Banco de Exercícios

Lista de exercícios

Quer colocar o estudo em prática? O Stoodi tem exercícios de Simbolismo dos maiores vestibulares do Brasil.

Estude Literatura com esses e mais de 30000 que caíram no ENEM, Fuvest, Unicamp, UFRJ, UNESP e muitos outros vestibulares!

Gerar PDF da Página

Conteúdo exclusivo para assinantes

Assine um de nossos planos para ter acessos exclusivos e continuar estudando em busca da sua aprovação.

Ver planos

  1. 31

    ENEM PPL 2009

    Sorriso interior   O ser que é ser e que jamais vacila Nas guerras imortais entra sem susto, Leva consigo esse brasão augusto Do grande amor, da nobre fé tranquila. Os abismos carnais da triste argila Ele os vence sem ânsias e sem custo... Fica sereno, num sorriso justo, Enquanto tudo em derredor oscila. Ondas interiores de grandeza Dão-lhe essa glória em frente à Natureza, Esse esplendor, todo esse largo eflúvio. O ser que é ser transforma tudo em flores... E para ironizar as próprias dores Canta por entre as águas do Dilúvio! CRUZ e SOUZA, João da. Sorriso interior. Últimos sonetos. Rio de Janeiro: UFSC/Fundação Casa de Rui Barbosa/FCC, 1984. O poema representa a estética do Simbolismo, nascido como uma reação ao Parnasianismo por volta de 1885. O Simbolismo tem como característica, entre outras, a visão do poeta inspirado e capaz de mostrar à humanidade, pela poesia, o que esta não percebe. O trecho do poema de Cruz e Souza que melhor exemplifica o fazer poético, de acordo com as características dos simbolistas, é:

  2. 32

    UPE 2016

    Enquadram-se os três sonetos em distintos Movimentos Literários. Leia-os e analise-os.   Poema 1 Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!… já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece… Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive!  (Álvares de Azevedo, Lira dos 20 anos)    Poema 2 A Morte Oh! a jornada negra! A alma se despedaça... Tremem as mãos... O olhar, molhado e ansioso, espia, E vê fugir, fugir a ribanceira fria Por onde a procissão dos dias mortos passa. No céu gelado expira o derradeiro dia, Na última região que o teu olhar devassa! E só, trevoso e largo, o mar estardalhaça No indizível horror de uma noite vazia... Pobre! por que, a sofrer, a leste e a oeste, ao norte E ao sul, desperdiçaste a força de tua alma? Tinhas tão perto o Bem, tendo tão perto a Morte! Paz à tua ambição! paz à tua loucura! A conquista melhor é a conquista da Calma: - Conquistaste o país do Sono e da Ventura! (Olavo Bilac)   Poema 3 A Morte Oh! que doce tristeza e que ternura No olhar ansioso, aflito dos que morrem… De que âncoras profundas se socorrem Os que penetram nessa noite escura! Da vida aos frios véus da sepultura Vagos momentos trêmulos decorrem… E dos olhos as lágrimas escorrem Como faróis da humana Desventura. Descem então aos golfos congelados Os que na terra vagam suspirando, Com os velhos corações tantalizados. Tudo negro e sinistro vai rolando Báratro a baixo, aos ecos soluçados Do vendaval da Morte ondeando, uivando…  (Cruz e Sousa)    A leitura dos poemas comprova que o tema da morte tanto quanto o tema do amor estão presentes em textos de todos os movimentos literários e em produção de diferentes poetas. Nos três poemas, o tema da morte é ponto fundamental. Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.

  3. 33

    UFV 2010

    Leia o poema abaixo, de Bernardino da Costa Lopes:   Namorados   Nessas manhãs alegres, perfumadas, De éter sadio e claro firmamento, Acariciando o mesmo pensamento Percorremos o parque, de mãos dadas.   Aves trinando em cima das ramadas, Alvos patos e um cisne a nado lento Sobre as águas do lago, num momento Pela brasa do sol ensanguentadas...   Brilha o sereno trêmulo nas pontas Do vistoso gramal, como se fosse Solto rosário de opalinas contas...   Enquanto uns casos rústicos de aldeia Eu vou narrando-lhe, em linguagem doce, Escuto a queixa de seus pés na areia! (RICIERI, Francine (Org.). Antologia da poesia simbolista e decadente brasileira. São Paulo: IBEP, 2008. p.157. Grafia atualizada.)   Sobre o poema, é CORRETO afirmar que a linguagem descritiva apresenta:

  4. 34

    UPE 2013

    Texto 6   Cárcere das almas Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,   Soluçando nas trevas, entre as grades   Do calabouço olhando imensidades,   Mares, estrelas, tardes, natureza   Tudo se veste de uma igual grandeza   Quando a alma entre grilhões as liberdades   Sonha e, sonhando, as imortalidades   Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.   Ó almas presas, mudas e fechadas   Nas prisões colossais e abandonadas,   Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!   Nesses silêncios solitários, graves,   que chaveiro do Céu possui as chaves   para abrir‐vos as portas do Mistério?! (Cruz e Souza)   Texto 7   A um poeta Longe do estéril turbilhão das ruas, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e sofre, e lima, e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício.   Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. (Olavo Bilac)   Após a leitura, assinale V para as afirmativas Verdadeiras e F para as Falsas.   (  )   São dois sonetos pertencentes ao mesmo movimento literário. Suas temáticas    expressam  sentimentos idênticos; no primeiro, o constrangimento do eu poético por ter sido preso injustamente e, no segundo, a equiparação do poeta a um monge beneditino.   (  )    São poemas líricos que possuem forma fixa,    preocupação tanto do Parnasianismo como do Simbolismo, pois ambos os movimentos se caracterizam pela busca da forma perfeita, isto é, da Arte pela Arte. (  )  O primeiro poema revela um certo misticismo, próprio  da poesia simbolista, enquanto o segundo trata do próprio fazer poético, constituindo‐se, portanto, como um  meta‐ poema, tema característico da poesia parnasiana. (  )  Em A um poeta, Olavo Bilac discursa, em linguagem sóbria e erudita,  sobre o trabalho do poeta, enquanto em  Cárcere  das almas, Cruz e Souza metaforicamente concebe o corpo como uma prisão, daí a morte significar libertação.   (  )  Os dois poemas recorrem, em suas temáticas, a aspectos ligados à vida religiosa: o primeiro, ao tomar o corpo na acepção de cárcere e o segundo quando metaforicamente relaciona  a necessidade de isolamento exigida pelo labor poético à vida dos monges no claustro.   Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

  5. 35

    UFLA 2014

    CÁRCERE DAS ALMAS Ah! Toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza.   Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.   Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!   Nesses silêncios solitários, graves, Que chaveiro do Céu possui as chaves Para abrir-vos as portas do Mistério?! SOUZA, Cruz. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.   O poema é representativo da estética Simbolista segundo a qual é CORRETO observar:

  6. 36

    FAAP 1997

    TEXTO I Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.   Gonçalves Dias   TEXTO II Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! Murilo Mendes   O TEXTO II pertence ao estilo de época do:

  7. 37

    PUC-PR 2006

    REBELADO Ri tua face um riso acerbo e doente, que fere, ao mesmo tempo que contrista... Riso de ateu e riso de budista gelado no Nirvana impenitente. (...)   Na estrofe do poema "Rebelado", de Cruz e Sousa, é possível identificar características do Simbolismo. Assinale a alternativa que as identifica:

  8. 38

    UNIPAM 2013

    O leitor ideal, de Mário Quintana   O leitor ideal para o cronista seria aquele a quem bastasse uma frase. Uma frase? Que digo? Uma palavra! O cronista escolheria a palavra do dia: “Árvore”, por exemplo, ou “Menina”. Escreveria essa palavra bem no meio da página, com espaço em branco para todos os lados, como um campo aberto para os devaneios do leitor. Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página. Sem mais nada. Até sem nome. Sem cor de vestido nem de olhos. Sem se saber para onde ia... Que mundo de sugestões e de poesia para o leitor! E que cúmulo de arte a crônica! Pois bem sabeis que arte é sugestão... E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima, poderia o autor alegar, cavilosamente, que a culpa não era do cronista. Mas nem tudo estaria perdido para esse hipotético leitor fracassado, porque ele teria sempre à sua disposição, na página, um considerável espaço em branco para tomar seus apontamentos, fazer os seus cálculos ou a sua fezinha... Em todo caso, eu lhe dou de presente, hoje, a palavra “Ventania”. Serve? (QUINTANA, Mário. Porta giratória. São Paulo: Globo, 1988)   Esse texto de Mário Quintana classifica-se como

  9. 39

    UNESP 2016

    A questão aborda um poema do português Eugênio de Castro (1869-1944).   MÃOS Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, o vosso gesto é como um balouçar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso [gesto canta! Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, rolas à volta da negra torre da minh’alma. Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes, Caridosas Irmãs do hospício da minh’alma, O vosso gesto é como um balouçar de palma, Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes... Mãos afiladas, mãos de insigne formosura, Mãos de pérola, mãos cor de velho marfim, Sois dois lenços, ao longe, acenando por mim, Duas velas à flor duma baía escura. Mimo de carne, mãos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mãos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mãos de rainha, Mãos que sois um perpétuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha avó entrevadinha. (Obras poéticas, 1968.)   A musicalidade, as reiterações, as aliterações e a profusão de imagens e metáforas são algumas características formais do poema, que apontam para sua filiação ao movimento

  10. 40

    UFG 2007

    Leia os poemas de Cora Coralina e de Cruz e Sousa. TODAS AS VIDAS [...] Vive dentro de mim a lavadeira do Rio Vermelho. Seu cheiro gostoso d'água e sabão. [...] Vive dentro de mim a mulher do povo. Bem proletária. [...] Vive dentro de mim a mulher da vida. Minha irmãzinha... [...] Todas as vidas dentro de mim. Na minha vida - a vida mera das obscuras. CORALINA, Cora. "Melhores poemas"., Seleção de Darcy França Denófrio. São Paulo: Global, 2004. p. 253-255. (Coleção melhores poemas).   AFRA Ressurges dos mistérios da luxúria, Afra, tentada pelos verdes pomos, Entre os silfos magnéticos e os gnomos Maravilhosos da paixão purpúrea. Carne explosiva em pólvoras e fúria De desejos pagãos, por entre assomos Da virgindade - casquinantes momos Rindo da carne já votada à incúria. Votada cedo ao lânguido abandono, Aos mórbidos delíquios como ao sono, Do gozo haurindo os venenosos sucos. Sonho-te a deusa das lascivas pompas, A proclamar, impávida, por trompas Amores mais estéreis que os eunucos! SOUSA, Cruz e. Broquéis, Faróis e Últimos sonetos. 2a. ed. reform., São Paulo: Ediouro, 2002. p. 24-25. (Coleção super prestígio).   Vocabulário: silfos: espíritos elementares do ar assomos: ímpeto, impulso casquinantes: relativo à gargalhada, risada de escárnio momos: ator que representa comédia incúria: falta de cuidado delíquios: desfalecimento, desmaio haurindo: extraindo, colhendo, consumindo Nos poemas apresentados, os autores tematizam a mulher com perspectivas diferenciadas no que diz respeito, respectivamente, a

  11. 41

    UNIFESP 2015

    Leia o soneto de Cruz e Sousa.   Silêncios Largos Silêncios interpretativos, Adoçados por funda nostalgia, Balada de consolo e simpatia Que os sentimentos meus torna cativos; Harmonia de doces lenitivos, Sombra, segredo, lágrima, harmonia Da alma serena, da alma fugidia Nos seus vagos espasmos sugestivos. Ó Silêncios! ó cândidos desmaios, Vácuos fecundos de celestes raios De sonhos, no mais límpido cortejo... Eu vos sinto os mistérios insondáveis Como de estranhos anjos inefáveis O glorioso esplendor de um grande beijo! (Cruz e Sousa. Broquéis, Faróis, Últimos Sonetos, 2008.) A análise do soneto revela como tema e recursos poéticos, respectivamente:

  12. 42

    UEFS 2015

    Paisagem noturna A sombra imensa, a noite infinita enche o vale ... E lá do fundo vem a voz Humilde e lamentosa Dos pássaros da treva. Em nós, 5 — Em noss’alma criminosa, O pavor se insinua ... Um carneiro bale. Ouvem-se pios funerais. Um como grande e doloroso arquejo 10 Corta a amplidão que a amplidão continua . . . E cadentes, metálicos, pontuais, Os tanoeiros do brejo, Os vigias da noite silenciosa, Malham nos aguaçais. 15 Pouco a pouco, porém, a muralha de treva Vai perdendo a espessura, e em breve se adelgaça Como um diáfano crepe, atrás do qual se eleva A sombria massa Das serranias. [...] BANDEIRA, Manuel. Paisagem noturna. Disponível em: . Acesso em: 9 nov.2014. Embora Manuel Bandeira seja o autor da primeira geração modernista, propondo uma poética libertadora e transgressora, muitas vezes, retoma perfis poéticos de outras tradições literárias, como ocorre em relação ao  

  13. 43

    PUC-RS 2016

    Sobre Carlos Drummond de Andrade, é correto afirmar:

  14. 44

    UEMA 2015

    O texto abaixo é de autoria do poeta maranhense Maranhão Sobrinho (1879-1915), composto numa São Luís do início do século XX, período de intenso debate intelectual sobre o resgate do valor literário maranhense, no cenário nacional do século XIX. Leia, com atenção, o texto poético para responder à questão que segue. Ânsia inocente Ai! Como bom para nós dois seria Se o bom Deus, dessas lendas milagrosas, Cheio de amor, nos concedesse um dia Dois brancos pares de asas vaporosas!   Não sei mesmo, de alegre, o que eu faria! Deixando os lírios e deixando as rosas, feliz contigo às nuvens subiria para o noivado em flor das nebulosas...   na carícia de pluma de uma Trova. Viveríamos nós, nós dois sozinhos, Lá nas terras fiéis da Lua-Nova...   Morrer longe dos homens e das casas Se Deus nos desse, como aos passarinhos, Dois brancos pares de travessas asas!   SOBRINHO, Maranhão. Papéis Velhos... Roídos pela Traça do Símbolo. São Luís: Tipografia Frias, 1908.   A voz poética, explorando possibilidades expressivas propostas no Simbolismo, revela a existência de    

  15. 45

    UFAM 2009

    Leia o texto abaixo, intitulado “Debaixo do Tamarindo”, e, em seguida, responda ao que sobre ele se indaga: No tempo de meu Pai, sob estes galhos, Como uma vela fúnebre de cera, Chorei bilhões de vezes com a canseira De inexorabilíssimos trabalhos!   Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos, Guarda, como uma caixa derradeira, O passado da Flora Brasileira E a paleontologia dos Carvalhos!   Quando pararem todos os relógios De minha vida, e a voz dos necrológios Gritar nos noticiários que eu morri,   Voltando à pátria da homogeneidade, Abraçada com a própria Eternidade A minha sombra há de ficar aqui!   O soneto acima, pelo uso de palavras longas e pouco usuais (“inexorabilíssimos”, “homogeneidade”) e pelo assunto desenvolvido, é facilmente identificável como sendo de:

  16. 46

    UFPR

    Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,  Que vive de guardar alheio gado;  De tosco trato, de expressões grosseiro,  Dos frios gelado e dos sóis queimado.  Tenho próprio casal e nele assisto  Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;  Das brancas ovelhinhas tiro o leite,  E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela,  Graças à minha Estrela!"   A presente estrofe reflete a temática predominante no período: 

  17. 47

    UFAM 2009

    Assinale a afirmativa que NÃO se refere de modo correto ao Simbolismo:

  18. 48

    CEFET-MG 2013

    “Já o verme – este operário das ruínas –  Que o sangue podre das carnificinas  Come, e à vida em geral declara guerra,   Anda a espreitar meus olhos para roê-los,  E há de deixar-me apenas os cabelos,  Na frialdade inorgânica da terra!”   Em versos como esses, recorrentes em linguagem e temática em Eu e outras poesias, de Augusto dos Anjos, a morte é abordada

  19. 49

    PUC-CAMPINAS 2015

    O termo vanguarda designava originalmente a posição dos guerreiros que iam à frente, nas batalhas. Mais tarde, já no campo da arte, passou a identificar a posição de criadores que, preocupados com uma completa inovação estética, buscavam adiantar-se ao seu tempo e propunham, quando não impunham, novos paradigmas para a linguagem artística. No Brasil do século XX há que se destacar o papel de vanguarda cultural e artística do movimento modernista de 22, por sua vez inspirado por vanguardas europeias, e a radical atuação vanguardista dos poetas concretos, cujos manifestos datam da década de 50 − década em que a economia e a política nacional também buscaram modernizar-se. (Alcebíades Valongo, inédito)     A denominação vanguarda, tal como definida no texto, aplica-se a movimentos artísticos tão distintos quanto separados no tempo histórico. É o que se pode comprovar examinando as obras representativas

  20. 50

    UFAM 2009

    Leia os versos abaixo:   Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar.   No sonho em que se perdeu,   Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar...   E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar...   As estrofes reproduzidas constituem o início de um dos mais famosos poemas da literatura de nosso País: “Ismália”. Seu autor é:  

  21. 51

    UNESP 2016

    A questão aborda um poema do português Eugênio de Castro (1869-1944).   MÃOS Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, o vosso gesto é como um balouçar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, rolas à volta da negra torre da minh’alma. Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes, Caridosas Irmãs do hospício da minh’alma, O vosso gesto é como um balouçar de palma, Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes... Mãos afiladas, mãos de insigne formosura, Mãos de pérola, mãos cor de velho marfim, Sois dois lenços, ao longe, acenando por mim, Duas velas à flor duma baía escura. Mimo de carne, mãos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mãos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mãos de rainha, Mãos que sois um perpétuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha avó entrevadinha. (Obras poéticas, 1968.)   “Alegrai, como dois netinhos, o viver / Da minha alma, velha avó entrevadinha.” Considerados em seu contexto, tais versos

  22. 52

    ITA 2013

    O poema abaixo traz a seguinte característica da escola literária em que se insere: Violões que Choram... Cruz e Sousa Ah! plangentes violões dormentes, mornos, soluços ao luar, choros ao vento... Tristes perfis, os mais vagos contornos, bocas murmurejantes de lamento. Noites de além, remotas, que eu recordo, noites de solidão, noites remotas que nos azuis da Fantasia bordo, vou constelando de visões ignotas. Sutis palpitações à luz da lua, anseio dos momentos mais saudosos, quando lá choram na deserta rua as cordas vivas dos violões chorosos. [...]

  23. 53

    UFAM 2010

    Considere o poema abaixo, de Alphonsus de Guimaraens: Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar... E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar... Sobre ele é incorreto afirmar que

  24. 54

    UNESPAR 2010

    A Revolução de Outubro, em 1930, assumiu um relevo social que acabou por influenciar a literatura da época. Sobre a literatura produzida na década de 30 é correto afirmar que:

  25. 55

    PUC-PR 2007

    Identifique nos versos finais do poema "O assinalado", de Cruz e Sousa citados os elementos que caracterizam a poesia simbolista do autor. Depois assinale a alternativa correta.   "Tu és o Poeta, o grande Assinalado que povoas o mundo despovoado, de belezas eternas, pouco a pouco.   Na Natureza prodigiosa e rica Toda a audácia dos nervos justifica Os teus espasmos imortais de louco!"

  26. 56

    UEMS 2006

    Considere as seguintes afirmações a respeito da Literatura Brasileira:   I. A tradição medieval herdada do século XV dos portugueses imprimiu o gosto pela crônica histórica às primeiras manifestações literárias no Brasil. Esses textos revelam as aventuras geográficas dos portugueses e seus ideais de expansão da cristandade; os romances A moreninha e Cinco minutos são exemplos dessas manifestações entre nós.   II. Influenciado pelos ideais da Revolução Francesa, o romantismo preconizava a busca da beleza e o desejo de esquivar-se da realidade; a linguagem poética se submete a um tratamento de acentuado virtuosismo e a utilização de processos ligados à tradição clássica levam-no a total liberdade de expressão. III. Toda poesia é de algum modo simbólica porque a linguagem poética é alusiva por excelência. Como escola literária o Simbolismo se define pela defesa de que cada coisa é mera exteriorização simbólica de uma realidade oculta. O movimento simbolista apresenta traços românticos e parnasianos.   É(São) coerente(s) apenas:

  27. 57

    FUVEST 1993

     I. "Porque não merecia o que lograva,  Deixei, como ignorante, o bem que tinha,  Vim sem considerar aonde vinha,  Deixei sem atender o que deixava." II."Se a flauta mal cadente  Entoa agora o verso harmonioso,  Sabei, me comunica este saudoso  Influxo a dor veemente;  Não o gênio suave,  Que ouviste já no acento agudo e grave." III."Da delirante embriaguez de bardo  Sonhos em que afoguei o ardor da vida,  Ardente orvalho de febris pranteios,  Que lucro à alma descrida?"    Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente: 

  28. 58

    ESPM 2005

    O sincretismo (de elementos literários de várias épocas com características particulares do Simbolismo) pode aparecer no mesmo poema. Marque a letra que apresente os seguintes elementos: pessimismo, imagens vagas, presença do branco, vocabulário exótico, fusão dos sentidos, misticismo.

  29. 59

    UEL 2009

    Ali começa o sertão chamado bruto. Pousos sucedem a pousos, e nenhum teto habitado ou ruínas, nenhuma palhoça ou tapera dá abrigo ao caminhante contra a frialdade das noites, contra o temporal que ameaça, ou a chuva que está caindo. Por toda a parte, a calma da campina não arroteada; por toda a parte, a vegetação virgem, como quando aí surgiu pela vez primeira. A estrada que atravessa essas regiões incultas desenrola-se à maneira de alvejante faixa, aberta que é na areia, elemento dominante na composição de todo aquele solo, fertilizado aliás por um sem-número de límpidos e borbulhantes regatos, ribeirões e rios, cujos contingentes são outros tantos tributários do claro e fundo Paraná ou, na contravertente, do correntoso Paraguai. Essa areia solta e um tanto grossa tem cor uniforme que reverbera com intensidade os raios do sol, quando nela batem de chapa. Em alguns pontos é tão fofa e movediça que os animais das tropas viageiras arquejam de cansaço, ao vencerem aquele terreno incerto, que lhes foge de sob os cascos e onde se enterram até meia canela.       Com relação à descrição do ambiente, assinale a alternativa correta.

  30. 60

    IME 2016

    PSICOLOGIA DE UM VENCIDO Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme — este operário das ruínas — Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.   Quanto ao poema de Augusto dos Anjos, é coerente afirmar que

Gerar PDF da Página

Conteúdo exclusivo para assinantes

Assine um de nossos planos para ter acessos exclusivos e continuar estudando em busca da sua aprovação.

Ver planos