UNIMONTES 2011

“A voz mecânica de um rádio gritava: ‘capacetes de aço. Nossos soldados precisam de capacetes e agazalhos (sic). Faz frio nas trincheiras. (...) Doe ouro para o bem de São Paulo!’ (...) Assobiando, tomou o saquinho, botou o chapéu esfiampado (sic) no alto da cabellera (sic) intensa e, como um príncipe ou um banqueiro, olhando todos com superioridade, dirigiu-se para a Record. ‘Isso é tudo para o soldado paulista!’ Subiu as escadas da Record. Abrira, a custo, seu caminho entre o povo apinhado em frente da estação de rádio. Lá estava o guichet para receber donativos.”

(PICCHIA, Menotti del. In: MORAES, J. G. V. Metrópole em sinfonia. São Paulo: Estação Liberdade, 2000. p. 40.)

Na crônica “Não tenho nome”, de Menotti del Picchia, um pequeno e humilde engraxate atende ao chamado da Rádio Record, doando à causa em tela o pouco do dinheiro que conseguiu arrecadar durante um dia de trabalho. Esse movimento, de amplo apelo popular e que contou com forte apoio do rádio, utilizado pela primeira vez em grande escala, para o qual o engraxate doou recursos, foi

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