstração de cumplicidade. Sim, pois por mais que o ritual fosse claramente violento, a saída de todos nós que ali estávamos foi de um profundo e constrangedor silêncio, inclusive desta que aqui escreve. A violência do outro dói, mas dói também o reconhecimento da impotência e da aceitação desse tipo de ato, que já se transformou em “natural”. O sentimento de culpa e de impotência nos assola e levaria a uma reação caso não fôssemos pessoas acostumadas, a longa data, a esse tipo de socialização. Construir sociedades plurais no lugar de defender a homogeneidade; valorizar os espaços públicos em vez de gradeá-los; ampliar espaços de encontro das diferenças, em vez de inibi-los, são motivações que fazem parte de uma agenda cidadã e republicana. Não se constrói cidadania entre muros, com a disseminação de políticas de medo e abrindo mão de responsabilidades públicas. Assumir o lugar de atores sociais é, de alguma maneira, opor-se a saídas teleológicas, que definem o futuro como um lugar sempre redentor. Os desafios estão no presente, o que implica propor alternativas, pressionar o Estado e agir coletivamente. SCHWARCZ, Lilia Katri Moritz. Prática cotidiana da intimidação. Disponível em: http://interessenacional.uol.com.br/index.php/edicoesrevista/a-culpa-e-sempre-dos-outros. Acesso em: 5 nov. 2014. A análise semântica do léxico que compõe o texto está correta em

  26. 56

    UEMS 2010

    Apelo   Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.   Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhor conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.       Reescrevendo a frase "Venha para casa, Senhora, por favor.", ao flexionar o verbo vir na 2ª pessoa do imperativo afirmativo, obtém-se a frase  

  27. 57

    UFAM 2010

    Leia a crônica “Um Pé de Milho”, de Rubem Braga: “Os americanos, através do radar, entraram em contato com a lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. Sou um ignorante, um pobre homem de cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal como o vi em uma noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em outra madrugada parecia um galo cantando. Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos”.   Assinale a opção errada quanto ao emprego dos verbos:

  28. 58

    UFSC 2014

    Pechada O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado. — Aí, Gaúcho! — Fala, Gaúcho! Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações? — Mas o Gaúcho fala “tu”! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato. — E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. Os dois são português. O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara. Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera. — O pai atravessou a sinaleira e pechou. — O quê? — O pai. Atravessou a sinaleira e pechou. A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo. — O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge. — Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou. — E o que é isso? — Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu. — Nós vinha... — Nós vínhamos. — Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto. A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito. “Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada. — Aí, Pechada! — Fala, Pechada! VERISSIMO, Luis Fernando. Disponível em: . Acesso em: 13 jun. 2014.   Considere os excertos A e B retirados do texto, e analise as afirmativas abaixo. A. “Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?” B. A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.   I. Em A, a pronúncia e a língua são sujeito de “variava” e de “era”, respectivamente. II. Em B, as formas verbais varreu e acontecera podem ser substituídas por “varrera” e “aconteceu”, sem alteração no significado temporal do excerto. III. Em B, os pronomes seu e o fazem referência a “professora” e “Jorge”, respectivamente. IV. Os verbos falassem (em A) e procurava (em B) estão conjugados no mesmo tempo verbal, porém em modos diferentes: subjuntivo e indicativo, respectivamente.   Assinale a alternativa CORRETA.

  29. 59

    UEMS 2006

    Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços em branco no período a seguir:   “Fiquei pensando nos inúmeros e __________ motivos, pessoais e sociais, ____ levam tantos meninos e meninas a _________ crimes nas nossas ruas e a destruir suas vidas.”

  30. 60

    UFPR 2012

    A sentença “Ele anda ouvindo música” pode ser interpretada de duas formas: a) ele ouve música enquanto caminha – neste caso, o verbo “andar” funciona como verbo pleno, significando “caminhar”; b) a atividade de ele ouvir música tem se repetido ultimamente – neste caso, o verbo “andar” se esvazia de seu sentido pleno e funciona como elemento gramatical, um auxiliar. Podemos identificar no português outros verbos que podem ter esses dois usos: um com seu sentido lexical pleno e outro funcionando como elemento gramatical. Tendo isso em vista, considere os conjuntos de sentenças abaixo: 1. Ele chegou na festa e bagunçou o tempo todo. Ele chegou a interferir no processo, mas foi neutralizado. 2. Ela está querendo comer camarão. Ela está querendo ficar doente. 3. O que ela fez com a faca que estava no chão? Ela pegou e guardou na gaveta. Como ele agiu quando se deparou com o grupo? Ah, ele pegou e foi batendo em todo mundo. 4. Todos trabalham pela causa. Eles trabalham vendendo computadores.   Em qualquer caso, independente do contexto, o verbo grifado pode ser interpretado com sentido lexical pleno em ambas as ocorrências: 

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