UNB 2014

Em meados do século XIX, o alcaloide quinina era de importância vital para o domínio britânico na Índia, onde a malária debilitava e matava pessoal civil e militar. A quinina não curava a doença, mas aliviava-lhe os sintomas. Nessa época, a quinina era obtida da casca de uma planta arbórea, a cinchona, nativa do Peru. Em 1853, o britânico William Henry Perkin, então com 15 anos, ingressou no recém-fundado Colégio Real de Química e logo se tornou assistente do diretor, o cientista alemão August Hofmann. O desafio proposto para Perkin foi o de encontrar uma forma de sintetizar a quinina, mas, em seu lugar, ele acabou obtendo um precipitado de nafta, o negro-de-anilina, do qual derivou a anilina de cor azul ou malva. Esse primeiro corante artificial foi a substância dos sonhos ― o início da imensamente importante indústria de corantes com base no alcatrão de hulha. Químicos da Inglaterra, França, Alemanha e Suíça aperfeiçoaram os estudos de Perkin e criaram um arco-íris de cores artificiais. Essas cores, por sua vez, estimularam a procura por elegantes tecidos coloridos e livraram as mulheres dos países ricos da Europa dos seus tradicionais, econômicos e lúgubres vestidos pretos.

David Landes. A riqueza e a pobreza das nações – porque umas são tão ricas e outras são tão pobres.Rio de Janeiro: Campus, 1998, p. 323-4 (com adaptações).

 

 

A respeito da história da segunda metade do século XIX, assinale a opção correta.

Escolha uma das alternativas.