AULA 1
Arthur Schopenhauer: Conhecimento e Verdade
Conhecido como o filósofo mais pessimista;
O mundo é entendido como Vontade e Representação;
A Vontade é considerada o motor das nossas vidas, e não se submete à razão;
Fala sobre um desejo insaciável que seria fonte de sofrimento, com o qual se lida ora com a arte, ora com a supressão total.
Nas palavras do autor,
“Sabemos, pelo livro precedente, que o conhecimento em geral pertence ele próprio à objetivação da vontade em seus graus mais elevados, e que a sensibilidade, os nervos, o cérebro, como outras partes do ser orgânico, constituem apenas expressão da vontade neste grau de sua objetividade, e portanto a representação por ela produzida está igualmente destinada ao serviço daquela como um meio (mekhané) para atingir seus agora complexos (polyteléstera) objetivos, para a manutenção de um ser provido de múltiplas necessidades. Originalmente, portanto, e conforme sua essência, o conhecimento é útil à vontade, e, assim como o objeto imediato que, com a aplicação da lei da causalidade se torna seu ponto de partida, é somente vontade objetivada, assim também todo conhecimento resultante do princípio de razão se mantém numa relação mais ou menos estreita com a vontade. Pois o indivíduo encontra seu corpo como um objeto entre objetos, com todos eles mantendo variadas relações e proporções conforme o princípio de razão, cuja observação, portanto, por vias mais ou menos extensas, sempre reconduz ao seu corpo, logo à sua vontade.”2
Schopenhauer, no livro Mundo como Vontade e Representação
1Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arthur_Schopenhauer_by_J_Sch%C3%A4fer,_1859b.jpg
2Schopenhauer, A. O Mundo como Vontade e Representação. III parte. Trad. Wolfgang Leo Maar e Maria Lúcia Mello Oliveira Cacciola. São Paulo: Abril Cultural, 1980.