UEMA 2015

O texto abaixo é de autoria do poeta maranhense Maranhão Sobrinho (1879-1915), composto numa São Luís do início do século XX, período de intenso debate intelectual sobre o resgate do valor literário maranhense, no cenário nacional do século XIX.

Leia, com atenção, o texto poético para responder à questão que segue.

Ânsia inocente

Ai! Como bom para nós dois seria
Se o bom Deus, dessas lendas milagrosas,
Cheio de amor, nos concedesse um dia
Dois brancos pares de asas vaporosas!

 

Não sei mesmo, de alegre, o que eu faria!
Deixando os lírios e deixando as rosas,
feliz contigo às nuvens subiria
para o noivado em flor das nebulosas...

 

na carícia de pluma de uma Trova.
Viveríamos nós, nós dois sozinhos,
Lá nas terras fiéis da Lua-Nova...

 

Morrer longe dos homens e das casas
Se Deus nos desse, como aos passarinhos,
Dois brancos pares de travessas asas!

 

SOBRINHO, Maranhão. Papéis Velhos... Roídos pela Traça do Símbolo. São Luís: Tipografia Frias, 1908.

 

A voz poética, explorando possibilidades expressivas propostas no Simbolismo, revela a existência de

 

 

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