PUC-CAMPINAS 2016

Com base numa ideia central de Lucien Goldmann, o crítico e historiador Alfredo Bosi propõe, para a moderna ficção brasileira, enquadramentos como estes:

 

I. romances de tensão mínima: as personagens não se destacam visceralmente da estrutura social e da paisagem que as condicionam. Exemplos, as histórias populistas de Jorge Amado.

 

II. romances de tensão crítica: o herói opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e da exploração social. Exemplos, os romances de Graciliano Ramos.

 

III. romances de tensão transfigurada: o herói procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade: Exemplos, Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

(Apud História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1970)

 

Na literatura de Graciliano Ramos, a luta contra as pressões da natureza e da exploração social ocorre de modo exemplar em

 

I. Sagarana, em que a violência do meio e dos homens traz também consigo um voto de esperança na regeneração do espírito, tal como ocorre com os protagonistas.

II. Caetés, romance em que o autor, retomando a dicção do indianismo romântico, dispõe-se a narrar a saga de uma tribo oprimida.

III. Vidas secas, romance “em quadros”, como já foi classificado, no qual se relata o esforço de sobrevivência de Fabiano e de sua família.

 

Atende ao enunciado o que está APENAS em

Escolha uma das alternativas.