UNESP 2017

Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para responder à(s) questão(ões) a seguir.

 

Alma minha gentil, que te partiste

tão cedo desta vida descontente,

repousa lá no Céu eternamente,

e viva eu cá na terra sempre triste.

 

Se lá no assento etéreo, onde subiste,

memória desta vida se consente,

não te esqueças daquele amor ardente

que já nos olhos meus tão puro viste.

 

E se vires que pode merecer-te

alguma coisa a dor que me ficou

da mágoa, sem remédio, de perder-te,

 

roga a Deus, que teus anos encurtou,

que tão cedo de cá me leve a ver-te,

quão cedo de meus olhos te levou.

 

Sonetos, 2001.

 

No soneto, o eu lírico

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