UEMA 2010

“Papai, para que serve a história?”. Esse fragmento de texto, descrito no livro Apologia da História, de Marc Bloch, leva-nos a refletir acerca da função social da história enquanto conhecimento, ciência, método, percepção e sensibilidade. Sob esse aspecto, pode-se afirmar:


I - A história enquanto reflexão sobre a origem dos homens e mulheres, suas indagações, inquietudes, existência, representa a passagem da hominização para a humanização, ou seja, quando os primeiros hominídeos começaram a construir, elaborar sentidos coletivos sociais, valores, noção de agregação social, identidade, códigos de cultura.
II - A história enquanto ciência, técnica, narrativa, discurso, método, se nutre da história enquanto vivência, sensibilidade, distinguindo-se uma da outra pelo hiato existente entre o ato de narrar o que se passou e o que aconteceu.
III - Existe uma extrema relação entre a história enquanto ciência e a memória social enquanto experiência, ainda que não seja a mesma coisa. Entretanto, a história enquanto ciência interfere na produção e reprodução da memória didatizando-a, organizando-a, selecionando o passado.
IV - Pela imposição cultural do mundo ocidental convencionou-se separar a história da pré-história em virtude do surgimento da escrita; atribuiu-se aos gregos o surgimento da história enquanto reflexão; utilizou-se desse ramo do conhecimento para legitimar superioridade cultural e racial de determinados povos; estabeleceu-se uma noção de progresso e evolução; analisou-se todas as sociedades por um viés racista, elitista e hierarquizante.
V - Num mundo de transformações sócio-políticas aceleradas, desenvolvimento tecnológico, das mudanças nas relações de trabalho, a capacidade de refletir sobre o que se passou diminui à medida que uma avalanche de novas informações são jogadas todos os dias dificultando a possibilidade de crítica social.


Sobre as enunciações acima, pode-se afirmar que

Escolha uma das alternativas.