O grito: entenda o significado dessa obra!

A obra “O Grito” foi feita pelo Norueguês Edvard Munch. Veja qual a importância desta obra e com como ela pode cair na sua prova do Enem!

O grito: entenda o significado dessa obra!

É importante para qualquer vestibulando conhecer as principais obras de arte do mundo, principalmente quando elas são famosas por representarem conhecidos conceitos literários. Esse destaque é válido pois muitas provas cobram esse tipo de conhecimento, cabendo ao aluno estudar para não ser surpreendido na hora do vestibular. Nesse contexto, entender a importância do quadro “O grito” se faz necessário.

Para assimilar bem o significado da pintura, é fundamental saber quem o pintou e em que estilo literário a obra de arte se enquadra, para que, dessa forma, a compreensão da literatura expressada no quadro fique mais evidente.

Leia e confira tudo sobre “O grito”, famosa pintura de Edvard Munch.

Quadro O grito (Edvard Munch)

Como a obra de arte é de origem norueguesa, o nome “O grito” é traduzido, sendo seu nome original Skrik. Vale ressaltar que essa pintura compõe uma série com outros três quadros, todos eles produzidos no final do século XIX pelo pintor norueguês Edvard Munch. Atualmente, os quatro quadros se encontram em Oslo, a capital da Noruega: dois no Museu Munch, um na Galeria Nacional e o outro como propriedade privada.

Roubos

Por ser um conjunto de obras de arte extremamente valiosas e reconhecidas no mundo inteiro, infelizmente os quadros tiverem problemas com episódios de roubos. O primeiro ocorreu em fevereiro de 1994 na Galeria Nacional, onde um grupo de ladrões roubou um dos quadros da série. Entretanto, em menos de 3 meses as autoridades norueguesas conseguiram recuperar a obra, ainda em perfeito estado de conservação.

Já o segundo furto ocorreu em agosto de 2006 no Museu Munch e teve piores consequências. Uma porque o assalto foi maior e contou com o furto de outra obra de arte do pintor Edvard Munch, chamada Madonna. Outra pelo fato de que só após 2 anos a polícia norueguesa conseguiu recuperar os quadros, os quais se encontravam em péssimo estado de conservação, com manchas de umidade e queimaduras de cigarro.

Mesmo passando por um processo minucioso de restauração, os danos causados pelo último furto foram considerados irreparáveis, isto é, infelizmente hoje o quadro é exibido no museu Munch de forma distorcida da original.

Análise do quadro O grito

pinceis o grito

Em relação à sua análise, o quadro tem como plano de fundo o pôr do sol da doca de Oslofjord, em Oslo. Nele, o autor inseriu uma figura andrógina (algo que não é masculino nem feminino) sem cabelo, com uma forte expressão facial de grito e desenhada em cores frias. Tudo isso para evidenciar um momento de absoluta angústia, descrença existencial e dor acompanhada de um estado precário de saúde.

Outro ponto que merecer ser destacado no quadro é o desenho representado por linhas tortas, com intuito de dar ênfase ao clamor da figura, que emana um grito de socorro mesmo, como se as ondas sonoras saíssem de sua boca e contaminassem o ambiente ao redor. A angústia da personagem não está demonstrada apenas em seu grito, mas sim no embaralhado plano de fundo, o que sugere a distorção de mundo de uma pessoa que sofre.

Devido a todos esses elementos, um observador qualquer consegue identificar de forma quase que imediata e natural a angústia e a dor transmitidas pela figura, fato este que potencializa o impacto da obra, uma vez que propaga a sua mensagem por meio da sensibilização do público.

Poema

A versão do quadro de 1895 é a única que tem a moldura pintada pelo próprio Edvard Munch, contendo um poema que descreve de onde veio sua inspiração para desenvolver a obra.

O grito

Estava andando pela estrada com dois amigos

O sol se pondo com um céu vermelho sangue

Senti uma brisa de melancolia e parei

Paralisado, morto de cansaço…

… meus amigos continuaram andando — eu continuei parado

tremendo de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza.

Contexto artístico

O mundo artístico naquela época (final do século XIX e início do XX) estava sendo fortemente influenciado pelo movimento expressionista, responsável basicamente por ditar as tendências da arquitetura, música, peças teatrais e literatura.

Enfatizando os impactos do expressionismo na literatura, podemos observar nas pinturas as seguintes características:

  • distorção da imagem visual, com cores separadas, vibrantes e resplandecentes;
  • expressão priorizando a sensibilidade do pintor, aversão ao aprendizado técnico;
  • gosto pelo trágico, sombrio e chocante.

Logo, como descrito acima, todas essas características estão genialmente presentes no famoso quadro de Edvard, que retrata o grito silencioso da personagem, o que evidencia a sua importância para o movimento expressionista.

Quem foi Edvard Munch?

Nascido em 1863 na capital da Noruega e falecido em 1944 em sua cidade natal, Edvard Munch foi um célebre pintor responsável pela obra mais famosa do movimento expressionista: O grito. Abordando em suas obras principalmente as temáticas morte e doença, estudou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo e em Paris, onde foi muito influenciado pelas pinturas de Van Gogh e Gauguin.

Por ser um dos maiores expoentes do expressionismo, bem como por ser o pintor norueguês com maior visibilidade, foi criado em Oslo um museu exclusivo para suas obras. É importante frisar que o impacto de suas obras não foram restritos à época, visto que até hoje suas pinturas são estudadas e admiradas ao redor de todo o planeta.

Portanto, devido à sua relevância para a arte mundial, bem como os conceitos literários presentes na pintura, o quadro “O grito” deve ser considerado pelo vestibulando como um tema importante. Cabe ao estudante que vai fazer o Enem tentar não apenas compreender o seu significado, mas o conceito literário que o quadro carrega e sua influência no mundo artístico.

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