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  1. 151

    UFAM 2010

    Senhora, de José de Alencar, desmente a ideia de que a sensualidade é prerrogativa dos romances contemporâneos, e que aos romances românticos cabia apenas amor platônico. Observe os fragmentos abaixo, todos retirados de ALENCAR, José. Senhora. 34 ed. São Paulo: Ática, 2003, e assinale a alternativa que não comprova a ideia apresentada acima:

  2. 152

    UEMS 2006

    Considere as seguintes afirmações a respeito da Literatura Brasileira:   I. A tradição medieval herdada do século XV dos portugueses imprimiu o gosto pela crônica histórica às primeiras manifestações literárias no Brasil. Esses textos revelam as aventuras geográficas dos portugueses e seus ideais de expansão da cristandade; os romances A moreninha e Cinco minutos são exemplos dessas manifestações entre nós.   II. Influenciado pelos ideais da Revolução Francesa, o romantismo preconizava a busca da beleza e o desejo de esquivar-se da realidade; a linguagem poética se submete a um tratamento de acentuado virtuosismo e a utilização de processos ligados à tradição clássica levam-no a total liberdade de expressão. III. Toda poesia é de algum modo simbólica porque a linguagem poética é alusiva por excelência. Como escola literária o Simbolismo se define pela defesa de que cada coisa é mera exteriorização simbólica de uma realidade oculta. O movimento simbolista apresenta traços românticos e parnasianos.   É(São) coerente(s) apenas:

  3. 153

    UFG 2013

    Minha desgraça Minha desgraça, não, não é ser poeta, Nem na terra de amor não ter um eco, E meu anjo de Deus, o meu planeta Tratar-me como trata-se um boneco... Não é andar de cotovelos rotos, Ter duro como pedra o travesseiro... Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro... Minha desgraça, ó cândida donzela, O que faz que o meu peito assim blasfema, É ter para escrever todo um poema, E não ter um vintém para uma vela. AZEVEDO, Álvares. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 245-246. No poema transcrito, a reflexão de caráter metalinguístico, expressa de forma satírica pelo eu lírico, desconstrói a

  4. 154

    FEI 2016

    Leia os primeiros parágrafos do livro Terra sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto: “Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte. A estrada que agora se abre a nossos olhos não se entrecruza com outra nenhuma. Está mais deitada que os séculos, suportando sozinha toda a distância. Pelas bermas apodrecem carros incendiados, restos de pilhagens. Na savana em volta, apenas os embondeiros contemplam o mundo a desflorir. Um velho e um miúdo vão seguindo pela estrada. Andam bambolentos como se caminhar fosse seu único serviço desde que nasceram. Vão para lá de nenhuma parte, dando o vindo por não ido, à espera do adiante. Fogem da guerra, dessa guerra que contaminara toda a sua terra. Vão na ilusão de, mais além, haver um refúgio tranquilo. Avançam descalços, suas vestes têm a mesma cor do caminho. O velho se chama Tuahir. É magro, parece ter perdido toda a substância. O jovem se chama Muidinga. Caminha à frente desde que saíra do campo de refugiados. Se nota nele um leve coxear, uma perna demorando mais que o passo. Vestígio da doença que, ainda há pouco, o arrastara quase até à morte. Quem o recolhera fora o velho Tuahir, quando todos outros o haviam abandonado. O menino estava já sem estado, os ranhos lhe saíam não do nariz mas de toda a cabeça. O velho teve que lhe ensinar todos os inícios: andar, falar, pensar. Muidinga se meninou outra vez. Esta segunda infância, porém, fora apressada pelos ditados da sobrevivência. Quando iniciaram a viagem já ele se acostumava de cantar, dando vaga a distraídas brincriações. No convívio com a solidão, porém, o canto acabou por migrar de si. Os dois caminheiros condiziam com a estrada, murchos e desesperançados” (COUTO, M. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 09).  A linguagem, a estrutura e o conteúdo sugerem que se trata de um fragmento de um romance

  5. 155

    ITA 2009

    Leia o poema abaixo, “O anel de vidro”, de Manuel Bandeira.   Aquele pequenino anel que tu me deste, Ai de mim – era vidro e logo se quebrou... Assim também o eterno amor que prometeste, Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.   Frágil penhor que foi do amor que me tiveste, Símbolo da afeição que o tempo aniquilou – Aquele pequenino anel que tu me deste, Ai de mim – era vidro e logo se quebrou...   Não me turbou, porém, o despeito que investe Gritando maldições contra aquilo que amou. De ti conservo na alma a saudade celeste... Como também guardei o pó que me ficou Daquele pequenino anel que tu me deste. Nesse texto,

  6. 156

    UEG 2003

    Sobre a poesia de Carlos Drummond de Andrade e Álvares de Azevedo, marque a alternativa INCORRETA:

  7. 157

    PUC-CAMPINAS 2016

    Costuma-se reconhecer que o Indianismo, na nossa literatura, é marcado por idealizações que emprestam uma espécie de glória artificial ao nosso passado como Colônia. Tais idealizações   I. consistem, basicamente, em atribuir aos nossos silvícolas atitudes e valores herdados da aristocracia medieval, caros ao ideário romântico. II. processam-se com base em fidedignos documentos históricos, nos quais há registro detalhado dos usos e costumes das várias nações indígenas. III. ocorreram como reação às tendências nacionalistas do nosso Romantismo, que valorizavam sobretudo a vida urbana e os valores burgueses.   Atende ao enunciado o que está em

  8. 158

    UFSM 2007

    É uma índia com um colar A tarde linda que não quer se pôr Dançam as ilhas sobre o mar Sua cartilha tem o a de que cor? O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou O que está acontecendo? Eu estava em paz quando você chegou.   Gonçalves Dias? Casimiro de Abreu? Castro Alves? Não! Estes versos são de Nando Reis, ex-Titãs. É possível identificar nesse fragmento:   I. Uma metáfora nos versos 1 e 2, entre índia / tarde. II. As assonâncias, que estão marcadas em /a/, /o/ e /e/. III. Comparação no verso 6. IV. Rimas cruzadas e versos isométricos.   Está(ão) correta(s)

  9. 159

    UNICENTRO 2009

    Leia os trechos a seguir, extraídos de O Primo Basílio, de Eça de Queirós: [1] “Ia encontrar Basílio no Paraíso pela primeira vez. E estava muito nervosa; (...) Mas ao mesmo tempo uma curiosidade intensa, múltipla, impelia-a, com um estremecimentozinho de prazer. – Ia, enfim, ter ela própria aquela aventura que lera tantas vezes nos romances amorosos! Era uma forma nova do amor que ia experimentar, sensações excepcionais! Havia tudo – a casinha misteriosa, o segredo ilegítimo, todas as palpitações do perigo! Porque o aparato impressionava-a mais que o sentimento; e a casa em si interessava-a, atraía-a mais que Basílio! Como seria? Conhecia o gosto de Basílio, – e o Paraíso decerto era como nos romances de Paulo Féval. A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, com uma portinha pequena. Logo à entrada um cheiro mole e salobro enojou-a.” [2] "Encostou a cabeça à mão com uma lassidão. Mil pensamentozinhos corriam-lhe no cérebro como os pontos de luz que correm num papel que se queimou. (...) Fechou a janela, espreguiçou-se; e sentada na caseuse, no seu quarto, ficou ali, numa imobilidade, pensando em Jorge, em lhe escrever, em lhe pedir que viesse. Mas bem depressa aquele cismar começou a quebrar-se a cada momento como uma tela que se esgarça em rasgões largos, e, por trás, aparecia logo com uma intensidade luminosa e forte a idéia do primo Basílio."   Sobre os trechos [1] e [2], é CORRETO afirmar que:

  10. 160

    FUVEST 1993

     I. "Porque não merecia o que lograva,  Deixei, como ignorante, o bem que tinha,  Vim sem considerar aonde vinha,  Deixei sem atender o que deixava." II."Se a flauta mal cadente  Entoa agora o verso harmonioso,  Sabei, me comunica este saudoso  Influxo a dor veemente;  Não o gênio suave,  Que ouviste já no acento agudo e grave." III."Da delirante embriaguez de bardo  Sonhos em que afoguei o ardor da vida,  Ardente orvalho de febris pranteios,  Que lucro à alma descrida?"    Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente: 

  11. 161

    UNICANTO 2016

    Quase simultaneamente ao neoclassicismo surge o romantismo na França. Quanto ao Romantismo analise e julgue os itens abaixo com (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO e em seguida marque a alternativa correspondente à seqüência obtida:   I. ( ) Romantismo vem a confirmar as tendências do Neoclássico. II. ( ) O artista romântico está fortemente ligado ao misterioso e ao sobrenatural. III. ( ) A linhas e curvas do Barroco e do Rococó são utilizadas como base para a criação dos desenhos. IV. ( ) Romantismo é o primeiro dos movimentos a se opor ao neoclassicismo.

  12. 162

    UEG 2003

    TEXTO 1 A MINHA ESTEIRA   Aqui mais bela junto a mim se deita Cantando a minha amante feiticeira; Sou feliz como as ternas andorinhas E meu leito de amor é minha esteira!   Nem o árabe Califa, adormecendo Nos braços voluptuosos da estrangeira Foi no amor da sultana mais ditoso Que o poeta que sonha em sua esteira!   Aqui no vale respirando à sombra Passo cantando a mocidade inteira; Vivo de amores; morrerei sonhando Estendido ao luar na minha esteira. AZEVEDO, Álvares de. Melhores poemas. Seleção de Antônio Cândido. 4 ed. São Paulo: Global, 2001. p. 93.   TEXTO 2 O POETA MORIBUNDO   Poetas! amanhã ao meu cadáver Minha tripa cortai mais sonorosa!... Façam dela uma corda e cantem nela Os amores da vida esperançosa! ... Coração, por que tremes? Se esta lira Nas minhas mãos sem força desafina, Enquanto ao cemitério não te levam, Casa no marimbau a alma divina!   Eu morro qual nas mãos da cozinheira O marreco piando na agonia... Como o cisne de outrora... que gemendo Entre os hinos de amor se enternecia. AZEVEDO, Álvares de. Melhores poemas. Seleção de Antônio Cândido. 4 ed. São Paulo: Global, 2001. p. 76.   TEXTO 3 NECROLÓGIO DOS DESILUDIDOS DO AMOR   Os desiludidos do amor Estão desfechando tiros no peito. Do meu quarto ouço a fuzilaria. As amadas torcem-se de gozo. Oh quanta matéria para os jornais.   Desiludidos mas fotografados, escreveram cartas explicativas, tomaram todas as providências para o remorso das amadas. Pum pum pum, adeus, enjoada. Eu vou, tu ficas, mas nos veremos seja no claro céu ou turvo inferno.   Os médicos estão fazendo a autópsia dos desiludidos que se mataram. Que grandes corações eles possuíam vísceras imensas, tripas sentimentais E um estômago cheio de poesia... ANDRADE, Carlos Drummond. de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.194.​   Analise as afirmações a seguir.   I. Álvares de Azevedo, no fragmento 1, apresenta o ideal romântico de amor: mulher inatingível; clima de sonho; intimismo confessional e excesso de sentimento, como se pode perceber no verso “vivo de amores, morrerei sonhando”. II. O humor sarcástico e a autoironia de Álvares de Azevedo, no fragmento 2, assemelham-se à maneira irônica com que Carlos Drummond de Andrade, poeta modernista, dirige-se aos desiludidos do amor, no fragmento 3. Isso revela o caráter dual da poesia desse poeta romântico, que ora apresenta, como ele próprio afirma, um “mundo visionário e platônico”, ora demonstra uma subversão às convenções românticas. III. O uso de palavras consideradas antipoéticas como “enjoada”, “vísceras”, “tripas”, “estômago”, “autópsia”, no texto de Drummond, revela uma tendência modernista que já era praticada pela maioria dos poetas românticos brasileiros, como é o caso de Álvares de Azevedo, no texto 2. IV. Os três textos confirmam uma forma passiva de ver a realidade, ao apresentar a morte como a principal saída para a redenção dos sofrimentos amorosos.   Assinale a alternativa CORRETA:

  13. 163

    MACKENZIE 1996

     "A tragédia ___________, de ___________, é considerada pelos críticos uma das obras-primas do Romantismo português. O drama inspira-se num episódio matrimonial, vivido no final do século XVI por Madalena de Vilhena, viúva de D. João de Portugal - desaparecido com D. Sebastião, na batalha de Alcácer-Quibir -, e por D. Manuel de Sousa Coutinho. Os dois se casam e têm uma filha, Maria. Passam-se os anos. Eis que, um dia, D. João de Portugal regresse, disfarçado de romeiro."   Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima.

  14. 164

    ITA 2013

    As personagens desta obra, que anunciam um movimento literário posterior, são quase caricaturas de tipos do estrato socioeconômico médio da sociedade da época – o mestre de rezas, a cigana, o barbeiro, dentre outras. Elas agem conforme as necessidades de sobrevivência, sem moralismos ou escrúpulos. As personagens, de certa forma, representam aspectos da cultura brasileira, entre os quais se destaca o “jeitinho brasileiro”. Trata-se de:

  15. 165

    UESC 2011

    — Tu prisioneiro, tu? — Vós o dissestes. — Dos índios?  — Sim.  — De que nação?  — Timbiras. — E a muçurana funeral rompeste, Dos falsos manitôs quebraste a maça...  — Nada fiz... aqui estou.  — Nada! —  Emudecem; Curto instante depois prossegue o velho: — Tu és valente, bem o sei; confessa, Fizeste-o, certo, ou já não foras vivo! — Nada fiz; mas souberam da existência De um pobre velho, que em mim só vivia... — E depois?... — Eis-me aqui.  — Fica essa taba? Na direção do sol, quando transmonta. — Longe?  — Não muito.  — Tens razão; partamos! — E quereis ir?...  — Na direção do ocaso. DIAS, Gonçalves. I-Juca-Pirama. Gonçalves Dias: antologia. São Paulo: Melhoramentos, s.d. p. 164   Com base no texto, contextualizado na obra, está incorreto o que se afirma na alternativa  

  16. 166

    ACAFE 2014

    Considerando o contexto histórico descrito no texto a seguir, assinale a alternativa correta quanto à produção literária no Brasil.   “Na Europa, a segunda Revolução Industrial promovera modificações profundas. Inovações tecnológicas desenvolveram a produção em massa de bens diversos. As cidades cresceram muito (em detrimento do campo), e formou-se um proletariado que logo começou a organizar-se politicamente. E, dentro desse contexto, as artes mudaram: a belle époque assiste a uma sucessão de movimentos artísticos revolucionários.” (LAFETÁ, 1982, p. 99)  

  17. 167

    FGV-RJ 2013

    CAPÍTULO 73 - O Luncheon* O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca. Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. (*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda.   No trecho, revelam, respectivamente, um parentesco e um afastamento em relação às Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, o termo

  18. 168

    UFRGS 2007

    Assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado a seguir.   A obra de Martins Pena, um dos mais autênticos e originais escritores românticos,

  19. 169

    UEL 2009

    Ali começa o sertão chamado bruto. Pousos sucedem a pousos, e nenhum teto habitado ou ruínas, nenhuma palhoça ou tapera dá abrigo ao caminhante contra a frialdade das noites, contra o temporal que ameaça, ou a chuva que está caindo. Por toda a parte, a calma da campina não arroteada; por toda a parte, a vegetação virgem, como quando aí surgiu pela vez primeira. A estrada que atravessa essas regiões incultas desenrola-se à maneira de alvejante faixa, aberta que é na areia, elemento dominante na composição de todo aquele solo, fertilizado aliás por um sem-número de límpidos e borbulhantes regatos, ribeirões e rios, cujos contingentes são outros tantos tributários do claro e fundo Paraná ou, na contravertente, do correntoso Paraguai. Essa areia solta e um tanto grossa tem cor uniforme que reverbera com intensidade os raios do sol, quando nela batem de chapa. Em alguns pontos é tão fofa e movediça que os animais das tropas viageiras arquejam de cansaço, ao vencerem aquele terreno incerto, que lhes foge de sob os cascos e onde se enterram até meia canela.       Com relação à descrição do ambiente, assinale a alternativa correta.

  20. 170

    UNEMAT 2008

    “O que há de mais digno de admiração, diria o Tempo (Die Zeit), em toda a imensa coleção trazida pelo Dr. Meyer das suas viagens, é sem contestação uma borboleta, gênero completamente novo e de esplendor acima de qualquer concepção. É a Papilio Innocentia ... (Seguia-se uma descrição de minuciosidade perfeitamente germânica). O nome, acrescentava a folha, dado pelo eminente naturalista àquele soberbo espécimen, foi graciosa homenagem à beleza de uma donzela (Mädchen) dos desertos da província de Mato Grosso (Brasil), criatura, segundo conta o Dr. Meyer, de fascinadora formosura. Vê-se, pois, que também os sábios possuem coração tangível e podem, por vezes, usar da ciência como meio de demonstrar impressões sentimentais que muitos lhes querem recusar...” (TAUNAY, Visconde de. Inocência, p. 181). De acordo com o fragmento acima, analise as afirmações. I – Faz parte do Epílogo do romance Inocência, em que os destinos da borboleta e da moça Inocência se associam. II – A homenagem do cientista alemão à moça sertaneja é decorrente das impressões e sensações vivenciadas durante a viagem. III – A personagem feminina transforma-se em natureza e é imortalizada no nome de uma espécie rara da flora brasileira. Assinale a alternativa CORRETA.

  21. 171

    FUVEST 2013

    Os momentos históricos em que se desenvolvem os enredos de Viagens na minha terra, Memórias de um sargento de milícias e Memórias póstumas de Brás Cubas (quanto a este último, em particular no que se refere à primeira juventude do narrador) são, todos, determinados de modo decisivo por um antecedente histórico comum – menos ou mais imediato, conforme o caso. Trata-se da

  22. 172

    UEPA 2014

    A poesia social de Castro Alves, por meio da denúncia da situação dos escravos, muitas vezes comunica a ânsia de liberdade. Marque a alternativa em que os versos demonstrem este tom denunciante de sua linguagem literária.

  23. 173

    UFAM 2010

    EPITÁFIO Perdão, meu Deus, se a túnica da vida, Insano, profanei-a nos amores! Se da c’roa dos sonhos perfumados Eu próprio desfolhei as róseas flores! No vaso impuro corrompeu-se o néctar, A argila da existência desbotou-me... O sol de tua glória abriu-me as pálpebras, Da nódoa das paixões purificou-me! E quantos sonhos na ilusão da vida! Quanta esperança no futuro ainda! Tudo calou-se pela noite eterna... E eu vago errante e só na treva infinda... Alma em fogo, sedenta de infinito, Num mundo de visões o voo abrindo, Como o vento do mar no céu noturno Entre as nuvens de Deus, passei dormindo! A vida é noite! o sol tem véu de sangue... Tateia a sombra a geração descrida!... Acorda-te, mortal! é no sepulcro Que a larva humana se desperta à vida! Quando as harpas do peito a morte estala, Um treno* de pavor soluça e voa... E a nota divinal que rompe as fibras Nas dulias* angélicas ecoa! * Treno - canto lacrimoso, lamento fúnebre. * Dulia - veneração aos santos e anjos.   Sobre o poema de Álvares de Azevedo é incorreto afirmar que:

  24. 174

    UPE 2015

    No Arcadismo brasileiro, encontram-se textos épicos, líricos e satíricos. Com base nessa afirmação, leia os textos a seguir: TEXTO 6 Pastores, que levais ao monte o gado, Vede lá como andais por essa serra; Que para dar contágio a toda a terra, Basta ver-se o meu rosto magoado: Eu ando (vós me vedes) tão pesado; E a pastora infiel, que me faz guerra, É a mesma, que em seu semblante encerra A causa de um martírio tão cansado. Se a quereis conhecer, vinde comigo, Vereis a formosura, que eu adoro; Mas não; tanto não sou vosso inimigo: Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, Chorareis, ó pastores, o que eu choro. Cláudio Manuel da Costa TEXTO 7 [...] Enquanto pasta alegre o manso gado, minha bela Marília, nos sentemos à sombra deste cedro levantado. Um pouco meditemos na regular beleza, que em tudo quanto vive nos descobre a sábia Natureza. [...] Tomás Antônio Gonzaga   TEXTO 8  [...] Amigo Doroteu, não sou tão néscio, Que os avisos de Jove não conheça. Pois não me deu a veia de poeta, Nem me trouxe, por mares empolados, A Chile, para que, gostoso e mole, Descanse o corpo na franjada rede. Nasceu o sábio Homero entre os antigos, Para o nome cantar, do grego Aquiles; Para cantar, também, ao pio Enéias, Teve o povo romano o seu Vergílio: Assim, para escrever os grandes feitos Que o nosso Fanfarrão obrou em Chile, Entendo, Doroteu, que a Providência Lançou, na culta Espanha, o teu Critilo. [...] Tomás Antônio Gonzaga - Cartas Chilenas Sobre eles, analise os itens seguintes: I. Os três poemas são árcades e nada têm que possamos considerá-los pertencentes a outro estilo de época, uma vez que seus autores só produziram poemas líricos e com características totalmente arcádicas. Além disso, todos eles trazem referências à mitologia clássica mediante o uso de termos tais como “monte”, “Natureza” e “Jove”, respectivamente, nos textos 6, 7 e 8. II. Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa são poetas árcades, embora o primeiro tenha se iniciado como barroco, daí os trechos dos dois poemas de sua autoria revelarem traços desse momento da Literatura. De outro modo, Cláudio Manuel da Costa, no poema de número seis, se apresenta pré-romântico, razão pela qual sua produção se encontra dividida em dois momentos literários. III. A referência a Critilo, autor textual do oitavo poema, sendo espanhol, é um dado falso que tem por finalidade ocultar a nacionalidade do autor mineiro e, ao mesmo tempo, corroborar a camuflagem da autoria, em decorrência do tom satírico e agressivo da epístola em versos. Contudo, o desejo de ocultação não foi alcançado, porque Tomás Antônio Gonzaga foi preso e deportado, por ter sido atribuída a ele a autoria das referidas Cartas. IV. O tema do amor se faz presente nos poemas 6 e 7. Ambos apresentam bucolismo, característica do Arcadismo, contudo existe algo que os diferencia: o pessimismo do eu poético no texto 6 e a reciprocidade do sentimento amoroso no 7.   V. O texto oito, apesar de satírico, nega, pelos aspectos temáticos e formais, qualquer característica do Arcadismo, pois o poeta se preocupa, de modo especial, com os acontecimentos históricos e se exime de preocupação estética, revelando desconhecimento da produção épica de poetas gregos e latinos. Está(ão) CORRETO(S), apenas, o(s) item(ns)

  25. 175

    FUVEST 2013

    Em Viagens na minha terra, assim como em

  26. 176

    PUC-RS 2016

    Leia o excerto abaixo, retirado da obra Macário, de Álvares de Azevedo. (O DESCONHECIDO) Eu sou o diabo. Boa-noite, Macário. (MACÁRIO) Boa-noite, Satã. (Deita-se. O desconhecido sai). O diabo! uma boa fortuna! Há dez anos que eu ando para encontrar esse patife! Desta vez agarrei-o pela cauda! A maior desgraça deste mundo é ser Fausto sem Mefistófeles. Olá, Satã! (SATÃ) Macário. (MACÁRIO) Quando partimos? (SATÃ) Tens sono? (MACÁRIO) Não. (SATÃ) Então já. (MACÁRIO) E o meu burro? (SATÃ) Irás na minha garupa.   Sobre o movimento literário em que se inscreve Álvares de Azevedo, é INCORRETO afirmar:

  27. 177

    UNIFESP 2005

    Em 2004, Ronald Golias e Hebe Camargo protagonizaram na TV uma versão humorística da obra Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Na história do poeta e dramaturgo inglês, Romeu e Julieta são dois jovens apaixonados, cujo amor é impedido de concretizar-se pelo fato de pertencerem a famílias inimigas. Impossibilitados de viver o amor, morrem ambos. Na literatura romântica, as personagens que vivem história semelhante à das personagens de Shakespeare são

  28. 178

    FGV-SP 2012

    Leia o seguinte texto sobre a ópera O Guarani, de Carlos Gomes: Desde a chegada à Europa, Carlos Gomes idealizava o projeto de uma obra de maior vulto, que precisaria ser enviada ao Brasil como contrapartida pela bolsa recebida do governo. A essa altura, seus biógrafos relatam que, com saudades do Brasil, Gomes passeava sozinho pela Piazza del Duomo, quando ouviu o anúncio de um vendedor ambulante: “Il Guarany, Storia del Selvaggi del Brasile”. Tomado de susto pela coincidência, conta-se que comprou ali mesmo a tradução do livro de Alencar, certo de que aquele era um sinal: sua nova obra deveria se voltar às origens. A narrativa serve bem à construção dos mitos em torno do compositor, mas o fato é que não há registro oficial algum do episódio, pelo contrário: cartas e documentos mostram que, ao partir para a Itália, Carlos Gomes já pensava em “O Guarani” como tema para uma nova obra. Se ele comprou uma versão italiana do romance foi apenas para facilitar o trabalho do libretista Antonio Scalvini. O romance de José de Alencar tinha todos os ingredientes de um bom libreto: o triângulo amoroso, a luta entre o bem e o mal e cenas dramáticas e visualmente fortes.   No dia 2 de dezembro de 1870, o escritor José de Alencar caminhou pelas ruas do Rio de Janeiro até o Teatro Lírico a fim de acompanhar a estreia brasileira da ópera baseada em seu romance mais famoso, publicado em 1857. Ao fim do espetáculo, a intensa  ovação não foi suficiente para fazer o escritor esquecer algumas restrições com relação à adaptação. Anos depois, em suas memórias, ele se resignaria: “Desculpo-lhe, porém, por tudo, porque daqui a tempos, talvez por causa das suas espontâneas e inspiradas melodias, não poucos hão de ler esse livro, senão relê-lo – e maior favor não pode merecer um autor”. Alencar não estava errado. A ópera não apenas ajudou a manter viva a fama do romance como se tornou símbolo máximo da obra de seu compositor. Coleção Folha Grandes Óperas. São Paulo: Moderna, 2011. Adaptado.   Segundo o autor do texto, a  

  29. 179

    UNIPAM 2015

    Diante de uma criança Como fazer feliz meu filho? Não há receitas para tal. Todo o saber, todo o meu brilho de vaidoso intelectual vacila ante a interrogação gravada em mim, impressa no ar. Bola, bombons, patinação talvez bastem para encantar? Imprevistas, fartas mesadas, louvores, prêmios, complacências, milhões de coisas desejadas, concedidas sem reticências? Liberdade alheia a limites, perdão de erros, sem julgamento, e dizer-lhe que estamos quites, conforme a lei do esquecimento? Submeter-se à sua vontade sem ponderar, sem discutir? Dar-lhe tudo aquilo que há de entontecer um grão-vizir? E se depois de tanto mimo que o atraia, ele se sente pobre, sem paz e sem arrimo, alma vazia, amargamente? Não é feliz. Mas que fazer para consolo desta criança? Como em seu íntimo acender uma fagulha de confiança? Eis que acode meu coração e oferece, como uma flor, a doçura desta lição: dar a meu filho meu amor. Pois o amor resgata a pobreza, vence o tédio, ilumina o dia e instaura em nossa natureza a imperecível alegria. ANDRADE, Carlos Drummond de. Farewell. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1996. Julgue os itens a seguir como verdadeiros ou como falsos. I. O poema, embora pertença à escola modernista, apresenta duas características da escola romântica: o niilismo, registrado na sexta estrofe, e sublimação do amor, registrada na última. II. A oposição entre o mundo material e o espiritual, típica da escola barroca, registra-se no poema quando do questionamento do eu lírico acerca da possibilidade de o seu filho sentir-se sem paz, sem arrimo, com alma vazia e amarga. III. Os vários questionamentos feitos e as respectivas respostas revelam o despreparo do eu lírico para com a possibilidade de fazer uma criança feliz. IV. A progressão temática do poema sustenta-se no par pergunta/resposta por meio do qual se articula um ponto de vista subjetivo sobre os efeitos do amor na relação pai e filho.   É CORRETO o que se afirma em

  30. 180

    FGV-SP 2009

    “Espécie de tragédia shakespeareana sertaneja, o romance tem um desfecho trágico que emana de uma estrutura reacionária, conseqüência de um conservadorismo patriarcalista, que não admitia as aspirações individuais.” (J. A. Castello) A personagem principal do romance a que se refere a frase acima está descrita em:

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